Tiyoko Nair Hojo Reboucas
PhD em Produção de Sementes em Hortaliças, presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH) e professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
John Silva Porto
Mestre em Agronomia e doutorando em Fitotecnia – UESB
Ivan Vilas Boas Souza
Doutor em Agronomia e secretário da ABH
No Brasil, a produção anual média de tomate de mesa foi 4,2 milhões de toneladas de frutos em área colhida de 65,2 mil ha nos últimos seis anos (FAO/ONU), colocando o Brasil em nono lugar no ranking frente ao mundo.
A produtividade, nas maiores regiões produtoras, chega a 66,9 ton.ha-1. De acordo com o IBGE, os principais Estados produtores são Goiás, destacando-se na produção destinada à indústria, São Paulo e Minas Gerais,em especial na produção para mesa, que juntos colhem, em média, 31 mil ha anuais, cerca de 51,6% da área de produção nacional.
Oferta e demanda
Em 2017, apesar da oscilação de oferta nas diferentes estações, o produtor que persistiu no plantio e obteve alta produtividade conseguiu rentabilidade satisfatória com a cultura.
Em 2016 houve uma retração de 11,6% em relação ao ano anterior, devido aos efeitos climáticos ocasionados pelo fenômeno El Niño, que provocou estiagens no Nordeste, com redução de áreas no semiárido pernambucano, Chapada Diamantina e Irecê (BA), além de chuvas frequentes, geadas e a crise econômica instaurada no País, que limitou o financiamento de lavouras no Sul e Sudeste.
Exportação e importação
A exportação total mundial de tomate processado inclui 3,3 milhões de toneladas de suco e dois milhões de toneladas de massa/extrato de tomate.
Custo de produção x lucro
Como a cultura é altamente tecnificada, seu custo de produção varia de R$ 60 mil a R$ 100 mil/ha, conforme a região e o híbrido plantado. Quanto à rentabilidade, varia de 15 a 30% em relação aos custos e à época de comercialização.
Para 2018, há boas perspectivas, tendo em vista o final do ano de 2017 com recuperação da cultura.