27.1 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiProdução de caqui no Brasil está concentrada nos estados do Sul e...

Produção de caqui no Brasil está concentrada nos estados do Sul e Sudeste

Pedro Maranha Peche

Engenheiro agrônomo e doutorando em Fruticultura UFLA

pedmpeche@gmail.com

Rafael Pio

Engenheiro agrônomo e professor de Fruticultura UFLA

 

CréditoShutterstock
CréditoShutterstock

De acordo com dados da FAO, em 2013 o Brasil foi o quarto maior produtor de caqui a nível mundial, produzindo cerca 173 mil toneladas, ficando atrás de China (3,5 milhões de toneladas), Coreia (350 mil toneladas) e Japão (215 mil toneladas).

A produção está concentrada nos estados do Sul e Sudeste. O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional, sendo responsável por aproximadamente 58% da produção, seguido por Rio Grande do Sul (15%), Paraná (12%), Minas Gerais (6%) e Rio de Janeiro (5%) (IBGE 2013).

Produtividade nacional

Segundo a FAO (2013) o Brasil possui a maior produtividade média a nível mundial, que é de 20,25 toneladas por hectare, seguido por Itália (16,7 ton/ha), Arzeibajão (16,6 ton/ha), Taiwan (15,6 ton/ha) e Nova Zelândia (15,5 ton/ha). Porém, se analisarmos a produtividade do Estado de São Paulo, vemos que o mesmo possui uma produtividade de 33 ton/ha, muito acima da média nacional.

Oferta e demanda

A oferta de caqui vai de final de janeiro até início de julho, sendo o período de maior oferta de março a maio. A demanda atual é por produção de frutos fora de época.

 A oferta de caqui vai de final de janeiro até início de julho - Crédito Pixabay
A oferta de caqui vai de final de janeiro até início de julho – Crédito Pixabay

Rentabilidade

Nos últimos anos o preço do quilo do caqui ‘Fuyu’ está em torno de R$ 4,00. Nos últimos cincos anos o menor preço praticado no CEAGESP ” SP foi de R$ 3,73/kg, em 2011, e o mais alto foi de R$ 4,57/kg em 2012. No ano de 2014 o preço praticado foi de R$ 4,17/kg (Agrianual, 2015).

A melhor forma de otimizar a lucratividade é  diminuir o custo de produção, porém, diminuir custo não significa cortar gastos. Isso pode ser feito, na maioria das vezes, com ações simples, como a adoção do:

ð Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas daninhas (MIPDP), que permitirá o uso dos métodos de controle (não necessariamente químico) no momento exato, pois é baseado em amostragem e índices de controle, propiciando uma alta taxa de sucesso no controle e racionalização dos recursos.

ð Análise anual de solo e foliar: o equilíbrio nutricional é a chave para a produção de frutos de qualidade e para a longevidade produtiva da plantação. Além disso, com os resultados das duas análises temos um escopo completo da nutrição da planta e da “reserva“ de nutrientes no solo, podendo, assim, adequar a adubação, evitando aplicações desnecessárias (consumo de luxo) que podem causar toxidez ou levar a deficiências nutricionais por interação entre os nutrientes.

ð Boas práticas agrícolas: práticas de conservação do solo, uso de adubos verdes, consórcios, rotação de cultivos nas entrelinhas, etc., podem não parecer, a curto prazo, métodos de otimização da lucratividade, porém, a médio e longo prazos permitem um aumento de produtividade/lucratividade por área, favorecem o aumento da resiliência ambiental, ajudando no controle natural das pragas.

ð Manutenção preventiva e regulagem adequada do maquinário.

ð Planilha detalhada de custo, incluindo gastos com bens de consumo (combustível, defensivos, adubos, etc.), mão de obra (incluir salário do produtor).

ð Produção fora de época.

Crédito Renato Alves Pereira
Crédito Renato Alves Pereira

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2015  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

ARTIGOS RELACIONADOS

Champignon: Os desafios impostos à atividade

AutorDiego Cunha Zied Doutor e professor - Universidade Estadual Paulista (UNESP), Centro de Estudos de Cogumelos (CECOG), campus de Dracena dczied@gmail.com O...

Atemoia – o cruzamento que deu certo

A atemoia pertence à família das anonáceas, e é um híbrido interespecífico ...

Gotejo – Cuidados em cafeeiros jovens

A irrigação no sistema de gotejamento e seu uso também para a fertirrigação, quando em áreas com terrenos irregulares ou de montanha, deve contar com cuidados especiais em cafeeiros jovens para evitar molhações e fertilizações também irregulares das plantas.

Algas reduzem estresse na melancia

  Eduardo Suguino Pesquisador científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) Polo Centro Leste, Ribeirão Preto (SP) e-mail: esuguino@apta.sp.gov.br Não existem muitos trabalhos com resultados disponíveis sobre...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!