Localizada em Piraju (SP), a Fazenda Campo de Ouro se destaca na produção de frutas de alta qualidade. Com uma área de 250 hectares, a propriedade cultiva uma ampla variedade de frutas, incluindo abacate, manga, atemoia, ameixa e caqui.
Sob a direção do produtor Ronaldo Ferreira, a fazenda se consolidou como referência na fruticultura nacional, especialmente na produção de frutas e mudas de abacates.
Ele também é um dos sócios fundadores da Associação Brasileira de Produtores de Abacate (Abacates do Brasil), uma iniciativa criada para expandir o mercado da fruta, aumentar o consumo e divulgar seus benefícios nutricionais. “Criamos a associação com o intuito de abertura de mercado e aumento do consumo, e hoje ela se fortaleceu, gerando bons resultados e abrindo espaço para a exportação”, destaca.
A fazenda está localizada em uma região privilegiada, próxima ao Trópico de Capricórnio, o que favorece a fruticultura. Apesar dos desafios climáticos enfrentados nos últimos anos, a produção segue promissora. “O abacate tem se tornado uma fruta de grande relevância, tanto pelas suas qualidades nutricionais quanto pela sua versatilidade no consumo, seja em pratos doces, salgados ou até mesmo na indústria de cosméticos”, ressalta Ronaldo.
Inovação na produção
A Fazenda Campo de Ouro investe em tecnologia e sustentabilidade, adotando uma adubação quase 100% orgânica, o que confere um terroir diferenciado às frutas e melhora sua conservação. Além disso, a propriedade conta com um viveiro próprio para a produção de mudas de abacate, que são comercializadas para todo o Brasil.
“Trabalhamos com mudas clonais de alta qualidade, selecionando cuidadosamente as plantas para garantir maior produtividade e uniformidade”, explica o produtor. Entre as variedades disponibilizadas, estão o Avocado Hass e outras cultivares tropicais, como Fortuna, Breda e Margarida.
O futuro da abacaticultura
Ronaldo destaca a necessidade de avanço nas pesquisas sobre abacate no Brasil. “Embora haja pesquisadores dedicados à fruta, a tecnologia ainda é incipiente e precisa de mais investimentos. O mundo caminha para pomares mais adensados e com arquitetura de planta que reduz os custos de colheita”, aponta.
Segundo ele, o modelo de produção de culturas como a maçã, que adota espaçamentos mais estreitos e condução vertical, pode ser um caminho a ser seguido para elevar a produtividade e a qualidade do abacate brasileiro.
A expectativa é que a Associação Brasileira de Produtores de Abacate invista cada vez mais em pesquisa e tecnologia, contribuindo para a evolução da cultura no país e consolidando o Brasil como um dos grandes produtores mundiais da fruta.
