Autores
Maria Idaline Pessoa Cavalcanti – Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – idalinepessoa@hotmail.com
José Celson Braga Fernandes – Engenheiro agrônomo, doutorando em Biocombustíveis UFU/UFVJM e Fundador da Agro+celsonbraga@yahoo.com.br
Uma tecnologia que vem ganhando cada vez mais adeptos é a aplicação de nitrogênio, fósforo e potássio em forma fluida via sulco de plantio, pelos resultados favoráveis aos agricultores, tanto em rendimento operacional quanto em aumento de produtividade, com uma nutrição mais eficiente, uniforme e sustentável.
A eficiência se dá por conta das fontes nutricionais que são aplicadas no sulco do plantio, substituindo total, parcial ou complementando a adubação convencional de acordo com os teores de nutrientes no solo.
Além do aumento de produtividade, a praticidade da operação é maior em relação ao manejo tradicional. A fertilização fluida permite um maior rendimento no plantio, tendo em vista que há menos paradas para reabastecimento de fertilizantes na plantadeira.
A combinação de fertilizantes fluidos especiais para o tratamento nutricional da cana-de-açúcar tem sido apontada por pesquisadores como boa opção para quem busca agregar valor à produção. Isso devido à facilidade de aplicação que a fertilização fluida oferece de acordo com as condições edafoclimáticas, conjuntamente com a adubação convencional, de solubilizar o fósforo do solo, aumentando a CTC e promovendo um sinergismo entre os macros e micronutrientes do solo, disponibilizando-os paulatinamente para a cultura da cana.
Como implantar a técnica
Os fertilizantes fluidos apresentam-se nas formas de soluções líquidas, isentas de sólidos e suspensões que apresentam uma fase sólida dispersa em um meio líquido. Podem ser homogêneas e heterogêneas.
No seu preparo é necessária a utilização de agentes de suspensão que aumentam a viscosidade e evitam a formação de precipitados na mistura. Os fertilizantes fluidos podem ser aplicados de diversas maneiras na cana: diretamente no solo, superficial ou em profundidade, misturado ou não com herbicidas, mediante a compatibilidade, pulverização nas folhas e via fertirrigação.
O volume de adubo armazenado, transportado e aplicado é bastante reduzido, evitando o consumo excessivo de combustíveis, proporcionando menor compactação de solo e melhor aproveitamento da mão de obra.
Calcula-se que o ganho de eficiência na operação de plantio pode chegar a 25%, de acordo com a capacidade de armazenamentos dos tanques de fertilizantes fluidos. O manejo consiste na interação da adubação convencional com a tecnologia de fertilizantes fluidos, que trazem nutrientes essenciais em suas combinações, como ácidos húmicos e fúlvicos, fósforo, potássio, extrato de algas, aminoácidos e aditivos de alta performance.
Erros
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Entre as desvantagens, são apontadas: a necessidade de agitação durante a aplicação de fluidos com partículas em suspensão, riscos de acidentes em operação com amônia anidra e entupimento dos injetores causado pela precipitação de partículas (Korndörfer et al., 1995).
Para uma boa aplicação da fertilização fluida deve-se considerar e contar com pulverizadores e equipamento com manutenção adequada, bicos, barras tanques bem lavados, utilizar pulverizadores específicos para fertilizantes, bem como contar com um bom treinamento do operador e acompanhamento de perto do técnico e/ou produtor.