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Hazera – Comprometida e dedicada ao desenvolvimento de cebolas

Cebola Rio Grande produzida na fazenda do produtor Mateus Vedovato, em São José do Rio Pardo (SP) - Crédito Hazera
Cebola Rio Grande produzida na fazenda do produtor Mateus Vedovato, em São José do Rio Pardo (SP) – Crédito Hazera

A Hazera está comprometida com a melhoria contínua de seu portfólio de cebolas, combinado com conhecimento e demandas recebidas dos parceiros que atuam neste segmento, criando assim novas variedades com melhor produtividade, resistência a doenças, armazenamento e qualidade para processamento,resultado de anos de pesquisa intensiva e muito trabalho de desenvolvimento.

“A nova genética traz avanços que toda a cadeia pode confiar. Nosso portfólio inclui variedades do tipo amarela, roxa, rosa, branca, para segmento de dias curtos, intermediários, longos, muito-longos, para frio extremo, bem como para bulbilho e cebolinha“, relata Carina Reis, Coordenadora de Marketing e Administração de Vendas da Hazera Brasil.

As variedades são desenvolvidas para diferentes regiões geográficas, estações e condições climáticas, de forma a atender às mudanças nas demandas de mercado e a preferência dos consumidores. Além de alta produtividade e qualidade, os melhoristas da Hazera focam também características como precocidade, armazenamento, firmeza, dormência, uniformidade, tolerância ao florescimento e resistência a doenças.

“Nós usamos as tecnologias mais recentes para melhorar estas características essenciais e criar variedades com melhor performance. Um ótimo exemplo deste trabalho de melhoramento é o lançamento da primeira variedade de cebola resistente ao míldio, que ocorreu há poucos anos“, lembra Carina.

Cebola Rio Grande, em Monte Alto, juntamente com a equipe da Roma Agrícola - Crédito Hazera
Cebola Rio Grande, em Monte Alto, juntamente com a equipe da Roma Agrícola – Crédito Hazera

Só elogios

A Hazera tem desenvolvido com sucesso uma ampla gama de cebolas com sabores únicos e sempre suprindo a indústria com variedades cada vez melhores, desde variedades de dias curtos adocicadas e suaves bem adaptadas para produção em regiões tropicais, até aquelas cebolas especialmente desenvolvidas para longo período de armazenamento e produção robusta, mesmo sob condições de estresse.

É o caso da cebola Rio Grande, uma variedade híbrida precoce com alta produtividade, bulbos uniformes e muito vigorosa, com excelente tolerância às doenças foliares. Com sistema radicular forte, ela apresenta ótima qualidade e retenção de casca.

Manuel Augusto, sócio gerente da Revenda Roma Agrícola, que atua nas regiões de Piranji e Monte Alto (SP), apostou na híbrida há dois anos e só tem elogios. “Para quem faz plantios iniciais (meados de fevereiro e início de março), a cultivar Rio Grande tem se desenvolvido bem, e sua pele é muito boa.As demais cultivares que também vão bem nesse período, não têm ou formam uma pele tão boa“.

Produtores e técnicos com a cebola Rio Grande, em Monte Alto - Crédito Hazera
Produtores e técnicos com a cebola Rio Grande, em Monte Alto – Crédito Hazera

Na opinião de Manuel, o melhor período para o plantio da cebola Rio Grande é de 25 de fevereiro até 10 de maio. “A nossa região tem a tradição de trabalhar com quantidade de fósforo menor do que as demais regiões produtoras de cebola. Desta forma, o gasto torna-se menor. Aplicamos a fórmula 04-14-8 no plantio.Depois fazemos a cobertura com aproximadamente 100 kg de nitrogênio e 120 kg de potássio divididos em quatro aplicações, aproximadamente“, revela.

As novidades na região de Manuel, quanto ao plantio de cebola, têm sido o uso de máquinas para plantar e o fato de 80% da produção acontecer com irrigação por pivô. “Mas, independente disso, para uma boa produção, o produtor precisa de uma cebola precoce e que tenha qualidade de pele para que, quando a cebola plantada na Bahia chegar ao mercado, a produção de São Paulo tenha condição de concorrer, visto que a pele da cebola da Bahia é muito boa. E a cultivar Rio Grande tem atendido bem essa necessidade. Além disso, acebola Rio Grande se destaca diante das outras pela alta germinação que tem, e na saída ela é muito vigorosa“, elogia.

 Flávio Manfio, em Santa Juliana (MG), na lavoura de cebola Rio Grande - Crédito Arquivo pessoal
Flávio Manfio, em Santa Juliana (MG), na lavoura de cebola Rio Grande – Crédito Arquivo pessoal

No Cerrado

A cebola Rio Grande também se adaptou muito bem à região de Uberaba, no Cerrado Mineiro, entregando excelentes produtividades. Quem garante é Emanuel Alexandre Coutinho Pereira, consultor para as culturas de HF, que iniciou um trabalho com a Hazera há quatro anos, e só progrediu. “Em Uberaba, gostamos mais do plantio tardio, em março. Para uma produção de 90 ton/ha, utilizamos 200 kg de N, 900 kg de P2O5 e 300 kg de K2O“, detalha.

Segundo ele, deve haver retração nas áreas plantadasneste ano, devido aos preços dos anos anteriores. Entretanto, os produtores têm se profissionalizado e estão mecanizando cada vez mais sua colheita com plantadeiras de última geração, o que vem de encontro aos materiais de cebola, como a Rio Grande. “A busca é incessante por sanidade e uniformidade de bulbos. Nossa expectativa é de superar a qualidade e produtividade. Devido às condições climáticas favoráveis, projetamos médias de 60 a 70 ton/ha“, calcula.

 Emanuel Alexandre Coutinho Pereira, consultor - Crédito Arquivo pessoal
Emanuel Alexandre Coutinho Pereira, consultor – Crédito Arquivo pessoal

Dicas importantes

Renato Agnelo da Silva é pesquisador na área de cebolas, no Cerrado Mineiro. Ele diz que, para o sucesso do plantio de cebola nesta região, o primeiro ponto é fazer a análise de solo, que dará os teores de nutrientes. “Em seguida, é preciso aplicar doses corretas de nitrogênio, porque não deve haver exagero nem falta do nutriente. Nada em excesso, porque aumenta as doenças. A análise deve acontecer pelo menos três meses antes do plantio, mas o ideal mesmo é que se faça com seis meses de antecedência“, recomenda.

A frequência da adubação da cebola também depende da recomendação e do que o solo está oferecendo. “O produtor do cerrado costuma plantar cenoura ou batata, e nesse caso a cebola pode ter disponível no solo o residual da cultura anterior“, esclarece o pesquisador.

Ainda segundo ele, os maiores desafios da cebola no Cerrado Mineiro são míldio, podridão branca, alternária, botrites e estenfílio, além das doenças de solo, como raiz rosada, mal que pode ser controlado com material resistente, e as bacterioses, como principais problemas da cultura.

“O manejo contra esses males basicamente é o uso de fungicidas. No caso da raiz rosada, apenas material resistente pode resolver o problema. Já a alternária, estenfílio, míldio e botrites requerem uso de fungicidas, enquanto bacterioses e esclerotínia requerem manejo alternado de controle biológico com bactericida.Resumindo, é preciso integrar produtos biológicos com fungicidas, variedades e até mesmo o equilíbrio nutricional, que influenciará na resistência da cultura“, ensina o especialista, indicando que as aplicações preventivas aconteçam a cada sete ou dez dias.

Além disso, em tempo de chuva o produtor tem que estar atento, porque a umidade é favorável às doenças. Nesse caso, as aplicações preventivas devem acontecer entre quatro e sete dias.

Experiência também conta

Mateus Vedovato produz cebola no município de São José do Rio Pardo (SP) há 15 anos, no Sítio Nossa Senhora das Graças. A produção é comercializada para terceiros.

Há dois anos ele iniciou o plantio da cebola Rio Grande, da Hazera, sendo o primeiro ano uma forma de experimentar o material. “O resultado me agradou por ser uma cebola tolerante, com boa uniformidade, boa casca e resistente às doenças da região. A área do primeiro ano foi restrita (um hectare), por ser experimento, mas no segundo ano já triplicamos a área. No próximo plantio já vamos passar para cinco hectares da Rio Grande, do total de 20 hectares que plantamos com cebola“, conta o produtor.

O problema que ele enfrenta na região é adoença de solo chamada raiz rosada, à qual a Rio Grande se apresentou bastante tolerante, mostrando-se uma solução eficiente. Além disso, a parte aérea desta cebola também é tolerante às doenças incidentes na região, como botrites e míldio.

A produtividade média obtida com a Rio Grande foi de 60 toneladas por hectare, enquanto as demais ficaram entre 45 e 60. Segundo Mateus, a Rio Grande possui ciclo mais precoce, sendo uma cebola mais rápida de produzir, o que é bom porque reduz riscos e custos de produção. “Em termos de preço de venda, a Rio Grande não conseguiu se destacar ainda por ser um material novo. Mas, como seu custo de produção é um pouco menor (R$ 35 mil), porque o material é mais resistente e fica menos tempo no campo, então consigo uma margem melhor de lucro“, pontua.

Essa matéria completa você encontra na edição de abril 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

 

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