Tecnologia vai ao encontro do meio ambiente e promove “sexto sentido” na proteção de reservas e áreas de preservação, como na Serra do Japi, em Jundiaí-SP
Os grandes incêndios que atingiram a Amazônia em agosto devastaram mais de 900.000 hectares no Brasil, Bolívia, Equador, Peru e Paraguai, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), resultando em uma inestimável perda ecológica para todo o mundo. Para lutar contra este tipo de tragédia, além da conscientização, monitoramento terrestre e aplicação de leis ambientais, a tecnologia aparece como uma grande aliada, através de câmeras termográficas e drones.
Tais equipamentos fazem a diferença na prevenção e combate a incêndios florestais. A Serra do Japi, em Jundiaí, a 60 quilômetros de São Paulo, é um exemplo. A área de proteção ambiental de 354 quilômetros quadrados é guardeada por câmeras termográficas capazes de identificar rapidamente mesmo o menor risco de incêndio, prontamente reportado para a Divisão Florestal da Guarda Civil.
A chegada mais rápida de uma equipe de bombeiros significa que um foco detectado por imagens termográficas, que detectam pontos de calor invisíveis ao olho humano, pode ser extinguido muito antes de causar danos extensos. Por meio deste “sexto sentido”, as ações de combate ao fogo são mais rápidas e eficientes. O monitoramento é feito por um sistema de câmeras de movimentação com capacidade de detecção de muitos quilômetros, como a FLIR A310pt.
Mais tecnologia
Também são utilizados drones com câmeras infravermelhas, para encontrar o foco do incêndio mesmo através da fumaça e guiar com segurança equipe de terra, e câmeras para helicópteros ou aviões, para orientar equipes de combate ao fogo através da fumaça. Câmeras portáteis de mão para equipe terrestre, como as da série K da FLIR, também são usadas.
“Câmeras infravermelhas são imensamente usadas para detecção de incêndios em todo o mundo. É o futuro e o presente na preservação de grandes reservas florestais, já que nos dão a capacidade de enxergar pontos de calor que são invisíveis aos olhos humanos, e guiar equipes aéreas e terrestres em áreas tomadas por fumaça”, afirma Macson Guedes, diretor geral para a América Latina da FLIR Systems, empresa líder global em câmeras termográficas, utilizadas na Serra do Japi.
A tecnologia também é aplicada em uma floresta de eucaliptos com cem mil campos de futebol de área plantada, divididas em 30 cidades do interior de São Paulo. Nela, câmeras termográficas vigiam um raio de 15 quilômetros do topo de torres de monitoramento. “Um investimento neste tipo de tecnologia representa a diminuição de um risco de incêndios florestais, que podem causar um dano incalculável ao meio ambiente e, também, prejuízo financeiro com a perda de colheitas, reservas e áreas plantáveis”, pontua.