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Mudas de seringueira totalmente livres de pragas

Paulo Fernando de Brito

Engenheiro agrônomo, mestre e diretor do Escritório de Defesa Agropecuária, órgão da Coordenadoria de Defesa Agropecuária/Secretaria de Agricultura e Abastecimento

paulo.brito@cda.sp.gov.br

Crédito Paulo Brito
Crédito Paulo Brito

As pragas do sistema radicular da seringueira são, principalmente, os nematoides Meloidogynespp e Pratylenchussp e fungos da parte aérea, como antracnose e mal das folhas.Se estas pragas não forem controladas adequadamente no viveiro, as mudas se tornam um veículo disseminador de pragas, causando prejuízos no futuro seringal.

Danos

Os nematoides causam enfraquecimento das plantas, atrapalhando o desenvolvimento do seringal e retardando o início da sangria. Este enfraquecimento das plantas favorece o aparecimento da antracnose e phomopsis nas folhas e ramos, e de coleobrocas e lasiodiplodia no tronco.

Em um nível populacional mais intenso, os nematoides causam morte de plantas em reboleiras.A incidência de antracnose causa desfolha no seringal e se este ataque ocorrer em plantas novas pode levar à mortedas plantas.

Meios de controle

No novo sistema de produção de mudas de seringueira, as mudas são produzidas no substrato e em bancada com no mínimo 40 cm de altura, utilizando fertirrigação e adubações foliares, e com um rigoroso controle de pragas.

Neste sistema, as mudas não entram em contato com a terra, evitando a contaminação por pragas de solo, principalmente os nematoides Meloidogynespp e Pratylenchus sp.

Eficiência da técnica

A técnica proporciona ao produtor uma muda isenta de pragas, principalmente de raízes, com vigoroso sistema radicular e com um controle da origem genética das sementes utilizadas na produção dos porta-enxertos e das borbulhas utilizadas na produção das mudas enxertadas.

Assim, o produtor terá uma muda de ótima qualidade sanitária e de alta qualidade genética.

Paulo Fernando de Brito, diretor de Defesa Agropecuária
Paulo Fernando de Brito, diretor de Defesa Agropecuária

Manejo

O manejo da produção de mudas em bancada e substrato exige uma visita diária ao viveiro, com irrigação sendo realizada normalmente todo o dia, fertirrigação duas vezes por semana eadubações foliares a cada 20 a 30dias.

Além disso, tem que ter um rigoroso controle de pragas, com pulverizações com agrotóxicos para o controle principalmente de antracnose e de insetos.No primeiro ano o viveirista normalmente tem tido dificuldade para dominar totalmente a nova tecnologia, mas a partir do segundo ano isso já ésuperado.

Já temos, no Estado de São Paulo, viveiros de produção de mudas com a nova tecnologia na quarta safra, produzindo mudas de altíssima qualidade.

Obstáculos e soluções

Para superar esta dificuldade inicial dos viveiristas, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (CDA, APTA e CATI) já promoveu quatroWorkshops de Mudas de Seringueira em Bancada e Substratono Estado de São Paulo. O objetivo destes eventos é levar a novatecnologia para o setor, mostrando sua viabilidade técnica e econômica, com uma parte teórica, com palestras sobre o assunto, euma parte prática, com visitas técnicas em viveiro de produção de mudas em bancada e substrato, e em seringal plantado com esse tipo de mudas.

Também com o mesmo objetivo a SAA terminou a segunda edição do Boletim de Mudas de Seringueira em Bancada e Substrato.

Essa matéria você encontra na edição de setembro/outubro 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

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