Produtividade goiana está 14,1% acima da média nacional. A região Sudoeste do Estado é mais produtiva
Realizado em praticamente todo o país, o cultivo do milho safrinha deve superar o ano de 2020, quando a safra alcançou 100 milhões de toneladas e já apresentava crescimento de 0,4% em comparação à anterior. Apenas para Goiás, a estimativa é de 10,8 milhões de toneladas, com destaque para a área plantada de 1.695,6 mil hectares, sendo 18,6 mil a mais que no ano passado.
Este é o momento em que iniciam as primeiras colheitas e o levantamento atual da safra de grãos 2020/21 mostra que o Brasil teve uma produção recorde no período, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). A produção estimada é de 252,9 milhões de toneladas no Brasil, sendo que, em Goiás, a estimativa de produção é de 24,5 milhões de toneladas, considerada a terceira maior produtividade de grãos do País, com 4.262 quilos por hectare.
O volume é 4,2% maior que o recorde da safra passada 2019/20. Além disso, a área cultivada também deve aumentar e estima-se um crescimento de 1,3% o que corresponde a 879,5 mil hectares a mais. Na safra de grãos 2020/21 o plantio deve ocupar 66,8 milhões de hectares. Logo após as colheitas da safra é iniciada a preparação para o plantio da safrinha.
Janela de plantio
O mestre em agronomia e especialista em fertilidade do solo e nutrição de plantas, Saulo Brockes, explica que algumas ações podem ser desenvolvidas a fim de aproveitar a janela ideal de plantio e tratos culturais. Decisões tomadas com antecedência garantem melhores resultados na lavoura, visando maior produtividade e rentabilidade na atividade agrícola.
“A produtividade goiana do milho safrinha é de 6.384 quilos por hectare, 14,1% acima da média nacional e para colaborar ainda mais com os números positivos, o uso de remineralizadores de solo, também conhecido como pós de rocha, está se tornando indispensável para o campo e atua como aliado em uma análise custo/benefício”, explica ele.
Segundo o especialista, o momento de aplicação dos remineralizadores, como o Fino de Micaxisto (FMX), por exemplo, deve ocorrer logo após a colheita da safra e antes do plantio da safrinha de milho. “Essa prática está bem consolidada entre os maiores produtores que adotam novas tecnologias e estão mais sintonizados e abertos com as novidades do mercado”, completa Saulo.
Manejo sustentável
O Fino de Micaxisto substitui o cloreto de potássio que é importado, caro, saliniza e esteriliza o solo e ainda causa um desequilíbrio no ambiente produtivo. O pó de rocha é fonte de potássio e silício nas lavouras, além de conter também diversos outros elementos, como cálcio, magnésio e outros micronutrientes essenciais para nutrição das plantas. Essa prática pode ser associada a outros manejos sustentáveis como o uso de rochas fosfatadas, produção e inoculação de microorganismos que muitas vezes são multiplicados dentro da propriedade, também denominada de produção ‘On-Farm’.
Para o ano agrícola de 2021, entre safra e safrinha, estima-se mais de 100 mil toneladas de FMX utilizados em todo o Estado de Goiás. “A prática, inclusive, está gerando fomento de órgãos governamentais como a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A própria ministra Tereza Cristina relatou em diversos discursos as experiências exitosas com o uso do pó de rocha no campo, que reforça o título do Brasil ser um país sustentável no agro”, pontua Saulo.
O especialista acrescenta ainda que, em Goiás, a região Sudeste é a mais produtiva e também a que mais utiliza os remineralizadores e pós de rochas. “Com certeza essa produtividade não é coincidência”, finaliza.