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Radicchio agrega à produção

Stefan Adriaan Coppelmans apostou no radicchio e se mostra satisfeito com os resultados - Crédito Morgana Delazeri
Stefan Adriaan Coppelmans apostou no radicchio e se mostra satisfeito com os resultados – Crédito Morgana Delazeri

Stefan Adriaan Coppelmans é engenheiro de alimentos e empresário, proprietário de uma empresa de saladas prontas que leva seu nome.Ele planta radicchio o ano todo, o que é possível porque sua produção acontece em uma região de altitude de 1.350 metros, em Andradas, no Sul de Minas. Lá o clima é ameno, de montanha, condição ideal para o radicchio.

“Produzir radicchio em regiões de baixa altitude e muito quentes pode até ser possível no inverno, mas não no verão. Por outro lado, se o clima for adequado para ele, sua produção se torna muito simples. Ele é muito resistente a doenças e à chuva, e inclusive às pragas, que não gostam muito dessa cultura“, conta o produtor, que inseriu o radicchio junto com a alface, que tem o manejo semelhante, apesar de o primeiro ter ciclo mais longo, geralmente ficando de duas a três semanas a mais no campo.

Aposta

O plantio de radicchio de Stefan Adriaan começou há quatro anos. “Como somos uma empresa que comercializa saladas prontas, o radicchio entra como ingrediente.A demanda ainda não é alta, porque o brasileiro não tem muito conhecimento sobre ele, exceto aqueles que viajam mais ou que são de descendência italiana. Mas, sua cor é muito bonita, diferente da alface roxa. Para decorar e deixar a salada mais atrativa o radicchio é muito bom, e ele aumenta a saciedade, visto que é muito fibroso, bem mais do que a alface“, considera.

A produção de radicchio chega a uma tonelada por semana, metade da qual é embalada e vendida para consumo pronto, em mix de saladas. A outra metade segue para comercialização in natura, embaladaem bandejas.

A produção é comercializada toda diretamente no varejo, para os mercados do Estado de São Paulo.

Custo produtivo

O custo de produção da alface gira em torno de R$ 0,50 por pé, enquanto o radicchio fica em torno de R$ 0,70, ou seja, 30 a 40% a mais. “Isso porque a semente dele é mais cara e ele fica mais tempo no campo, exigindo mais tratos culturais. Em contrapartida, seu valor de comercialização é diferenciado e melhor, mas ele não tem volume, o que deixa a situação relativa“, avalia Stefan Adriaan.

Ele explica que, como o radicchio segue para o supermercado junto com a produção de alface, tomate e demais hortaliças, ele ‘pega uma carona’ e acaba resultando em um rendimento melhor.

As sementes podem ser plantadas diretamente no local definitivo da horta - Crédito Ana Maria Diniz
As sementes podem ser plantadas diretamente no local definitivo da horta – Crédito Ana Maria Diniz

Gargalos da produção

Olhando para a cadeia toda, desde a produção até a comercialização, os gargalos observados por Stefan Adriaansão o alto custo da semente e o fato do brasileiro não conhecer a cultura, o que não favorece um maior volume de produção.

“Mas em termos de manejo, produzir radicchio no clima apropriado é até mais fácil do que produzir alface, por ser mais rústico e resistente. A tendência do radicchio é tornar-se cada vez mais conhecido. A produção vem crescendo, as pessoas estão buscando mais por saladas diferenciadas e por novidade. E o radichio incrementa e embeleza a produção. Aliado a isso, ainda há o aumento da habilidade dos produtores de produzirem radicchio, fazendo a oferta aumentar“, conclui o produtor.

Essa é parte da matéria de capa da revista Campo & Negócios Hortifrúti, edição de março 2017. Adquira a sua para leitura completa.

 

 

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