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Novo fertilizante nitrogenado melhora a eficiência agronômica da ureia

Crédito Embrapa Solos
Crédito Embrapa Solos

Tecnologia desenvolvida pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro (RJ)) em parceria com a Esalq/USP (Piracicaba (SP)) pode gerar grande economia na compra de ureia pelos produtores rurais. Vale lembrar que a ureia é o fertilizante mais utilizado na agricultura brasileira como fonte de hidrogênio.

A inovação da tecnologia é que os inibidores de urease, que evitam a transformação do nitrogênio presente no fertilizante em amônia gasosa ou em nitrato, em vez de estarem aplicados ao redor do grânulo do produto estão, agora, incorporados ao grânulo. Os produtos foram desenvolvidos no laboratório da Embrapa e os testes (volatilização de nitrogênio) foram realizados na Esalq, no Departamento de Ciência do Solo.

“Desenvolvemos essa tecnologia porque o fertilizante nitrogenado é caro, em grande parte importado, e mais de 40% é perdido para a atmosfera ou para a água, quando aplicado no campo“,justifica o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Solos, José Carlos Polidoro.

“Os inibidores de urease são conhecidos há bastante tempo, e com sua incorporação aos grânulos conseguimos aumentar sua eficiência. Assim sendo, a vantagem competitiva do produto para a indústria é grande, já que ele utiliza um inibidor conhecido, em menor dose“, acrescenta.

A tecnologia, desenvolvida no âmbito da Rede FertBrasil (grupo de pesquisa em fertilizante na Embrapa), está disponível no centro de pesquisa carioca. Vale lembrar que o ‘fertilizante nitrogenado com aditivos incorporados aos grânulos’ é de fácil fabricação, sem necessidade de grandes adaptações nas instalações das fábricas interessadas em produzi-lo.

“Com base no conhecimento da dinâmica do nitrogênio proveniente da aplicação da ureia no solo, este fertilizante se insere num contexto estratégico e econômico da busca de maneiras para minimizar as perdas deste nutriente“, diz Polidoro. Os inibidores de urease (NBPT, H3BO3, Cu) proporcionam menor perda de nitrogênio por volatilização e lixiviação e, consequentemente, produtos com esses inibidores apresentam maior eficiência agronômica em relação à ureia perolada e aos fertilizantes comerciais revestidos com esses mesmos aditivos.

Essa matéria você encontra na edição de dezembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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