Estudo realizado pela Kynetec aponta que o mercado de bioinsumos cresceu cerca de 50% na safra 22/23, em comparação com o período anterior.
Esse número comprova que o controle biológico está avançando no Brasil e é impulsionado por alguns fatores, tais como: a) o controle biológico promove o equilíbrio entre as pragas e o ecossistema; b) essa atividade promove a agricultura sustentável e está em linha com as práticas ESG; e c) contribui para um menor uso de defensivos químicos.
Dentro deste cenário, o AURAS®, fruto da parceria entre as empresas brasileiras Embrapa e NOOA, é uma a tecnologia aliada do produtor rural brasileiro. Oriundo do isolado CMAA 1363, a única cepa de Bacillus aryabhattai validada pela Embrapa, o AURAS® proporciona maior proteção ao potencial produtivo das lavouras, que sofrem menos com as estiagens e se desenvolvem mais rapidamente com o retorno das condições ideais de cultivo.
Produtores, fiquem atentos!
Os Bacillus aryabhattai não são iguais e o produtor precisa ficar atento. Caio Furtado, Diretor-Executivo de Negócios da empresa brasileira NOOA, explica que, durante o estudo na caatinga, os pesquisadores da Embrapa encontraram diferentes isolados de Bacillus aryabhattai. Contudo, apenas a cepa CMAA 1363 apresentou as características necessárias para codificar tolerância à seca.
“O AURAS® foi desenvolvido a partir do isolamento de bactérias da raiz de um cacto, o mandacaru. Essa bioprospecção foi realizada por pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente em um trabalho que se iniciou em 2009. Eles observaram que o microbioma da rizosfera das plantas estudadas na caatinga continha um conjunto de micro-organismos durante a estação das chuvas e outro na estação da seca. Depois de isoladas, as bactérias do período da seca foram selecionadas de acordo com as características relacionadas a tolerância à seca”, observa.
Cepa CMAA 1363 é a única validada pela Embrapa
Após diversos estudos, verificou-se que o isolado CMAA 1363 produz substâncias que protegem e ativam os genes das plantas que possibilitam seu convívio com as altas temperaturas e os longos períodos de estiagem.
O Diretor-Executivo de Negócios da empresa brasileira NOOA ressalta que os benefícios promovidos pelo AURAS® ocorrem, basicamente, através de quarto mecanismos: desenvolvimento radicular, produção de substâncias que protegem e hidratam o sistema radicular, retenção de água na planta e produção de enzimas antioxidantes.
“Plantas sob estresse produzem muitas substâncias tóxicas às células. O AURAS® reduz o acúmulo de componentes tóxicos, as conhecidas espécies reativas de oxigênio, transformando-os em substâncias não-tóxicas. Realizam, assim, uma profunda limpeza celular na planta, contribuindo com a redução dos efeitos de estresses”, finaliza.