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O filme certo para a proteção do seu cultivo

Edvar de Sousa da Silva

Doutor em Agronomia/Horticultura e professor do Instituto Federal do Acre

edvardasilva@gmail.com

 

Crédito GinegarPolysack
Crédito GinegarPolysack

Existe uma grande variedade de filmes plásticos disponíveis no mercado para uso na agricultura. Sem dúvida, o mais difundido é o polietileno transparente de baixa densidade, com aditivos antirraios UVA e UVB, que impedem a passagem quase total da radiação de onda curta ultravioleta dos tipos A e B, extremamente nocivos e que causam vários problemas, incluindo a fotodegradação, prejudicial aos cultivos.

Filmes disponíveis no mercado:

ÃœAntigotejos;

Ãœ Anti-insetos ou antivírus;

ÃœFilmes difusores de luz;

ÃœFilmes térmicos coextrusados (multicamadas);

ÃœFilmes coloridos;

ÃœAntiestáticos.

Filmes antigotejos

Os filmes plásticos antigotejos proporcionam o escorrimento das gotas formadas no lado interno do plástico para as laterais do ambiente protegido. Porém, para que isto ocorra, é importante que o formato do ambiente protegido favoreça este escorrimento das gotas.

Filmes anti-insetos ou antivírus

Os filmes anti-insetos ou antivírus evitam a entrada da luz ultravioleta, dificultando a visão dos insetos vetorese impedindo assim a sua permanência na estufa.São fotosseletivos e suas propriedades óticas especiais proporcionam às plantas melhor qualidade ambiental e maior produtividade em função da redução de danos causados por insetos vetores, como determinadas espécies de pulgões, mosca-branca, tripes e outras pragas.

Filme difusor de luz

Os filmes difusores de luz possuem aditivo que distribui a luz dentro do ambiente protegido. Possibilitam o crescimento uniforme das plantas sem que uma faça sombra sobre as outras, conforme o movimento do sol ao longo do dia.

São recomendados para culturas de porte alto que provocam auto-sombreamento, como tomate, pepino, pimentão, etc.

Filmes térmicos coextrusados (multicamadas)

Os filmes térmicos coextrusados são recomendados para regiões de maior exigência de retenção de calor, como nos Estados do Sul e nas regiões serranas, de invernos mais rigorosos.

Os filmes podem proteger a lavoura de pragas e doenças - Crédito Gláucio Genúncio
Os filmes podem proteger a lavoura de pragas e doenças – Crédito Gláucio Genúncio

Filmes coloridos

Um exemplo dos filmes coloridos é o de cor vermelha, que pode aumentar a taxa fotossintética das plantas, ou o azul, que possui ação inibidora do desenvolvimento de fungos no interior do ambiente protegido (Botrytis e Pseudoperonospora cubensis). Porém, devem ser utilizados segundo as exigências de cada espécie cultivada.

Filmes antiestáticos

Os filmes antiestéticos permitem que os plásticos fiquem limpos por um maior período de tempo.

Qual escolher?

O primeiro fator que o produtor deve levar em consideração na escolha do filme é o custo-benefício. Deve ser verificado se a cultura realmente necessita de um filme diferenciado e se ela proporcionará rentabilidade suficiente para cobrir o custo.

Sem segundo lugar, é preciso ter orientação técnica capacitada na aquisição e instalação, depois verificar a disponibilidade de filmes existentes no mercado da região ou avaliar o custo-benefício do frete de outras regiões.

Por fim, é fundamental fazer a manutenção (limpeza) do filme para evitar o sombreamento, que pode afetar a produção das plantas.

Importância do planejamento

Assessorado por uma assistência técnica capacitada, o produtor necessita, primeiramente, decidir se é necessário o cultivo em ambiente protegido ou se pode ser feito em campo aberto. Se optar pelo ambiente protegido, ele necessita avaliar a viabilidade do investimento e se a cultura proporcionará rentabilidade para cobrir este investimento.

A utilização dos filmes iniciou-se principalmente para proteger os cultivos das chuvas e dos ventos, porém, com o tempo pode-se observar uma evolução desta utilização, por meio da proteção em relação a fatores relacionados ao solo, à umidade relativa do ar, temperatura, pragas e doenças dentro das casas de vegetação.

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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