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Mercado de nutrição para a sojicultura

Crédito Adrielle Tedoro

Segundo a Abisolo, segmento movimentou R$ 7,6 bilhões na última safra, com alta de 19% e deverá crescer mais 20% este ano; concentração antecipa tendências de aumento na competitividade e redução de margens nas vendas

Um mercado atraente para empresas do agronegócio, no qual entraram recentemente players globais do setor, o de fertilizantes especiais para soja é alvo de um levantamento inédito da consultoria Spark Inteligência Estratégica. O estudo ‘Painel Mercado Nutrição Soja’ será produzido na safra 2019-20 e investigará o comportamento do produtor da oleaginosa frente ao manejo de nutrição da cultura.

De acordo com a Spark, empresa líder no desenvolvimento de estudos para o agronegócio, o Painel de Nutrição tem por objetivos apurar indicadores de adesão do sojicultor brasileiro aos fertilizantes especiais, identificar players do segmento e avaliar o grau de conhecimento desse produtor em relação a fabricantes e marcas comerciais.

Segundo a consultoria, nos últimos anos houve no Brasil ganhos significativos no tocante ao desenvolvimento de tecnologias para nutrição, nos segmentos foliar e de solo. Por essa razão, principalmente, a Spark entendeu ser necessário mapear agora, em profundidade, o estágio evolutivo do manejo de nutrição da soja. O estudo abrangerá desde produtos corretivos, adubos de base, cobertura e uso na semente até fertilizantes foliares e produtos com ação bioestimulante.

“Além do nível de adoção dessas tecnologias, o levantamento investigará se nos dias de hoje elas se complementam ou, eventualmente, competem entre si”, reforça Ana Carolina Tisselli, engenheira agrônoma, gerente de relacionamento da Spark.

Ainda de acordo com a executiva, o mercado de fertilizantes foliares se encontra “altamente pulverizado” no País. No Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), por exemplo, há mais de 250 empresas do segmento cadastradas. Fontes do mercado dão conta de que também há um grande número de fabricantes atuando na informalidade. Esse cenário, conforme a Spark, contribui para que predomine baixo conhecimento do produtor em relação a marcas e produtos do gênero.

“O sojicultor recebe orientação de consultores particulares e de agrônomos da indústria ou das revendas para tomar suas decisões”, continua Ana Carolina. Ela acrescenta que investimentos das empresas de fertilizantes, com vistas a lançar novas tecnologias, fortalecer marcas, ampliar a oferta de serviços e prover assistência técnica ao produtor, constituem outro ponto relevante da investigação da Spark. “Saberemos se o produtor percebe, reconhece ou valoriza esses esforços”, diz a executiva.

Segundo Ana Carolina, o Painel Mercado Nutrição Soja contemplará ainda os fatores de decisão de compra de fertilizantes por sojicultores, influenciadores do mercado, locais de compra e o perfil econômico e tecnológico de produtores e propriedades que aderem aos produtos. “Os motivos que levam produtores a não usar a tecnologia da nutrição também serão mapeados”, enfatiza a executiva.

Dados da Abisolo, a entidade representativa da indústria de fertilizantes especiais, indicam que o mercado total de produtos do gênero chegou a R$ 7,6 bilhões na safra 2018-19, uma alta de 19,3% ante o ciclo anterior. No período 2019/20, a expectativa da entidade é a de que haja um novo crescimento, situado entre 20% e 22%, para acima de R$ 9 bilhões, portanto.

Concentração e margens – Ana Carolina observa que assim como ocorreu em outros setores do agronegócio, o segmento de fertilizantes registrou, recentemente, vários movimentos de fusões e aquisições. “Esse cenário influenciará no aumento da competitividade entre os players e na redução de margens na comercialização dos produtos”, antecipa a executiva.

Para a direção da Spark, o Painel Nutrição Soja fornecerá suporte estratégico à tomada de decisões de negócios nas empresas produtoras e distribuidoras de fertilizantes. “O material conterá informações-chave para embasar análises setoriais e identificar tendências de mercado nas próximas safras”, resume o engenheiro agrônomo André Dias, sócio-diretor da Spark.

De acordo com Dias, em pouco mais de cinco anos de atividades no mercado de inteligência estratégica, a Spark já realizou mais de 160 estudos especiais e 300 cotas de estudos painel atrelados ao agronegócio. Nesse período, destaca o executivo, profissionais da empresa aplicaram mais de 130 mil entrevistas e percorreram em torno de 4,5 milhões de quilômetros no território nacional.

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