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Adubação foliar é imprescindível no florescimento do algodoeiro

Juliano Gullo de Salvo

Engenheiro agrônomo, mestre em Solos e Nutrição de Plantas e coordenador técnico da Green Has do Brasil

detec@greenhb.com.br

Crédito  Saulo Alves
Crédito Saulo Alves

O algodoeiro é uma planta que demanda grandes quantidades de nutrientes para expressar seu potencial produtivo. Diversos trabalhos apontam que para produzir 1.000 kg/ha de algodão em caroço, são removidos do solo, em média (por hectare): 50 a 85 kg de N, 12 a 26 kg de P2O5, 43 a 88 kg de K2O, 29 a 47 kg de CaO, 22 a 35 kg de MgO e 04 a 08 kg de S. Com relação aos micronutrientes: de 16 a 27 g de B, 06 a 09 g de Cu, 07 a 200 g de Fe, 10 a 15 g de Mn e 11 a 44 g de Zn.

Assim, o conhecimento das quantidades de nutrientes absorvidos e exportados pelo algodoeiro, associados à análise do solo, são ferramentas que permitem estimar as doses de fertilizantes a serem aplicadas durante o ciclo da cultura.

Além da aplicação de corretivos e fertilizantes no solo, com base na interpretação das análises químicas, a aplicação de adubos via foliar é uma ferramenta importante para complemento das necessidades nutricionais da cultura, e para fornecer nutrientes nos momentos de maior demanda.

Em comparação com a adubação via solo, a adubação foliar apresenta as seguintes vantagens: torna possível a distribuição uniforme de nutrientes exigidos em pequenas quantidades; as respostas das plantas são rápidas, possibilitando corrigir deficiências a curto prazo; e possibilita a aplicação dos micronutrientes conjuntamente com os defensivos.

Exigências nutricionais

Durante a fase de crescimento vegetativo, o algodoeiro tem uma alta necessidade de nutrientes, que pode ser complementada com aplicações foliares contendo macro e micronutrientes, destacando-se: nitrogênio, magnésio, enxofre, boro, ferro, manganês e zinco. Já na fase reprodutiva, que envolve o florescimento e formação das maçãs, os principais nutrientes envolvidos são:

â–º Cálcio: permite uma melhor resistência às agressões externas. É importante para a formação de novas estruturas;

â–º Boro: as principais funções atribuídas ao boro são: metabolismo de carboidratos e transporte de açúcares através das membranas; síntese de ácidos nucleicos (DNA e RNA) e de hormônios; formação de paredes celulares; divisão celular, atuando na formação do tubo polínico e participando de uma série de processos metabólicos durante a fase reprodutiva.

Além do fornecimento de nutrientes, a aplicação via foliar pode ser complementada com o uso de algas e aminoácidos.

No crescimento vegetativo, o algodoeiro tem alta necessidade de nutrientes - Crédito Ana Maria Diniz
No crescimento vegetativo, o algodoeiro tem alta necessidade de nutrientes – Crédito Ana Maria Diniz

As algas marinhas

O uso de algas marinhas na agricultura vem apresentando crescimento, ao longo dos últimos anos. Em virtude das algas estarem sujeitas a um ambiente com grandes variações de temperatura, marés e condições de crescimento, elas desenvolvem mecanismos fisiológicos de adaptação, baseados na síntese de compostos e hormônios específicos.

A aplicação de produtos à base de algas marinhas pode ser utilizada em auxílio ao controle do estresse, e favorece a absorção de nutrientes. Importante que se utilize produtos de qualidade com altos de teores de algas, com pureza e formulação correta, para garantir a eficiência do produto e seus benefícios.

Os aminoácidos

Os aminoácidos, dentre outras funções, têm interação com a nutrição de plantas, aumentando a eficiência na absorção, transporte e assimilação dos nutrientes. A quelação de cátions com aminoácidos gera moléculas sem cargas, reduzindo o efeito das forças de atração e repulsão da cutícula da folha, elevando a velocidade de absorção dos nutrientes.

Além disso, estes quelatos, formados por cátions + aminoácidos, aumentam a capacidade de circulação de nutrientes pelas membranas, culminando em um importante componente da nutrição das plantas – a translocação de nutrientes pouco móveis pelos vasos do floema.

As melhores respostas dos aminoácidos têm sido em situações de estresses bióticos, como relacionados ao ataque de pragas e doenças, e abióticos, como desordens nutricionais, climáticas, deficiências hídricas ou estresses relacionados à aplicação de defensivos, conferindo aos aminoácidos o status de agentes antiestressantes.

Assim, a associação de aminoácidos com a correta nutrição da planta é fator importante para a produtividade e qualidade do produto final.Portanto, para o algodoeiro, a adubação foliar é uma excelente ferramenta de manejo nutricional.

Solução

A Green Has do Brasil, www.greenhasbrasil.com.br apresenta soluções nutricionais para sua cultura, com produtos de alta qualidade, focados em cada fase fisiológica da planta, otimizando e garantindo o fornecimento de elementos em quantidades corretas, de acordo com sua necessidade, conforme sugestão do quadro abaixo:

Aplicação foliar Etapas fenológicas
Objetivo Produto Doses T.S. 15 – 20 DAE 35 DAE 45 – 50 DAE 50 – 70 DAE 70 – 100 DAE
Melhorar o enraizamento AlgarenBZn® 200 ml/ha            
Molystar® 150 ml/ha            
Promover o crescimento vegetativo Agrucon® 1 kg/ha            
Vit-Org® 2 L/ha            
Agrucon® 1 kg/ha            
Vit-Org® 2 L/ha            
Florescimento Calboron® 1,5 kg/ha            
Kelagreen Mn® 0,5 L/ha            
Formação das maçãs Calboron® 1,5 kg/ha            
King Life K400® 3 kg/ha            
70% das maçãs abertas King Life K400® 3 kg/ha            

Essa matéria você encontra na edição de abril 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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