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Enxertia evita morte prematura em pés de maracujá

Glaucio da Cruz Genuncio

glauciogenuncio@gmail.com

Rafael Campagnol

Giovane de Oliveira Arieira

Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Elisamara Caldeira do Nascimento

Talita de Santana Matos

Doutoras em Agronomia ” Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Crédito Henrique Petry

O Brasil destaca-se por ser o maior produtor de maracujá do mundo, assim como por toda a produção atender basicamente o mercado interno. Porém, a cultura apresenta uma baixa produtividade, com média de 14 t ha-1. Ressalta-se que em alguns Estados esta produtividade pode alcançar até 27 t ha-1, como é a observada no Espírito Santo.

Dentre os fatores que reduzem a produtividade, podem ser citados: baixo nível tecnológico empregado, com ausência de irrigação e manejo nutricional de acordo com os estádios vegetativos e emprego da fertirrigação, além da escolha de espaçamentos inadequados, desconhecimento da autoincompatibilidade das flores, com a necessidade da polinização cruzada e no período vespertino, e variabilidade genética, com o emprego da propagação de plantas via sementes.

Associado a todos estes fatores supracitados, há ainda o problema com pragas e doenças, sendo as doenças de sistema radicular uma das principais causas da redução de área plantada e produtividade da cultura. Tais doenças são ocasionadas pelos agentes Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae e Fusarium solani, sendo que ambos são conhecidos pela morte súbita do maracujá e podem induzir a perdas próximas de 100% de toda a lavoura.

 

Prejuízos

 

As perdas podem chegar a 100% e, principalmente, caso haja a incidência de fusariose na área, esta doença pode se perpetuar por anos, uma vez que o agente etiológico permanece no solo a partir de estruturas de resistência, o que pode inviabilizar o replantio do maracujazeiro.

A associação de presença da doença no solo em forma de estruturas resistentes, planta suscetível e clima favorável, como: altas precipitações e solos com elevado pH, em função da calagem excessiva e baixas concentrações de N, podem ser consideradas as condições ideais para a morte prematura do maracujazeiro.

 

Enxertia

Enxertia em maracujá – CréditoOnildo Nunes de Jesus

Uma técnica que vem se destacando por sua elevada eficiência e, com isso vem sendo muito difundida e empregada entre os produtores, é a técnica de enxertia, definida pela Embrapa em sua Circular Técnica nº 116 como um método de multiplicação vegetativa em que se realiza a junção de duas plantas (ou partes da planta), de tal maneira que irão unir-se e desenvolver-se, formando uma nova planta.

Essa nova planta, formada por meio da enxertia, compreende basicamente duas partes: o enxerto (ou garfo) e o porta-enxerto (ou cavalo). A junção tem como premissa básica a união de uma planta de alta produtividade e elevado potencial de comercialização (Passiflora edulis), conhecida popularmente como maracujá azedo – amarelo e roxo, com plantas (porta-enxertos) resistentes ou tolerantes à fusariose.

Ressalta-se, ainda, que a “garfagem“ dos tipos fenda cheia e fenda simples são as mais utilizadas para a obtenção de mudas enxertadas de maracujá. É importante ressaltar o processo de endogamia no maracujá, em que o produtor, ao não se utilizar de sementes certificadas, pode induzir a queda de vigor e produtividade do pomar.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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