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Os impactos do calor e das chuvas no grão de soja

Com quase 70% da área de soja plantada, clima extremo tem prejudicado a semeadura da oleaginosa em algumas regiões do Brasil.

O clima extremo que atinge o Brasil tem impactado negativamente a safra de soja, que está com quase 70% da área semeada. As altas temperaturas e as chuvas de granizo afetam a germinação e o desenvolvimento das plantas, obrigando alguns agricultores, especialmente no Mato Grosso, a refazer o plantio em áreas que sofreram com a seca.

Créditos: Pixabay

 O calor excessivo no solo provoca um efeito negativo no desenvolvimento em sementes de soja recém-semeadas, impedindo-as de germinar ou se desenvolver adequadamente. Por outro lado, quando ocorrem chuvas em quantidades muito volumosas, eleva-se drasticamente a quantidade de água no solo, bem além daquela que pode ser drenada naturalmente.

 Com isso, as sementes podem morrer sem germinar ou não conseguir sobreviver após a germinação. O resultado é a redução da produção e, em alguns casos, a queda de produtividade, em razão das plantas sobreviventes estarem mais fracas.

Contudo, os cuidados devem começar no plantio e prosseguir até a colheita e armazenagem da safra para garantir um grão com baixa umidade e boa qualidade. O teor de umidade da soja deve ficar entre 12% e 14%, de acordo com o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa).

A umidade do grão da oleaginosa é um fator importante que influencia na qualidade e na rentabilidade da produção. As condições climáticas podem afetar o teor de umidade do grão de forma diferente. As chuvas intensas podem elevar o teor de umidade acima dos 14% recomendados pelo Mapa. Já o clima seco demais e quente pode reduzir o teor de umidade abaixo de 11%, o que pode causar perdas na colheita por quebra do grão. Quando se colhe o grão acima de 15%, deve-se fazer a secagem até atingir a umidade de 14%, para garantir a qualidade e o valor do grão no mercado.

O engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, empresa paranaense detentora da marca Motomco de aparelhos medidores de umidade, explica que os grãos devem estar no teor de umidade ideal, pois se estiverem muito secos ou muito úmidos, podem sofrer mais danos mecânicos causados pela colheitadeira. Esses danos afetam o corte, a trilha e a descarga dos grãos e facilitam a entrada de patógenos, comprometendo a qualidade e o valor dos produtos.

“Nossa recomendação é que o produtor colha o máximo possível de sua lavoura próximo de 14% umidade para diminuir os gastos com secagem e evite colher com temperatura abaixo de 11% para evitar grãos quebrados e rachados”, sugere.

Para verificar com precisão o teor de umidade, o  medidor é uma ferramenta essencial. A gerente de Relacionamento com o Cliente da Loc Solution, Fernanda Rodrigues da Silva, observa que, se o produtor souber usar a tecnologia a seu favor para otimizar a qualidade do grão, terá  bons resultados com a safra. 

“O aparelho ajuda muito na tomada de decisão e, para isso, temos vários modelos especializados na determinação da umidade de grão , seja de bancada ou também portáteis que podem ser levados ao campo”, explica Fernanda, lembrando que  essas tecnologias podem ser utilizadas desde a colheita até o armazenamento do produto.

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