Mercado de inseticidas para controle de lagartas caiu 7% no ciclo 2019-20, enquanto segmento de biológicos dobrou e atingiu 3,7% das vendas totais; para empresa, avanço do manejo biológico de lagartas é tendência irreversível
Dados do levantamento BIP – Business Inteligence Panel Safra 2019-20, divulgado pela consultoria Spark Inteligência Estratégica, colocam a australo-americana AgBiTech na liderança do mercado de inseticidas biológicos para lagartas do algodão. Conforme a Spark, a AgBiTech cresceu 608% entre os ciclos 2018-19 e 2019-20 da cultura. Nesse período, a companhia, especialista em produtos à base de baculovírus, elevou seu market share de 13% para 46% do segmento de biolagarticidas para a pluma.
Segundo o BIP-Spark, o mercado total de inseticidas para controle de lagartas do algodão, abrangendo químicos, caiu 7% na safra 2019-20, para aproximadamente US$ 144 milhões. Já o segmento específico de bioinseticidas mais do que dobrou sua importância econômica. A área tratada com estes produtos atingiu 514 mil de hectares da pluma, alta de 103% ante o ciclo 2018-19. A movimentação em vendas, de US$ 5,3 milhões, subiu 102% e correspondeu a 3,7% do mercado total.
Ainda conforme o estudo, os lagarticidas biológicos para o algodão foram aplicados em 66 mil hectares na safra 2017-18, tendo movimentado, então, US$ 1,1 milhão. No ciclo seguinte (2018-19), destaca a consultoria, os mesmos produtos registraram vendas totais de US$ 2,6 milhões (+147%) e cobriram uma área de 252 mil de hectares da pluma (+281%).
“São números extraordinários, que reforçam tendência de crescimento contínuo na adoção das práticas de manejo biológico de lagartas. Ao mesmo tempo, os dados consolidam expectativa de rápida integração dos bioinseticidas ao manejo do produtor de algodão no controle dessas pragas”, assinala Murilo Moreira, diretor de marketing da AgBiTech.
O levantamento 2019-20 da Spark mostrou também que, em área tratada, houve aumento de 80% na adesão de produtores aos lagarticidas biológicos no algodão, um salto de 7% para 12% da amostra ante a pesquisa anterior (2018-19). Já a média de tratamentos da pluma com os biolagarticidas cresceu de 2,2 para 2,5, ou 14%, entre os mesmos períodos.