Com uma quantidade de árvores que ainda não é capaz de atender a demanda, a solução é melhorar a produtividade por planta
Com a proximidade do Natal e das festas de fim de ano, a procura por um dos itens mais tradicionais desta época aumenta consideravelmente. As nozes ainda não se sobressaem na mesa dos brasileiros ao longo do ano, mas o país já vem se destacando entre os grandes produtores mundiais das oleaginosas, com foco no cultivo da macadâmia.
O Brasil é o sétimo produtor mundial de macadâmias, responsável por 3% de toda a produção. Apesar de ainda não possuir nem a metade da área plantada dos principais produtores mundiais, como Austrália e África do Sul, o Brasil já é capaz de competir em termos de produtividade.
Principal produtora e beneficiadora brasileira de nozes, a Queen Nut Macadâmias investiu em tecnologia de nutrição para alcançar a qualidade e produtividade dos concorrentes internacionais. O engenheiro agrônomo e gerente agrícola da empresa, Leonardo Moriya, lembra-se do processo até alcançar o padrão que a Queen Nut possui hoje. “Após uma visita à Austrália e África do Sul, fiquei impressionado com a produtividade alcançada pelas árvores de macadâmia. O pegamento da florada era muito maior que o nosso. Comecei a estudar o motivo disso acontecer e passamos a trabalhar o manejo nutricional das nossas plantas,“ afirma.
Buscando a melhor solução para nutrição foliar, Moriya percebeu a importância dos micronutrientes e aminoácidos de qualidade em sua lavoura. Realizando testes com produtos disponíveis no mercado, encontrou a solução que buscava no programa nutricional oferecido pelo engenheiro agrônomo Marcus Agnolo, da Alltech Crop Science, especialista em nutrição vegetal. “Após os testes com o novo programa nutricional, comprovamos um aumento de até 90% no pegamento de florada e passamos a adotar o manejo para toda a área plantada“, diz Moriya.
“A macadâmia precisa de atenção especial no período de florada e pegamento“, explica o agrônomo Marcus Agnolo. “Após o contato com a Queen Nut, passamos a trabalhar especificamente nesta necessidade das plantas e os resultados no racemo comprovaram a eficiência da nutrição.“
Leonardo Moriya atualmente colhe nas propriedades da empresa 700 toneladas de noz de macadâmia, que é somada com a produção de seus fornecedores, chegando ao número recorde de 2.000 toneladas de nozes beneficiadas em 2014, 40% de toda a produção brasileira. “Temos capacidade para processar o dobro dessa quantidade,“ afirma Leonardo Moriya, “mas ainda não há tanta matéria-prima disponível no mercado brasileiro“.
Hoje, a produtividade da Queen Nut Macadâmias está equiparada com a dos grandes produtores mundiais e a qualidade alcançada fez com que os produtos conquistassem tanto o mercado nacional quanto internacional.