22 C
Uberlândia
sábado, novembro 23, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioMercadoAgricultores do Matopiba mantêm cautela, mas alcançam boa produtividade

Agricultores do Matopiba mantêm cautela, mas alcançam boa produtividade

Região colhe safra de retomada após quatro ciclos de quebra nas lavouras

Expedição Safra_Matopiba_Lineu Filho_Gazeta do PovoNa nova fronteira agrícola brasileira, região formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba), as lavouras de soja estão recuperando os índices de produtividade perdidos nas últimas temporadas. Após quatro quebras sucessivas na safra devido à instabilidade climática, no entanto, os produtores do Matopiba preferem manter a cautela. O diagnóstico é da equipe da Expedição Safra, que fez um levantamento técnico-jornalístico da produção de grãos e percorreu os quatro estados ao longo de março.

Este ano o cenário é muito bom até o momento, mas os produtores estão cautelosos por causa do histórico e porque as lavouras ainda precisam de chuva para finalizar o desenvolvimento“, ressalta o integrante do projeto, Antonio Senkovski. No Piauí, por exemplo, as lavouras sustentam potencial de produtividade média de 50 sacas de soja por hectare (sc/ha) ” realidade bastante diferente da temporada anterior, quando foi comum produtores alcançarem 10sc/ha. “Em algumas regiões do estado não foi possível nem mesmo iniciar a colheita”.

No Tocantins, segundo levantamento da Expedição Safra, a produtividade da soja está mais instável. Em visita às regiões de Guaraí e Gurupí (TO), a equipe encontrou talhões com índices de até 60 sc/ha, e áreas com desempenho menor, abaixo de 45 sc/ha. “A distorção ocorre entre as lavouras já consolidadas e as que foram abertas nessa temporada. Teve menos abertura de área, por causa da seca das últimas temporadas, mas ainda assim houve expansão“, explica Senkovski.

Entre os estados do Matopiba, o Tocantins é o que tem maior potencial de crescimento da área plantada, mas a Bahia também investiu em expansão de lavouras na última década, conforme apurou a Expedição Safra. Segundo informações da Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba), o Oeste do estado tem 1,58 milhão de hectares dedicados à oleaginosa e deve atingir produtividade média de 55 sc/ha na colheita de verão. A região também produz milho e algodão.

Tecnologia

Após enfrentar o pior ciclo da história, o Maranhão colhe uma safra de recuperação, com produtividade média entre 55 e 60 sacas de soja por hectare. A principal reivindicação dos produtores do estado, de acordo com Senkovski, é por tecnologias específicas para a região. “O Matopiba tem potencial produtivo, mas exige investimento, porque tem um regime de chuvas diferente e solo diferente. O que os agricultores reivindicam é o apoio de centros de pesquisas que possam desenvolver variedades de sementes que atendam às necessidades da região“, explica o integrante da Expedição Safra.

——————————————

Sobre a Expedição Safra

Na estrada há 11 temporadas, a Expedição Safra faz um levantamento técnico-jornalístico da produção de grãos da América do Sul à América do Norte. Iniciativa do Agronegócio Gazeta do Povo, a sondagem periódica percorre 15 estados brasileiros, mais as principais regiões produtoras dos Estados Unidos, Paraguai, Argentina e Uruguai. Para ampliar a discussão sobre mercado, desde a temporada 2010/11 a Expedição estabeleceu os chamados roteiros extraordinários, com incursões à Europa (Alemanha, Holanda, Bélgica e França), Ásia (China e Índia) e ao Canal do Panamá.

ARTIGOS RELACIONADOS

Como evitar perdas por lixiviação da ureia na alface

    Bruno Novaes Menezes Martins Carla Verônica Corrêa cvcorrea1509@gmail.com Engenheiros agrônomos, mestres e doutorandos em Horticultura, FCA/UNESP Campus de Botucatu/SP Dentre as hortaliças folhosas, a alface é considerada a...

Simbiose recebe prêmio em Porto Alegre/RS

Em solenidade na sede da Federasul, a Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul, a Simbiose recebeu o prêmio...

Fertilizante foliar potencializa indução de florada do limão tahiti

A adubação foliar pode ser considerada uma forma de complementar a adubação realizada via solo em diversas espécies frutíferas, como na cultura do limão tahiti. Existem muitos tipos de fertilizantes foliares no mercado, alguns deles formulados com apenas um tipo de nutriente específico, enquanto outros são formulados com mais de um nutriente, podendo ser desde macro até micronutrientes, desde que estes apresentem capacidade para serem absorvidos pela folha.

Alga verde no controle da antracnose do feijoeiro

Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto Engenheiro agrônomo, doutor em Fitopatologia e pesquisador da Epagri/ Estação Experimental de São Joaquim felipemoretti113@hotmail.com O feijão (Phaseolusvulgaris L.) é um...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!