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Mercado das hortaliças

Hortaliças – Crédito: Shutterstock

O Agro em Debate, iniciativa idealizada e realizada pela Agrivalle, reunirá ao longo dos próximos meses ciclos de palestras e debates técnicos transmitidos online e ao vivo pelo canal oficial da empresa no Youtube, apresentando as melhores ferramentas, tecnologias e soluções inovadoras para auxiliar os produtores a produzirem cada vez mais e com melhor qualidade. 

Durante a edição de fevereiro, realizada no dia 24/02/2021, Rafael Corsino, presidente das associações nacionais dos produtores de alho (ANAPA) e de cebola (ANACE), trouxe dados sobre a produção de hortaliças em especial de alho referente ao ano de 2020 como também uma projeção para o ano de 2021, encerrando com uma série de conselhos para o campo. 

Com o crescimento da população mundial, onde há projeções que chegam a 9,7 bilhões de pessoas, segundo a ONU, os países que têm terras disponíveis para produzir alimentos, serão motivados a auxiliar na demanda por alimentos. “Com isso, temos um desafio nesse aumento de produtividade e produção. Hoje o Brasil se destaca, pois a cada quatro pessoas no mundo alimentamos um. Tenho certeza de que temos potencial muito grande para alcançar esse posto de maior produtor de alimento nos próximos anos. Temos a nosso favor as áreas agricultáveis e disponíveis, temos um clima apropriado praticamente nos 12 meses do ano, por sermos um país tropical, e temos tecnologia que pode nos ajudar nessa missão”, afirma Rafael Corsino. 

Segundo Corsino, importantes órgãos como a própria ONU ou os demais órgãos deliberativos deveriam enxergar o Brasil como o celeiro do mundo. Mas, com a pandemia, até mesmo as produções de HF que possuem cultivos que produzem o ano todo, tem enfrentado grandes desafios. “A produção de hortaliças no Brasil visa mais o mercado interno. Mas a pandemia atrapalhou a produção de hortaliças. Tivemos sérias consequências e com o fechamento de bares e restaurantes no primeiro semestre, acreditávamos que teriam problemas graves. Mas, com a quantidade de chuvas do primeiro semestre, isso equilibrou a produção”, afirma Corsino.

No segundo semestre, a produtividade teve seu aumento e com ela, também a mudança de hábitos alimentares e a redução dos salários, junto a isso o auxílio emergencial do governo, apoiou o comércio de hortaliças que se manteve. “Tivemos um consumo muito alto de alho, acredito que parte disso é em função da propriedade de aumento e melhora da imunidade que o alho oferece. Para se mensurar, saímos de 30 milhões de caixas de alho de 10 quilos, para um consumo de 36 milhões de caixas de 10 quilos de alho”, conta.

Em 2021, o país vive um cenário muito similar ao do ano passado, visto que houve aumento de chuvas e a pandemia ainda está instalada, mas com um elemento extra: a chegada da vacina. Que ao mesmo tempo que ajuda que alguns possam voltar às suas atividades, ainda mantendo utilização de recursos de segurança como a máscara, o distanciamento e o álcool em gel, outros ainda a aguardam e com isso, há escassez de profissionais para trabalhar no campo. “A produção de hortaliças teve aumento de custo de produção, por exemplo: o adubo saiu de 1.700 a ton e foi para 2.700 ton, a sacaria saiu de 1,10 para 1,50; o dólar aumentou e por isso os efeitos da pandemia ainda não nos permitem desenvolver mais o campo. Precisamos ter muita cautela nesta safra”, explica.

Corsino ainda lembra que é preciso ter fé e operar de forma a ajudar a cadeia como um todo. Ele alerta que, neste momento, forçar o mercado, saindo para vender tudo o que se plantou, fará o preço cair e isso prejudicará ainda mais o setor. Como orientações ele menciona o armazenamento em câmaras frias, como eles vêm fazendo com o alho, para ir comercializando nos próximos 10 a 12 meses do ano de 2021.  Além disso, ele traz alguns conselhos para o produtor de HF: 

  • Escalonar plantios e a colheita. Quando se escalona o plantio, a colheita seguirá o mesmo ritmo;
  • Corte os custos que podem ser cortados; – Fique de olho no seu fluxo de caixa para tomar as melhores decisões; 
  • Diversificação de culturas é também uma excelente opção, dessa forma você conseguirá ter rendimentos de fontes diferentes. Meu conselho é “não coloque todos seus ovos em uma cesta só”.
  • Comece a pensar em exportação, esta pode ser uma boa opção. O mercado do alho precisa olhar para fora e pensar em exportar; 

Para assistir o debate na íntegra, acompanhar ou saber mais sobre os próximos eventos, basta acessar e preencher seu cadastro em: http://agroemdebate.agr.br/

Sobre a Agrivalle

Agrivalle é uma empresa do segmento de bioinsumos que atua há 17 anos no mercado agrícola desenvolvendo produtos biológicos, fertilizantes, bioestimulantes, adjuvantes e inoculantes para as mais diversas culturas. É uma empresa pioneira nos segmentos em que atua, investindo constantemente em pesquisas para diferenciação de seus produtos no campo, desenvolvendo inovações que impulsionam a produtividade de maneira sustentável para as mais variadas situações e demandas do agronegócio.

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