22.6 C
Uberlândia
sábado, abril 19, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiMorango orgânico garante alta rentabilidade

Morango orgânico garante alta rentabilidade

Guilherme Vieira AlvesEngenheiro agrônomo, consultor em cultivo de morango, certificação orgânica e sistemas orgânicos de produçãoguilherme21@gmail.com

Maria Fernanda do PradoBióloga e produtora orgânica, responsável técnica pela produção da Quinta da Boa Vista Orgânicos – São Carlos (SP)

Ana Carolina do PradoJornalista, responsável pela comercialização da Quinta da Boa Vistaorganicosdaquinta@gmail.com

Na Quinta da Boa Vista (QBV), localizada em São Carlos (SP), o morango orgânico é um produto que garante boa rentabilidade. Apesar de atendermos supermercados e hortifrútis, o principal canal de escoamento do nosso morango é diretamente ao consumidor, em feiras e no delivery.

É uma cadeia de comercialização curta, sem atravessadores e sem tempo de prateleira, o que favorece um preço acessível ao consumidor, boa margem de lucratividade, ao mesmo tempo em que garante qualidade e frescor dos produtos aos clientes.

O morango orgânico é um produto bastante atrativo e aceito pelo público, o que facilita sua comercialização. No entanto, apenas isso não é suficiente.

Para garantir alta rentabilidade, é preciso investir em:

1. Planejamento de instalação da cultura, incluindo desenho adequado dos canteiros, definição do espaçamento entre plantas, origem das mudas, preparo do solo, plantio correto, etc.;

2. Tratos culturais (limpezas periódicas, monitoramento, adubações e pulverizações) para obter boa produtividade ao longo da janela de produção;

3. Adequada quantificação da mão de obra, visto que é uma cultura exigente nesse aspecto, principalmente durante a colheita;

4. Mapeamento do contexto e desenvolvimento de rede de comercialização adequada aos objetivos e perfil do produtor

Manejo do plantio à colheita

O cultivo da Quinta da Boa Vista vem sendo conduzido a campo aberto. Não consideramos que exista uma técnica em específico a ser destacada, mas sim um conjunto, entre elas a rotação de culturas, a construção de canteiros elevados e a adubação equilibrada, com base em análise de solo.

O manejo adotado está se mostrando capaz de dar condições para a expressão do potencial genético e fisiológico das plantas. A QBV está localizada em região relativamente quente, e mesmo assim, aspectos importantes de qualidade no pós-colheita (cor, aroma, firmeza, sabor) vêm sendo observados, garantindo a fidelização do consumidor local. Colhemos, até o momento, 750 g/planta, entre fruta fresca e congelada, e esperamos chegar a 1,0 kg/planta.

[rml_read_more]

Iniciativas que não compensam

De modo geral, observamos os produtores: realizando adubações mal distribuídas e/ou desequilibradas ao longo do ciclo da planta, colhendo frutos precocemente, na busca de maior durabilidade pós-colheita, ao mesmo tempo em que minimizam a importância de uma logística adequada na distribuição das frutas até o distribuidor/consumidor.

É muito importante que o planejamento do projeto seja realista com o contexto do produtor e da região, ou seja, tentar fazer simples, sem muito exagero. É comum, nas etapas iniciais, não dispormos de toda a estrutura desejada, mas nem por isso deve-se minimizar a preocupação com a qualidade do produto ofertado. Este é o seu cartão de visitas, e o retrato de todo o cuidado e preocupação que você tem com o cidadão disposto a comprar seus morangos.

A capacitação e motivação da mão de obra e responsáveis também são definidoras. A experiência prévia na cultura é de grande valia, mas a observação atenta e diária no campo não pode faltar.

Custo e retorno

O custo, considerando insumos para preparo de solo e controle fitossanitário, materiais de instalação, mudas e energia elétrica, é de aproximadamente R$ 10,00/planta. No entanto, quando colocamos mão de obra, principalmente para colheita, seleção/porcionamento e distribuição direta ao consumidor, por meio de feiras e delivery, esse custo salta para R$ 15,00/planta.

O retorno da produção de morango no ano de 2020 na Quinta da Boa Vista já atingiu R$20,00/planta. No entanto, esperamos alcançar, ainda neste ano, a média de R$ 25,00/planta.

ARTIGOS RELACIONADOS

Uso de Trichoderma no controle de Pythium na alface

  Elisa Adriano Aline José Maia Leandro Alvarenga Santos Doutores e pesquisadores da Universidade Estadual do Centro Oeste - PR Cacilda Márcia Duarte Rios Faria Doutora e professora da Universidade...

Produção Integrada de Frutas

A Produção Integrada de Frutas é o processo de certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, para adequar a fruta brasileira às exigências do mercado, principalmente do europeu, e aumentar a sua competitividade no mercado internacional, como uma das estratégias para aumentar as exportações.

Aminoácido é aliado no controle das viroses da melancia

  Fernando Simoni Bacilieri Engenheiro agrônomo, mestre e doutorando em Agronomia na Universidade Federal de Uberlândia " UFU ferbacilieri@zipmail.com.br Roberta Camargos de Oliveira Engenheira agrônoma e doutora em...

Epagri Lança em Itajaí cultivares orgânicos de tomate, alface e banana

Lançamentos fazem parte das comemorações dos 40 anos de fundação da Estação Experimental da Epagri no município Na quinta-feira, 27, A Epagri lança em Itajaí...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!