27.1 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosViveiro Monte Alegre - Mudas feitas por profissionais

Viveiro Monte Alegre – Mudas feitas por profissionais

Créditos Luize Hess
Créditos Luize Hess

O Viveiro Monte Alegre, sediado em Ribeirão Corrente(SP) já participou de cinco edições do Simcafé com seu estande. Para André Luis da Cunha, sócio-diretor do Viveiro Monte Alegre e da Fazenda Bela Época, o evento traz a oportunidade de difundir tecnologias, que é o propósito do viveiro também.

“Como trabalhamos com sementes e mudas, consideramos que esta é a base da cafeicultura. A participação dos cooperados da Coocapec e de outros produtores tem sido muito efetiva, e a cada ano percebemos um público maior“, pontua André Luis.

A empresa

O Viveiro Monte Alegre já existe há quase 40 anos, e há 10 anos migrou do sistema convencional de produção para as mudas em tubetões com substrato à base de fibra de coco. Esse sistema traz como vantagem a segurança para o cafeicultor no sentido de ser livre de pragas e nematoides, muito presentes, atualmente, nas áreas de café em todo o Brasil.

“A fibra de coco que usamos como base para o substrato é esterilizada, originada de Belém do Pará, o que garante sua condição livre de pragas e doenças. Os nematoides, por exemplo, depois de presentes trazem grande risco de contaminação aos solos, e quisemos trazer essa segurança para nossos clientes“, diz o proprietário do Viveiro Monte Alegre.

O ciclo de produção de mudas leva em torno de sete meses, e o viveiro, durante esse tempo, faz as análises de raízes para ter a liberação do CFO.

Risco iminente

O Viveiro Monte Alegre já existe há quase 40 anos - Créditos Luize Hess
O Viveiro Monte Alegre já existe há quase 40 anos – Créditos Luize Hess

A mecanização sem critérios tem sido uma grande responsável por disseminar os nematoides, segundo André Luis, que é uma das maiores preocupações dos cafeicultores atualmente, porque a produtividade cai drasticamente, quando da sua presença, além de desvalorizar a terra infestada. “Não existe, até hoje, uma forma 100% eficiente para o controle dos nematoides. Uma vez contaminado o solo, este não ficará mais livre da praga e então o produtor terá que conviver com ele“, alerta o profissional.

No caso da produção de mudas, a produção em tubetes, com fibra de coco esterilizada e a utilização de água de poço profundo são as medidas tomadas no Viveiro Monte Alegre para se livrar do problema. “Temos o plantio mecanizado de mudas que nos permite plantar de 25 a 30 mil mudas por dia, com 10 pessoas de apoio à máquina. Temos, também, o transporte automatizado, para levar mais muda e de forma mais otimizada ao local de plantio, diferente do sistema convencional, sem lesões às mudas“, compara André Luis.

O enraizamento também é um ponto positivo assinalado por ele, visto que o substrato de fibra de coco é aerado, beneficiando o sistema radicular, que apresenta três vezes o peso seco, comparado ao convencional, refletindo em melhor pegamento das mudas.

Para o empresário, mudanças na produção de mudas deixaram de ser um capricho para serem uma necessidade, e as tecnologias estão aí para ajudar, a exemplo do sistema de tubetes, que ainda possibilita maior uniformidade de plantas no campo, uma vez que há padrão na fibra e nos adubos utilizados, característica que fideliza os clientes do Viveiro Monte Alegre.

Especialista em cafeicultura

 André Luis da Cunha, sócio-diretor do Viveiro Monte Alegre e da Fazenda Bela Época - Créditos Luize Hess
André Luis da Cunha, sócio-diretor do Viveiro Monte Alegre e da Fazenda Bela Época – Créditos Luize Hess

O Viveiro também é produtor de sementes para suas próprias mudas e para outros viveiristas. Para tal, conta com campos de melhoramento genético e de coleta de sementes, tudo registrado no MAPA. “Há alguns anos investimos em uma câmara fria para armazenar essas sementes, e assim evitar que elas percam seu teor de germinação. Isso possibilita ter mudas de café durante todo o ano, o que só cessa nos meses mais frios, que é entre maio e julho, perfazendo um total de quatro milhões de mudas ao ano, que são comercializadas em São Paulo, Minas Gerais, e até para países do exterior“, informa André Luis.

Atualmente, são trabalhadas 10 variedades de café, entre elas o Catuaí Vermelho-99, Catuaí Amarelo-62, Catucaí 2SL, Obatã Amarelo, IAC 125, Topázio, Bourbon Amarelo, Mundo Novo e ainda 150 variedades em testes nos campos de melhoramento genético do viveiro, em parceria com o IAC e o Procafé.

Essa matéria você encontra na edição de maio 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

ARTIGOS RELACIONADOS

Controle eficaz da broca-do-café e do bicho-mineiro-do-café é destaque da DuPont no evento de Patrocínio-MG

Companhia apresenta o inseticida Benevia®, desenvolvido com base em uma molécula química de última geração Em parceria com a empresa Nativa Agronegócios, a DuPont Proteção...

Hérnia das crucíferas é sério problema em repolho

  Hélcio Costa José Aires Ventura Pesquisadores do Incaper A hérnia das crucíferas é uma doença causada pelo fungo de solo Plasmodiophora brassicae, que sobrevive por muitos anos...

Americana Albaugh tem novo gerente de marketing Brasil

O executivo Daniel Friedlander acaba de assumir o cargo de gerente de marketing na Albaugh Brasil. Friedlander Bacharel em Publicidade e Comunicação Social com...

Fertilizantes com ácidos húmicos – mais resistência a intempéries

  Nilva Teresinha Teixeira Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora do Curso de Engenharia Agronômica do Centro Regional Universitário de Espírito...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!