24.6 C
Uberlândia
quarta-feira, maio 8, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosGrãosSó confiança entre sementeiro e agricultor vence pirataria

Só confiança entre sementeiro e agricultor vence pirataria

A pirataria de sementes é uma das chagas abertas da indústria sementeira, com nada menos de 30% das lavouras de soja e 80% do feijão sendo plantadas com sementes ilegais. Para reverter esse problema, o produtor do insumo precisa resgatar o relacionamento de confiança com o agricultor.

“O produtor de semente tem que fazer mais do que vender semente. É preciso entregar na época certa, acompanhar o plantio e posicionamento da lavoura, orientar o produtor. Não é só qualidade de semente, é preciso oferecer um serviço de qualidade desde a entrega“, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Semente (Abrass), Marco Alexandre Bronson e Sousa.

Ele sustentou que o caminho deve ser o da união da cadeia produtiva em torno da percepção de valor da semente. Segundo ele, o setor deve demonstrar que o agricultor está investindo em germoplasma, em biotecnologia e tratamento industrial para diferenciar sua lavoura ” o que, no final das contas, resulta em maior produtividade e economia para o produtor rural.

O presidente da Associação Brasileira de Obtentores Vegetais (Braspov), Ivo Carraro, defendeu a necessidade de se atualizar a Lei de Proteção de Cultivares (LPC), que é de 1997. A LPC garantiu um aumento significativo nos investimentos em pesquisa e inovação para a agricultura nestes últimos 20 anos, mas o cenário mudou muito.

Clareza

Brechas na legislação e falta de clareza nos termos de penalização de usuários e comerciantes infratores provocam um crescimento do uso ilegal de sementes e mudas protegidas. Carraro aponta que isso “desestimula os investimentos em pesquisa da espécie e acaba também afastando o agricultor de outras tecnologias que podem levar à maior rentabilidade“.

“O debate sobre a LPC é necessário e estratégico. A função desta lei é garantir o abastecimento, a segurança alimentar e a sustentabilidade da agricultura. Esse assunto merece ser debatido de forma mais ampla e completa com a sociedade no Congresso Nacional“, conclui.

O diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, André Felipe Peralta, concorda que esses ajustes na legislação podem ser benéficos e permitir uma penalidade mais adequada para quem comercializa sementes salvas, mas lembra a dificuldade do Ministério de garantir a fiscalização de todo o território nacional. “É uma luta desigual. Temos milhares de produtores e não é possível fiscalizar isso tudo“, explica.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

ARTIGOS RELACIONADOS

Quem plantar trigo não se arrependerá

  Eduardo Elias Abrahim Engenheiro agrônomo, produtor rural, vice-presidente da Associação dos Triticultores de Minas Gerais (ATRIEMG), consultor na cultura do trigo e sócio-proprietário da Abrahim...

Novidades no preparo de solo

Diego Weslly Ferreira do Nascimento Santos Doutorando em Engenharia Agrícola/Universidade Federal de Viçosa Haroldo Carlos Fernandes Professor do Departamento de Engenharia Agrícola/Universidade Federal de Viçosa haroldo@ufv.br A forma de...

22º Dia de Campo Copercampos – Inovações e tecnologias para o agronegócio

  Os organizadores estão empenhados nos últimos ajustes e detalhes para mais uma edição do Dia de Campo Copercampos, que será realizado nos dias 21,...

Molibdênio e nitrogênio no estímulo do feijoeiro

A combinação poderosa de molibdênio e nitrogênio é fundamental para o crescimento exuberante do feijoeiro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!