Estudantes do Centro Universitário Facens – referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de engenharia, tecnologia, arquitetura e saúde – e do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA) desenvolveram uma estufa “inteligente” para otimizar o processo de secagem da fibra de bananeira utilizada por artesãs da associação Banarte, em Miracatu, no interior de São Paulo. A solução, que garante a qualidade do material e contribui para a preservação da região, visa atender uma demanda das trabalhadoras, que enfrentam dificuldades nesta etapa por dependerem das condições climáticas.
A iniciativa combina tecnologia, sustentabilidade e impacto social, e faz parte do Projeto Florestas Inteligentes, que envolve duas instituições de ensino: FACENS e CESUPA. “Nosso projeto não apenas visa resolver desafios específicos das comunidades, mas também capacitar os estudantes para enfrentarem problemas reais e promoverem mudanças positivas na sociedade, sempre pensando em um contexto social e ambientalmente responsável”, destaca Vitor Belota, gerente de Sustentabilidade e Educação Inovadora do Centro Universitário Facens.
Segundo ele, “esse trabalho de secagem, por exemplo, deve ser feito da forma correta ou as artesãs podem perder a matéria-prima, o que acarreta em prejuízos financeiros e no uso excessivo de recursos naturais. Por isso, projetos como o que os nossos estudantes desenvolveram são essenciais”.
A estufa inteligente é equipada com sensores de umidade e temperatura que utilizam lâmpadas ajustáveis para secar as fibras de maneira controlada. Além de proporcionar um ambiente ideal para a produção artesanal, o sistema é alimentado exclusivamente por placas solares, garantindo uma fonte de energia renovável e sustentável. Após finalizados, os artesanatos são comercializados na própria sede da associação local e em grandes redes nacionais e internacionais, como a Tok&Stok.
O Projeto Florestas Inteligentes, que abriga a iniciativa da estufa, já recebeu prêmios internacionais, como a Medalha de Bronze na categoria “Educação para Sustentabilidade” no QS Reimagine Education Awards 2022, em Abu Dhabi, e o prêmio “Beneficiando a Sociedade” do Green Gown Awards da ONU, ao reunir quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da organização: erradicação da pobreza, saúde e bem-estar, água limpa e saneamento, e energia acessível e limpa. “O reconhecimento é crucial não apenas para validar nosso trabalho, mas também para inspirar futuras gerações de inovadores comprometidos com a sustentabilidade globalmente”, comenta Belota.
O Florestas Inteligentes conta com o apoio da Alcoa, da Reservas Votorantim, da Munskjö e da Veolia e atende a três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidades: Trabalho decente e crescimento econômico, Cidades e comunidades sustentáveis e Consumo e produção responsáveis. Este ano, o projeto continua a fomentar soluções sustentáveis na Floresta Amazônica e na Mata Atlântica.