20.8 C
Uberlândia
sexta-feira, novembro 22, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiMudas de porta-enxertos

Mudas de porta-enxertos

Liliane Marques de Sousa Graduanda em Agronomia – Universidade Federal da Amazônia (UFRA)liliane.engenheira007@gmail.com

Bianca Cavalcante da SilvaDoutoranda em Agronomia/Produção Vegetal – Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP)bianca.cavalcante@unesp.br

Alasse Marques de SousaTécnico em Agronegócio e graduando em Agronomia – UFRAalasse.oliveira77@gmail.com

Porta-enxerto – Crédito Van Der Hoeven

A citricultura é uma atividade agrícola de grande importância para o agronegócio nacional e internacional, com destaque entre as frutíferas cultivadas. A citricultura brasileira já enfrentou momentos difíceis devido à utilização praticamente de apenas uma combinação de copa e porta-enxerto, que são as duas partes que formam a planta de citros.

Por isso, para um cultivo sustentável, a base é a diversificação de variedades visando a obtenção de copa e porta-enxertos com características agronômicas desejáveis, como alta eficiência produtiva, elevada qualidade de frutos, resistência a doenças e adaptação a ambientes sujeitos a estresse hídrico.

Nesse contexto, tem-se a necessidade da introdução de novas variedades de porta-enxertos para uso na citricultura brasileira. Tendo em vista que os plantios das regiões norte e norte, que correspondem a 12% da produção nacional, baseiam-se na combinação de uma variedade copa, a laranjeira pêra, sobre uma variedade porta-enxerto, o limoeiro cravo, assim como no Estado de são Paulo, principal produtor de citros do País, representando 80% da produção nacional de laranjas doces, essa combinação também é predominante, apesar do uso de outros porta-enxertos nos cultivos.

A grande preocupação de pesquisadores e produtores, caso esses pomares sejam atacados por pragas ou doenças que acometem especificamente essa combinação, de modo geral a citricultura brasileira seria seriamente comprometida devido à vulnerabilidade dos pomares, pela ocorrência de doenças e pragas específicas dessa combinação.

Diante disso, uma alternativa viável ao controle de pragas, doenças, bem como a busca pelo aumento de produtividade e incremento do vigor das plantas de citros, têm sido alcançadas com o uso de mudas de porta-enxertos sadios e vigorosos, sendo que esse manejo tem sido mais interessante que outros na citricultura.

Escolha certa

[rml_read_more]

Há, no mercado, uma grande quantidade de diferentes variedades e cultivares de porta-enxertos disponíveis para uso na citricultura, tais como limão verdadeiro (Citrus limon Burm.); laranja doce (C. sinensis L. Osbeck); lima ácida (C. aurantifolia Swing); pomelo (C. paradisi Macf.); tangelo orlando (C. paradisi x C. reticulata L. Osbeck) ;  citrangeiro ‘Carrizo’; citrangeiro ‘troyer’; citrumeleiro ‘Fepagro C 37′; citrumeleiro ‘swingle’; laranjeira ‘azeda’; laranjeira ‘caipira’; limoeiro ‘cravo’; limoeiro ‘rugoso’; limoeiro ‘volkameriano’; tangerineira ‘cleópatra’; tangerineira ‘sunki’ e trifoliata, sendo que os limoeiros ‘cravo’ e ‘volkameriano’ estão entre as cultivares mais recomendadas. sendo que estas mudas apresentam diferentes características agronômicas que podem influenciar ou alterar positivamente as características do enxerto (Embrapa 2009).

Portanto, para uma boa escolha de mudas de porta-enxertos de citros, deve-se considerar mudas vigorosas, altamente resistentes a pragas e doenças e a condições ambientais desfavoráveis, sendo as mais recomendadas para utilização na citricultura.

No entanto, vale ressaltar que não há no mercado uma muda de porta-enxerto ideal, ou seja, com todas as características agronômicas desejáveis pelos produtores, pois todas possuem vantagens e desvantagens de uso, sendo a mais adequada e recomendada aquela que traz vantagens para as plantas que serão enxertadas, satisfazendo as necessidades de produção do pomar.

Artigo anterior
Próximo artigo
ARTIGOS RELACIONADOS

Tetsukabuto – uniformidade no tamanho e coloração

A abóbora japonesa, que também pode ser chamada de "tetsukabuto", é um híbrido descendente do cruzamento de duas espécies diferentes de abóbora: Cucurbita maxima Duch. (genitores femininos de linhagens de moranga) e C. moschata Duch. (genitores masculinos de diferentes linhagens de abóboras).

Aprenda a plantar cenoura

A cenoura é uma hortaliça da família Apiaceae, do grupo das raízes tuberosas, cultivada em ...

Uva ‘BRS Melodia’ chama a atenção

A família Vitaceae, à qual a videira pertence, possui cerca de 11 gêneros e mais de 450 espécies.

Cultivo de brócolis é otimizado

A variedade híbrida Master, da TSV Sementes, alia precocidade e resistência a doenças para entregar resultados aos produtores em áreas de temperatura elevada.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!