31.6 C
Uberlândia
segunda-feira, setembro 16, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioDestaquesBrasil tem capacidade para estar entre os maiores produtores mundiais de cacau

Brasil tem capacidade para estar entre os maiores produtores mundiais de cacau

Técnicos da Faesp e do Senar-SP se reuniram com representantes da Fundação CocoaAction Brasil e da AIPC e avaliaram o panorama da produção no País e possibilidade da ampliação do cultivo no estado de São Paulo

Divulgação

O cultivo de cacau já é uma realidade em São Paulo e deve substituir no futuro próximo áreas dedicadas a outras culturas, como laranja e banana. O governo paulista estima que há, hoje, 300 hectares de cacau plantados no Noroeste do estado e outros cerca de 300 hectares no Litoral e no Vale do Ribeira.

Esses foram alguns dos temas da reunião realizada este mês na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), com representantes da Fundação CocoaAction Brasil e da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) que apresentaram um panorama sobre o plantio do cacau no Brasil, destacando as viabilidades de expansão no Estado de São Paulo.

O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-SP), Mario Antonio de Moraes Biral, participou do encontro. Ele destacou que a perspectiva do cultivo de cacau em grande escala no estado é algo recente.

Biral apontou que um dos desafios para garantir o sucesso da cultura em larga escala é a eliminação de doenças. No Estado o programa Cacau São Paulo se alicerça em quatro iniciativas: crédito rural, mudas de qualidade, divulgação. O Senar-SP oferece o curso “Cacau – Plantio, manejo e colheita”.

Pedro Ronca, coordenador da CocoaAction no Brasil, disse que São Paulo, apesar de não ser uma área tradicional de cultivo de cacau, pode se tornar uma alternativa viável para áreas degradadas por outras culturas.
Jair Kaczinski, gerente técnico do Senar-SP, ressaltou a importância do encontro para a criação de parcerias futuras. Desde 2018 a CocoaAction promove o desenvolvimento sustentável da cadeia do cacau no Brasil, de maneira coletiva, junto com membros e parceiros da iniciativa privada, pública e terceiro setor.

Vitor Stella, engenheiro agrônomo e coordenador técnico da CocoaAction, explicou que o objetivo da apresentação na Faesp foi catalisar iniciativas para aumentar as áreas plantadas no país, inclusive, em São Paulo.

“O Brasil tem capacidade para se consolidar como uma origem de produção sustentável”, apontou. O primeiro colocado em produção de cacau no ranking mundial é a Costa do Marfim, na África. Na sequência aparece Gana, com 680 mil toneladas. Os dados são da Organização Internacional do Cacau (ICCO) e foram fornecidos pela AIPC. O Brasil ocupa o sexto lugar na lista, com uma produção de 273 mil toneladas em 2022, segundo informações do IBGE.

A estimativa da ICCO é AIPC é que o Brasil tem produzido cerca de 220 mil toneladas desde 2020. Ronca acredita que o país tem potencial para estar entre os três maiores produtores globais, superando até mesmo o Equador.

Segundo ele, a África, que representa 70% da produção mundial, tem entregado menos cacau, a oferta está escassa e o preço alto. São Paulo, avalia, se coloca como uma importante alternativa de produção. Hoje, a maioria das plantações de cacau no Brasil se concentra na Bahia e no Pará.

ARTIGOS RELACIONADOS

Condições das lavouras no Brasil

A agricultura brasileira não parou. Em tempo de quarentena na escalada do Coronavírus ...

Gavilon do Brasil

A Gavilon do Brasil, trading de commodities do grupo japonês Marubeni, recebeu um ...

Análise de nematoides

Os nematoides são um grande problema para os produtores no Brasil e no mundo.

Castanhas : As pequenas grandes notáveis

A produção mundial de amêndoas subiu de 550 mil toneladas em 2004 para 1,1 milhão de toneladas em 2016, enquanto que, para o mesmo período, a noz-europeia passou de 350 mil para 850 mil toneladas, o pistache de 425 mil para 735 mil toneladas, a castanha-de-caju de 544 mil para 754 mil toneladas, a avelã de 325 mil para 397 mil toneladas, a macadâmia de 26 mil para 54 mil toneladas, a castanha-do-brasil de 27 mil para 28 mil toneladas, e a noz-pecã evolui de 68 mil toneladas em 2004 para 118 mil toneladas em 2016.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!