Cada vez mais a tecnologia está presente nas várias fases do melhoramento genético, a fim de embasar a tomada de decisões estratégicas por meio da padronização de processos e resultados de análises genéticas de amostras de DNA de plantas. Na TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que trabalha para entregar inovação ao campo –, os robôs são responsáveis por cumprir diversas análises, apoiando várias etapas do desenvolvimento de cultivares de algodão, soja e milho.
Segundo a coordenadora do laboratório de biotecnologia da companhia, Andressa Patera, “a automação do laboratório auxilia bastante na geração de dados que apoiam a tomada de decisão em várias fases dos programas de melhoramento genético da TMG. Além disso, esses equipamentos contribuem para a rastreabilidade dos processos, garantindo a confiabilidade dos dados gerados, assegurando o cumprimento dos objetivos do Sistema de Gestão da Qualidade da empresa”.
Andressa diz que “a utilização de equipamentos automatizados possibilita analisar com precisão cerca de 30 mil amostras por dia, número que seria impossível atingir apenas com mão de obra humana”. A coordenadora comenta ainda que a tecnologia precisa estar vinculada à capacitação dos colaboradores. “Atuamos na manutenção da equipe qualificada, competente e envolvida, porque acreditamos que as pessoas precisam estar bem-preparadas para cumprirem com excelência o trabalho que resulta nas cultivares que oferecemos ao mercado. Por isso, investimos periodicamente em capacitação, a fim de padronizar processos, elevar o conhecimento técnico dos profissionais e incentivar a equipe”, conta.
Capacidade de análise
No laboratório de biotecnologia da TMG são analisadas características genéticas das plantas (genotipagem), por meio de sequenciamento de DNA ou PCR (reação em cadeia da polimerase). “Por meio do uso de marcadores moleculares, é possível verificarmos se a planta apresenta genes que asseguram a resistência a determinadas doenças ou condições de clima, por exemplo”, explica Andressa.
O laboratório da TMG, que é certificado pela ISO17025, realiza cerca de 40 milhões de análises genéticas por ano, complementando o trabalho realizado pelos especialistas em melhoramento genético que atuam nas 35 casas de vegetação que a empresa dispõe em Cambé (PR) e Rondonópolis (MT). Em 2021, o laboratório recebeu um aporte de R$ 15 milhões para elevar a capacidade e ampliar o leque de possibilidades genéticas a serem analisadas. A empresa tem 14 bases de pesquisa em melhoramento genético, espalhadas por seis estados, nas principais regiões produtoras brasileiras com ensaios e experimentos de campo.