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Cultivares de banana-maçã demandam menos água e defensivos químicos

Fotos Alessandra Vale

Pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) desenvolveram um sistema de produção on-lineespecífico para as cultivares de banana-maçã BRS Princesa e BRS Tropical e obtiveram economia significativa no consumo de água.

Ambos os materiais são resistentes às principais doenças que atacam a cultura, como as sigatokas negra e amarela, o que também reduz o consumo de defensivos agrícolas. O consumo de água das cultivares atingiu patamares 25% menores em comparação às variedades de banana-prata, as mais cultivadas no País

Um sistema de produção reúne todas as recomendações para atender às exigências de cultivo, desde o preparo do solo, passando pelos tratos culturais na lavoura, até as práticas pré e pós-colheita. “Com o sistema de produção trazendo todas as orientações específicas para cada uma das cultivares, a chance de sucesso no plantio é muito maior, pois as cultivares podem produzir com qualidade e produtividade que expressem todo o seu potencial genético“, explica a pesquisadora Ana Lúcia Borges, editora técnica do documento, que tem ainda como editor o pesquisador Zilton Cordeiro e, ao todo, 19 autores.

 

Superioridade da BRS Princesa

 

O sistema é recomendado também para a BRS Tropical, mas os esforços de experimentação estão concentrados na BRS Princesa, considerada um material superior pela qualidade do fruto e resistência à murcha de fusarium, também conhecida como mal-do-Panamá, outra doença importante da cultura. “A BRS Princesa começa a ocupar o seu nicho de mercado no segmento de bananas do tipo Maçã, que praticamente não se consegue produzir mais e estão fadadas à extinção por sua alta susceptibilidade ao fungo causador da murcha de fusarium“, conta o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do programa de melhoramento genético de bananas e plátanos da Embrapa.

O pesquisador da Embrapa, Eugênio Coelho, explica que a banana-maçã Princesa alcança sua produtividade máxima com 80% da lâmina de água aplicada para outras cultivares, como a Grande Naine (banana d’água), do tipo Cavendish, e a Prata Anã.

“Enquanto com essas cultivares, as mais consumidas no País, você precisa de 30 a 35 litros de água por planta ao dia, na BRS Princesa você vai precisar de 24 a 25 litros para chegar ao seu máximo de produção“, declara Coelho.

 

Ideal para regiões com escassez hídrica

Com a banana-maçã Princesa é possível aumentar a densidade de plantio

As duas bananeiras do tipo Maçã demonstram ser possível boa produtividade com lâminas de 800 a 1.200 mm de água no ciclo, enquanto a Prata Anã, por exemplo, requer pelo menos 1.100 mm, dependendo das condições climáticas. “Se o clima é mais seco e quente, como no Semiárido, pode requerer bem mais que 1.100 mm“, afirma Coelho.

“Com a banana-maçã Princesa podemos aumentar a densidade de plantio, o que significa ter mais plantas por hectare. Nos experimentos do norte de Minas, a cultivar obteve rendimentos de até 40 toneladas por hectare enquanto que a produtividade média convencional de banana-prata na região é de 25 t/ha“, relata o pesquisador da Embrapa, Fernando Haddad, que conduz os experimentos em Minas com o analista Leandro Rocha. As lavouras experimentais têm densidade de plantio entre duas mil a 2,8 mil plantas por hectare – a média das outras cultivares, como as do tipo Prata Anã, é de 1,6 mil plantas por hectare.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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