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Mastite na produção leiteira: o que preciso saber?

Foto por Megumi Nachev em Unsplash

A incidência de mastites nas fazendas produtoras de leite é uma das principais, se não a principal, fontes de prejuízo do produtor, acarretando uma redução da produção, o descarte de leite, o aumento de gastos com serviços veterinários e medicamentos, o descarte involuntário, e, em alguns casos a morte do animal afetado.

A doença é caracterizada pela inflamação das glândulas mamárias e pode ser classificada como mastite subclínica, quando a vaca não apresenta sinais evidentes da doença e não é possível observar alterações visíveis no leite, e mastite clínica, onde ocorrem alterações visíveis no leite e no animal acometido, que, inclusive, pode mostrar sinais e sintomas de infecção sistêmica ou generalizada.

“Na mastite clínica são observadas alterações no leite, que tende a ficar mais ralo, podendo haver presença de grumos, sangue e pus, ou mesmo ocorrer a ausência de produção, chamada agalaxia. No úbere podem ocorrer alterações como inchaço, dor, aumento da temperatura e vermelhidão. Em alguns casos, as vacas afetadas podem apresentar febre, prostração, redução ou falta de apetite, desidratação, coma e morte”, detalha João Otávio Rodrigues, médico veterinário, gerente da linha de leite na unidade de pecuária da Ceva Saúde Animal.

A reação inflamatória decorrente da mastite clínica é uma tentativa do organismo da vaca de eliminar o agente causador do problema. Em alguns casos, pode levar à destruição do tecido glandular secretor de leite e acarretar uma queda de produção permanente, decorrente da substituição deste tecido por fibrose. Essa substituição tecidual é um processo irreversível, fazendo com que a vaca já não produza mais leite no quarto mamário afetado. Por este motivo, os animais que apresentam sintomas de mastite clínica demandam uma rápida intervenção contra o agente causador da moléstia.

Embora a inflamação da glândula mamária possa ser decorrente de agentes físicos, alérgicos ou químicos, os agentes microbiológicos ou as infecções, são os mais importantes. De acordo com a Embrapa – Gado de Leite (CNPGL)*, embora mais de 137 espécies, subespécies e sorotipos de microrganismos já tenham sido identificados nos casos de mastite bovina, a grande maioria dos quadros da doença é causada por bactérias. “Os agentes mais comuns são os Streptococcus sp, Staphylococcus aureus, Corynebacterium bovis, Escherichia coli, Klebsiela sp., Enterobacter sp e Serratia sp, ou seja, são bactérias gram-positivas e gram-negativas, difícil de distinguir apenas na observação do animal ou do leite. Assim técnicas que auxiliem a identificação do microrganismo devem ser empregadas. Além disso, uma estratégia será a utilização de formulações ou medicamentos antimicrobianos de amplo espectro (atuem sobre as principais bactérias Gram positivas e Gram negativas) para o tratamento rápido e eficaz”, João explica.

Segundo especialistas, o antimicrobiano ideal para tratamento das mastites bacterianas deve possuir ação bactericida; apresentar níveis elevados no foco infeccioso na glândula mamária e no leite; terem baixa toxicidade; baixo período de carência para o leite dos animais tratados; apresentarem baixos níveis necessários para o controle da infecção; serem fáceis de usar.      

Ciente disso, a Ceva traz em seu portfólio o Marbox, um antibiótico com ação bactericida irreversível, de amplo espectro, dose única, a base de Marbofloxacina, que é capaz de atingir rapidamente elevada concentração plasmática, no leite e nos tecidos, incluindo a glândula mamária. Marbox é o antibiótico sistêmico ideal para complementar o tratamento local das vacas com mastite clínica, potencializando a rápida eliminação dos microrganismos infecciosos e possibilitando um rápido retorno do animal às condições normais de saúde e bem-estar.

“Saúde íntegra é um pilar fundamental para o bem-estar da vaca, mas a convivência com os outros animais e a manutenção de sua rotina também são fatores relevantes nessa equação. O animal com mastite e outras doenças se estressa com a segregação do rebanho e a quebra da rotina a qual ele está acostumado, e o estresse interfere nos índices produtivos e na qualidade de sua produção por um considerável período. Por isso, o Marbox também pensa neste aspecto do bem-estar da vaca e o animal tratado com Marbox que pode retornar para a linha de ordenha apenas 48 horas após a aplicação”, finaliza.

Aliada à um tratamento eficiente e que favoreça o bem-estar animal, a prevenção da mastite na fazenda ajuda a evitar grandes perdas para o criador. A estratégia de controle da doença na propriedade envolve ações como higiene adequada dos animais e das instalações, mantendo o ambiente das vacas bem ventilado, com conforto térmico, seco, com a cama limpa, para que o grau de sujidade do úbere seja pequeno, além da realização do pré-dipping e do pós-dipping no processo de ordenha, que auxiliam na criação de barreiras sanitárias capazes de evitar novas infecções de agentes causadores da mastite.

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