As últimas safras brasileiras de algodão ficarão na história. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a safra 22/23 será de 3,2 milhões tons, alta de 27% com relação à safra passada e uma produtividade também recorde: 1.931 kg/ha, alta de 21% em relação à registrada na safra passada e 7% acima do último recorde de produtividade registrado na safra 2019/20 (1.802 kg/ha). Para manter os níveis de produção no próximo ciclo, os produtores precisam superar desafios inerentes à safra, como a Ramulária (Ramularia areola), doença que ganhou relevância nos últimos dez anos e, hoje, é a mais severa da cultura.
“Uma curiosidade é que o nome científico da doença foi recentemente alterado para Ramulariopsis pseudoglycines. A classificação do agente causal do fungo foi alterada após a análise molecular do mesmo e, hoje, é possível identificar que, na realidade, a doença é causada por outro patógeno, porém sem qualquer outra alteração de manejo ou atuação no campo”, explica Paulo Queiroz, engenheiro agrônomo e gerente de portfólio da FMC.
A Ramularia provoca perdas de até 75% da produtividade e pode ser observado em todas as regiões produtoras do algodão, pois sua dispersão é facilitada pela ação dos ventos a partir das primeiras lesões. “Esse fungo gera redução da capacidade fotossintética da planta, fato que impacta o florescimento, a formação e qualidade da fibra, provoca o desfolhamento precoce e a queda da produtividade. Os sintomas iniciais são pequenas lesões anguladas, delimitadas pelas nervuras, nas folhas mais velhas e durante a fase de reprodução da planta”, detalha Paulo.
Com o desenvolvimento da doença, é possível observar manchas de coloração branca com aspecto pulverulento. O fungo inicia na parte inferior da folha e pode progredir para a superior quando as condições do ambiente forem de alta umidade.
No entanto, de acordo com estudos, o manejo para a Ramularia tem enfrentado desafios que exigem atenção do agricultor. Atualmente, são feitas em média, 8 aplicações de fungicidas para as doenças no algodão. Produtos à base de carboxamidas, por exemplo, são aplicados até três vezes durante o ciclo e junto a boas práticas, como a rotação de produtos com distintos mecanismos e ingredientes ativos, atenuam a pressão de seleção sobre os patógenos e a seleção de populações resistentes aos fungicidas”, orienta o gerente.
As boas práticas de manejo ainda incluem a escolha correta da época de plantio, a utilização de sementes certificadas e a utilização de cultivares com tolerância às doenças, o bom preparo de solo, a adubação equilibrada e o manejo de plantas daninhas oriundas de cultivos remanescentes. Somadas, essas táticas colaboram para o sucesso da lavoura e da rentabilidade.
Para contribuir com esse cenário, a FMC, empresa de ciências para agricultura, trouxe para o Brasil o Onsuva®, um produto formulado com uma carboxamida inédita, o fluindapir, e um triazol, referência na cultura, o difenoconazole. “Essa solução apresenta alta performance e seletividade superior, reafirmando o propósito da companhia de investir em pesquisa e desenvolvimento para tornar o agronegócio cada vez mais produtivo e sustentável”, diz Paulo.
Na cotonicultura, o fungicida protege a produtividade e aumenta a qualidade da fibra, evitando perdas de área foliar, possibilitando assim, que a planta tenha condições essenciais para seguir o seu desenvolvimento pleno.
O produto ainda é indicado para o controle da Ramulose (Colletotrichum gossypii) e da Alternaria (Alternaria macropsora) e recomendado para alternância dos ingredientes ativos utilizados no manejo e consequente redução da pressão de seleção dos patógenos.
“O Onsuva é um fungicida com a mais alta tecnologia e estratégico para o cotonicultor, pois, além de eficiente, leva ao campo uma formulação inovadora para todo o sistema produtivo do algodão”, destaca o engenheiro agrônomo.