Painel na 31ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e
Grãos em Terras Baixas vai debater o tema no próximo dia nove de fevereiro
A sustentabilidade ambiental da produção agrícola, em especial a orizícola,
será tema de debate em um dos painéis da programação da 31ª Abertura da
Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, que ocorrerá de 9 a 11 de
fevereiro. Com o nome “Arroz Gaúcho: Alimentando Nações e Conservando o
Planeta”, o painel terá como moderador o superintendente do Senar/RS, Eduardo
Condorelli, e será realizado na tarde do primeiro dia do evento.
Segundo Condorelli, ao debater este tema também é discutida a garantia da
perpetuação da atividade, uma vez que se houver descuido na manutenção e
conservação dos recursos naturais, principalmente dos não renováveis, no
processo produtivo, o primeiro a ser prejudicado é o próprio produtor. “O fato
da Federarroz ter proposto junto com os demais organizadores do evento uma
discussão dessa natureza, para nós significa absoluta seriedade com a qual a
entidade trata a questão do produtor, principalmente imaginando a necessidade
da manutenção da atividade”, observa.
Condorelli ressalta que os prejuízos aos recursos naturais também impactam a
garantia de fornecimento de alimentos para diversos países, para bilhões de
pessoas que dependem dessa produção. Coloca que o Brasil na questão do comércio
internacional é um grande player da agricultura mundial, tendo esta
responsabilidade muito reforçada no Rio Grande do Sul em relação à produção de
arroz. “Portanto, se o Brasil é responsável por muito da produção agropecuária
do planeta Terra, essa responsabilidade recai no nosso Estado que junto com
Santa Catarina tem praticamente a totalidade da produção orizícola do país”,
explica, salientando, ainda, que os produtores rurais brasileiros, em
particular os gaúchos, estão submetidos a severas leis e demais regras
ambientais.
Para o superintendente do Senar/RS, essa discussão é fundamental para garantir
que seja cada vez mais intensificada a produção sustentável nas áreas onde já
ocorrem atividades produtivas, tanto no aspecto ambiental quanto no
mercadológico e econômico. Cada saca de arroz a mais que se produz num hectare,
numa quadra de campo, é um pedaço de terra a menos que se tem necessidade de
realizar a intervenção humana”, destaca, lembrando que não há conservação
ambiental sem produção agrícola sustentável a longo prazo.
O painel terá como palestrantes o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura
do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Artur Lemos Júnior, o diretor
técnico do Irga, Ricardo Machado Kroeff, a pesquisadora da Embrapa Solos
e presidente do Portfólio de Projetos da Embrapa intitulado Serviços
Ambientais, Rachel Bardy Prado, e o diretor de Sustentabilidade Latam da
Divisão Agrícola da Bayer, Eduardo Bastos.
Com o tema “Os Novos Rumos do Sistema de Produção”, a 31ª Abertura da Colheita
do Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federação das Associações
de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), correalização da Embrapa e o
patrocínio premium do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O evento será realizado de forma
híbrida, na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em
Capão do Leão (RS) e com programação on-line. Informações e inscrições poderão
ser feitas no site www.colheitadoarroz.com.br.
Foto: Fagner Almeida/Divulgação
Texto: Rejane Costa/AgroEffective