Maria Thereza Pedroso
Engenheira Agrônoma (UFRRJ), Doutora em Ciências Sociais (UnB). Pesquisadora na Embrapa Hortaliças (Gama, DF)
Zenaide Rodrigues Ferreira
Bacharel em Economia (UFSJ), Doutora em Economia (UnB). Professora Adjunta do Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais (Ibmec/DF) e pesquisadora associada no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
O presente artigo foi elaborado segundo os dados disponibilizados pelo último Censo Agropecuário, que é de 2017 (IBGE, 2017). As Unidades da Federação que englobam a maior parte da produção de tomate estaqueado foram denominadas como polos de produção. Importante destacar que o IBGE usa as expressões “tomate estaqueado” e “tomate rasteiro” no Censo Agropecuário. No Brasil, a maior parte da produção de “tomate estaqueado” é comercializado como “tomate mesa” e a maior parte da produção de “tomate rasteiro” é voltada para a indústria de atomatados.
No Brasil, a quantidade produzida de tomate estaqueado, de acordo com os dados do Censo Agropecuário de 2017 (IBGE, 2017), foi igual a 1.091.579 toneladas e gerou um valor de R$1.224.902 mil. A produção ocorreu em 44.259 estabelecimentos agropecuários em vários estados brasileiros, especialmente localizados na região sudeste do país.
Os estados que responderam por 70,1% da produção brasileira de tomate estaqueado foram São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. São Paulo e Minas Gerais foram os estados com maior produção. Juntos são responsáveis por 48,9% da produção nacional e 27,1% do total de estabelecimentos agropecuários produtores dessa hortaliça (Gráfico 1). Trataremos dos dados de São Paulo e Minas Gerais.
Polo Paulista de tomate estaqueado
No estado de São Paulo, foi observado que a agricultura familiar prevaleceu no número de estabelecimentos agropecuários produtores de tomate estaqueado (79,2%), enquanto na quantidade produzida, prevaleceu a agricultura patronal (68,7%) (Gráfico 2).
Em uma análise por grupo de área (tamanho total dos estabelecimentos agropecuários), foi observado que metade da produção de tomate estaqueado em São Paulo (50,4%) ocorreu em grupos de área superior a 10 hectares, com atributos de concentração produtivo em grupos de área acima de 100 hectares. Já 64% dos estabelecimentos agropecuários produtores do estado pertencia aos grupos de área inferiores a 10 hectares (Gráfico 3).
Polo Mineiro de tomate estaqueado
No estado de Minas Gerais, o percentual de estabelecimentos agropecuários produtores de tomate estaqueado pertencentes à agricultura familiar foi de 78,7%, enquanto a agricultura não familiar respondeu por 58,6% da quantidade produzida dessa hortaliça (Gráfico 5).
Em uma análise por grupo de área (tamanho total dos estabelecimentos agropecuários), foi observado que 68,4% da produção ocorreu em grupos de área superior a 10 hectares, com fortes atributos de concentração produtivo em grupos de área acima de 100 hectares. Já 58,4% dos estabelecimentos agropecuários produtores do estado pertencia aos grupos de área inferiores a 10 hectares (Gráfico 6).
REFERÊNCIA
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário de 2017. Resultados Definitivos. Sistema IBGE de Recuperação automática (Sidra). IBGE. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2017.