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Iscas formicidas – Arma poderosa ao seu alcance

 

Thalles Cardoso Mattoso

Engenheiro agrônomo, pós-doutor no laboratório de Entomologia e Fitopatologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF)

Thaís Berçot Pontes Teodoro

Bióloga, mestre em Ecologia e doutoranda em Produção Vegetal – UENF

Denise Dollores Oliveira Moreira

Engenheira florestal e doutora em Produção Vegetal – UENF

Richard Ian Samuels

Zoólogo, doutor em Entomologia e professor – UENF

richardiansamuels@gmail.com

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

As iscas formicidas são bastante eficientes para o controle das colônias de formigas cortadeiras. Estas iscas são compostas de um atrativo para as formigas, além de doses subletais do ingrediente ativo (veneno), garantindo que estes insetos não morram rapidamente. Isso permite que haja tempo hábil para o produto ser carregado para o interior das colônias, onde as operárias(que representam cerca de 90% da população de um formigueiro), de dentro dos ninhos entram em contato com este material e morram após 24 horas, eliminando-se o formigueiro.

Outra grande vantagem das iscas formicidas é o seu baixo custo. Contudo, as iscas apresentam algumas desvantagens, como: são inviáveis em períodos chuvosos, dependem do carregamento pelas formigas, devem ser colocadas próximas aos formigueiros e podem ser ingeridas por animais não-alvo.

Portanto, apesar da eficiência das iscas formicidas, estas não devem ser encaradas como o único método de controle químico, sendo que outros métodos, como a termonebulização e polvilhamento de formicidas em pó-seco, são também eficientes quando as iscas não surtirem o efeito desejado.

Cuidados

Por se tratarem de substâncias tóxicas, tanto na utilização da isca quanto do termonebulizador, se faz necessário o uso de todos os equipamentos de proteção individual (EPI) adequados para essa finalidade e seguir todas as recomendações contidas nos versos das embalagens dos produtos.

Crédito Shutterstock
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Quando aplicar

A utilização de iscas formicidas é recomendada nos períodos mais secos do ano, geralmente de abril a setembro, tendo em vista que, ao entrarem em contato com a água, acabam por entumecer, perdendo suas propriedades inseticidas ou mesmo se tornando menos atrativas para as formigas.

Contudo, mesmo nos períodos mais secos do ano, recomenda-se utilizar recipientes que protejam as iscas contra chuva ou orvalho e que impeçam o acesso a animais silvestres, mas que ao mesmo tempo deem acesso ao carregamento pelas formigas.

Opções

Hoje já existem no mercado iscas sendo vendidas em embalagens menores, os chamados “micro porta-iscas“, que protegem o produto contra a umidade e ao mesmo tempo são facilmente rompidos pelas operárias, que têm acesso a elas.

Recomendações:

Ãœ Calcular a área do formigueiro: medir a largura e o comprimento do formigueiro ou área de terra solta;

Ãœ Utilizar a quantidade de isca recomendada pelo fabricante em gramas/m2 de área do formigueiro;

Ãœ Estas iscas deverão ser distribuídas ao lado das trilhas de forrageamento, ou seja, onde as formigas estão carregando as folhas, ou colocadas a 20 cm do olheiro, que é o “buraco“ onde as formigas estão entrando com as folhas e saindo para cortar;

Ãœ Colocar as iscas, preferencialmente, no final da tarde, já que as operárias possuem hábito prevalentemente noturno.

Custo

O custo da aplicação vai depender de alguns fatores, como o tamanho da área do empreendimento, declividade e acesso à área plantada, espécies de formigas cortadeiras presentes na região, nível de infestação por formigas cortadeiras, grau de suscetibilidade da espécie plantada ao corte por estes insetos, além de fatores climáticos da região que podem desfavorecer o uso de iscas granuladas, por exemplo.

O controle químico de melhor custo-benefício para formigas cortadeiras certamente são as iscas formicidas, em razão do seu baixo custo de investimento, principalmente para áreas menores que cinco hectares. O uso de polvilhadeira de inseticida em pó-seco também apresenta um baixo custo de investimento, porém, o mesmo é recomendável somente para sauveiros pequenos ou quenquenzeiros.

Contudo, em empreendimentos maiores o investimento em equipamentos termonebulizadores é recomendado, principalmente quando os outros métodos de controle não efetivam o controle desejado.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro /outubro de 2018 da Revista Campo & Negócios Floresta. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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