O consumo consciente vem trazendo mudanças no comportamento e nas preferências dos clientes. Preocupado com sua saúde e qualidade de vida, o consumidor quer saber qual a origem dos alimentos e a forma como são produzidas as frutas e hortaliças que estão presentes diariamente na sua mesa.
Exigências como garantia de sanidade, certificação e boas práticas agrícolas, incluindo o uso adequado de defensivos e integração com a natureza, deixam de ser obrigação só do produtor rural e passam a ser, também, de toda a cadeia produtiva.
É nesse cenário que se integra o uso de produtos de origens naturais, sem impactos negativos nas lavouras e ao meio ambiente. Com os bioativos não é diferente. Uma nova tecnologia livre de resíduos, com resíduo zero para o aplicador, para a planta e para a natureza, está disponível no mercado nacional.
A solução
De origem europeia, Super Fifty atua no desenvolvimento pleno da planta e na neutralização de processos oxidativos. E vem se destacando de Norte a Sul no mercado brasileiro, em regiões produtoras distintas, como os vinhedos da Serra Gaúcha, cultivos de melão na região de Petrolina, no Vale do São Francisco, pomares de abacate e manga no Vale do Paranapanema e de citros em todo o interior paulista.
O engenheiro agrônomo Rafael Omoto afirma que o produto tem ajudado no desenvolvimento e resistência dos 300 hectares de abacates e mangas da Fazenda Campo de Ouro, um complexo de cinco fazendas localizadas em Piraju, no sudoeste de São Paulo, próximo à divisa com o Paraná. “Fazemos três aplicações no ciclo: pré florada, florada plena e pegamento, normalmente nos meses de agosto e setembro. O resultado é muito bom e o pegamento é ótimo”, garante.
Segundo Omoto, a maior resistência ao estresse é evidente. “Principalmente o estresse hídrico, então agora já fazemos uma aplicação antes de um período que, a gente sabe, será um estresse grande pra planta. Assim ela acaba tendo uma estabilidade maior, mesmo passando por estágios de complicação que são comuns. Observamos mais uniformidade e vigor”, relata.
Além da comercialização e exportação das frutas, a propriedade é referência no fornecimento de mudas de alta qualidade para o mercado. “Hoje, fazemos manejo com Super Fifty em todas as culturas que mantemos ativas na fazenda, inclusive no milho para fazer silagem. E utilizamos o produto também nas mudas que a gente vende – quando ela vai sair do viveiro e daquele ambiente controlado, fazemos a aplicação justamente para ela aguentar esse estresse pós saída do viveiro”, revela o especialista.
Profissionalismo e tecnologia
Com experiência de quase 20 anos na citricultura, o engenheiro agrônomo Raphael Araújo afirma que os produtores estão se tecnificando para lidar com novas ferramentas e combater o estresse oxidativo nos cultivos. “O produtor precisa entregar uma fruta melhor e de mais qualidade, tanto na parte interna quanto externa, principalmente para o mercado de frutas de mesa, que é onde se agrega maior valor ao produto. Estética e sabor são fatores que ficam comprometidos quando ocorrem adversidades”, explica Araújo.
“Pela sua composição e seus bioativos, Super Fifty fortalece a planta e age, principalmente, combatendo o estresse hídrico e o de temperatura. Na citricultura, o momento crucial, de grande resposta à mitigação do estresse oxidativo, é no pegamento. Ele auxilia a combater a queda fisiológica do citros no início da florada, durante e após. Esse é o grande uso, hoje, desta solução para a nossa área. A resposta vem na forma de qualidade e produtividade, ficando entre 5,0 e 15%, o que é uma realidade muito boa”, completa o especialista.
Produzido a partir de extratos totalmente naturais e com selo para a agricultura orgânica, o fortalecedor Super Fifty já é utilizado de maneira intensiva na agricultura global. “O estresse oxidativo, ou abiótico, que ocorre em períodos de condições adversas, é resultado do acúmulo de espécies reativas de oxigênio (ERO) de forma tóxica à planta. A consequência é o declínio no crescimento, no desenvolvimento e na produtividade das plantas”, explica o engenheiro agrônomo Leonardo Duprat, gerente técnico da BioAtlantis Ltd no Brasil.
A empresa irlandesa de biotecnologia atua no mercado desde 2007. “Os ativadores age fazendo com que a planta trabalhe mais tranquila e produza normalmente”, complementa Duprat.
Nas uvas
O efeito das aplicações entusiasma os viticultores no Rio Grande do Sul. “Eu utilizo o Super Fifty desde o início do ciclo para ter um resultado diferente. Aqui tivemos um alongamento dos cachos fora do normal em comparação com a área onde não foi feito. Os cachos de uvas Bordô têm, geralmente, comprimento de 10 a 12 centímetros, os nossos aqui tinham média de 20 centímetros. O ano ajudou também, mas o produto contribuiu muito”, comemora o produtor rural Ivan Zilli, de Flores da Cunha, município maior produtor de uvas e vinhos do Brasil.
Em outro polo vitivinicultor, Bento Gonçalves, Fernando Gromowski reforça o coro. “A diferença já começa na brotação. Depois, na florada, o pegamento é maior e no final o cacho alonga bastante e a baga aumenta. As parreiras ficaram mais resistentes à seca, vigorosas, com folhas mais verde escuras – é muito bom o produto”, diz Fernando, que é da terceira geração da família dedicada ao cultivo de uvas.
Mais cultivos beneficiados
Produto único do gênero, com reconhecimento científico internacional, a tecnologia de Super Fifty vem colhendo bons resultados também em lavouras de hortaliças, como alho e cebola, entre outros. “A recomendação é que, se aplicado de três a cinco dias antes de um evento de estresse previsto, a planta terá tempo para se mobilizar. Ela prepara suas próprias reservas para enfrentar o estresse, ativar a fotossíntese e produzir antioxidantes, mantendo-se ativa e desenvolvendo como se estivesse em condições normais”, ressalta Duprat.
“Por outro lado, períodos como falta de água e grandes amplitudes térmicas são imprevistos que vão acontecer todos os anos, com maior ou menor intensidade – a gente só não sabe quando. O produto é essencial porque nós acabamos mensurando mais produtividade, calibre e desenvolvimento vegetativo, e isso vai dar o retorno financeiro esperado para o produtor”, conclui.