26.6 C
Uberlândia
quarta-feira, fevereiro 12, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioDestaquesPrincipal feira de cafés especiais da Austrália deve render US$ 14,5 milhões...

Principal feira de cafés especiais da Austrália deve render US$ 14,5 milhões ao Brasil

Empresários brasileiros concretizaram US$ 3,25 milhões na MICE 2024 e alinharam contatos para a realização de mais US$ 11,25 milhões até a próxima edição do evento

Divulgação

Empresários brasileiros, integrantes do projeto “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), fecharam US$ 3,25 milhões em negócios presenciais na Melbourne International Coffee Expo – MICE 2024, realizada de 12 a 14 de maio, na Austrália. Por meio de 106 contatos comerciais feitos, sendo 49 com novos parceiros, eles têm a expectativa de concretizar mais US$ 11,25 milhões até a próxima edição do evento, o que elevaria o total a US$ 14,5 milhões.
 
A participação da delegação brasileira na MICE 2024 — principal evento cafeeiro australiano, que reuniu cerca de 11 mil visitantes de todos os segmentos da cadeia global de fornecimento e conectou proprietários de cafés e baristas com produtores mundiais —, deu-se em estande, onde foram realizadas sessões de cupping e havia um brew bar, que apresentou ao público cafés de várias origens produtoras do Brasil, arábicas e canéforas, servidos em diferentes formas de preparo, como filtrados e espressos.
 
Segundo o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, embora seja um país relativamente pequeno, a Austrália é um mercado muito promissor aos cafés do Brasil, com oportunidades para todos os perfis e qualidades. “Cafés commodity são ótimos para a indústria de solúvel; os naturais, com notas de chocolate e caramelo, e os conilons e robustas finos servem bem para espressos; por fim, os cafés especiais brasileiros atendem aos paladares mais exigentes, com seus perfis sensoriais e diversidade de origens”, explica.
 
De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), o consumo de café na Austrália foi estimado em 2,1 milhões de sacas na safra 2022/23, o que corresponde a 4,7 kg per capita. Já a organização de pesquisa McCrindle detalha que 75% dos australianos consomem ao menos uma xícara de café por dia, sendo que 28% desses tomam três ou mais xícaras diariamente. Além disso, 27% da população diz não conseguir viver um dia sem a bebida e 20% se consideram “coffee snob”, ou seja, opta por seu café com base em qualidade e sabor, não se contentando com preparo rápido e preço barato.
 
“Na Austrália, o café não é apenas uma bebida, ele está enraizado na cultura local, assim como no Brasil. Não à toa, o país está entre os mercados-alvos do projeto que desenvolvemos com a ApexBrasil, pois é vital ampliarmos a participação do produto brasileiro em um consumidor tão relevante e, também, formador de opinião no cenário global”, comenta o diretor executivo da BSCA.
 
Em 2023, conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a Austrália importou 434 mil sacas do produto brasileiro, ocupando o 21º lugar no ranking dos principais destinos. Apesar de um volume não tão impactante no contexto total das exportações nacionais, esse montante representa cerca de 21% do consumo total da bebida no país da Oceania, projetado em 2,1 milhões de sacas.
 
BRAZIL. THE COFFEE NATION
O projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, realizado pela BSCA em parceria com a ApexBrasil, tem como foco a promoção comercial do café especial brasileiro no mercado internacional, reforçando os pilares de qualidade, diversidade e sustentabilidade. A iniciativa tem como objetivo apresentar o Brasil como uma nação dotada dos recursos naturais essenciais para o cultivo dos melhores cafés e que investe ativamente para atingir os mais altos requisitos de qualidade, de forma sustentável e em observância a rígidas normas de direito social e ambiental.
 
Com vigência até agosto de 2025, uma das prioridades do projeto será investir em ações de qualificação e diversificação, com foco no apoio aos produtores de café canéfora (robusta e conilon) do país, nas certificações de qualidade e de sustentabilidade e nos cafés produzidos por mulheres, fomentando a equidade de gênero na cafeicultura brasileira e a capacitação de provadoras profissionais de café. O projeto atual tem como mercados-alvo: i) África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para os cafés crus especiais; e ii) Canadá, Chile, China e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.
 
As empresas que ainda não fazem parte podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / 99824-9845 / 99879-8943 ou do e-mail info@bsca.com.br.

ARTIGOS RELACIONADOS

Cuidados no manuseio e na aplicação de defensivos

AutoraAndreza Martinez Um dos principais desafios do setor de defensivos agrícolas é garantir o emprego correto dos produtos no campo. Isso porque os defensivos foram desenvolvidos para...

Fazenda de café aposta na biotecnologia e amplia produção

Com a utilização de 100% de fertilizantes biotecnológicos da Superbac, negócio familiar obtém crescimento de 20% na colheita e espera aumento de 50% no longo prazo.

Brasil exporta 4,9 milhões de sacas de café em outubro, mesmo enfrentando gargalos logísticos

Volume é recorde mensal e foi obtido com esforços do setor e exportações em break bulk, por exemplo, para superar atrasos e alterações de escalas de navios para embarque

Controle de pragas e doenças do café

O Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo e a temporada 2020/2021 ...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!