Franscinely Aparecida de Assis – Doutora em Entomologia e professora do Curso de Agronomia – Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado) – franscinelyassis@unicerrado.edu.br
Vanessa Andaló – Doutora em Entomologia e professora do Curso de Agronomia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – vanessaandalo@ufu.br
Elias Silva Melo – eliassmelo08@alunos.unicerrado.edu.br
Matheus da Silva Santos – matheusssantos21@alunos.unicerrado.edu.br – Graduandos em Agronomia – UniCerrado
A espécie Physalis peruviana é uma frutífera exótica que pertence à família Solanaceae. Embora não seja cultivada em larga escala no Brasil, encontra-se em franco desenvolvimento no País, por apresentar cultivo simples e elevado valor agregado dos frutos.
A ocorrência de artrópodes-praga se configura como fator complicador no alcance de elevadas produtividades, uma vez que não se tem estabelecido os níveis de controle para essas pragas, bem como o registro de produtos fitossanitários autorizados para uso, o que faz com que a adoção do controle cultural e biológico, aliado a estratégias alternativas, como caldas naturais e produtos à base de silício, sejam importantes mecanismos para reduzir a densidade populacional desses artrópodes-praga na cultura.
Vaquinhas Lema bilineata
O crisomelídeo L. bilineata alimenta-se de physalis e também de outras espécies de solanácea. O ataque em physalis ocorre nas folhas e nos frutos, tanto verdes quanto maduros (Santos et al., 2020). No que diz respeito às injúrias, as larvas e os adultos causam extensas desfolhas, comprometendo a área fotossintética (Bischoff et al., 2021). Já os frutos são atacados pelas larvas, tornando-os imprestáveis para comercialização (Santos et al., 2020).
É importante que o produtor fique atento ao início da infestação de L. bilineata no cultivo de physalis, pois seu potencial de destruição, tanto das folhas quanto dos frutos, pode acarretar em perdas econômicas acentuadas em função da queda de produtividade.
Como controle cultural, para cultivos em pequenas áreas, recomenda-se eliminar os frutos atacados que apresentam as larvas em seu interior. Já o controle biológico dos adultos da praga pode ser realizado por meio do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana. A ocorrência natural de moscas (Diptera: Tachinidae) e de formigas Pseudomyrmex gracilis (Hymenoptera: Formicidae) auxiliam, respectivamente, no parasitismo e predação de L. bilineata (Bischoff et al., 2021).
Atualmente, pesquisas têm sido conduzidas com terra diatomácea (Kieselguhr®), produto à base de dióxido de silício (SiO2), demonstrando haver interferência na preferência para oviposição das fêmeas de L. bilineata, bem como na incidência de larvas e adultos em plantas tratadas com esta substância (E. S. Melo – dados não publicados).
Patriota ou Brasileirinho Diabrotica speciosa
Já D. speciosa é uma espécie polífaga conhecida popularmente como patriota ou brasileirinho. As injúrias provocadas por D. speciosa em P. peruviana caracterizam-se pelo consumo das folhas, causando pequenas perfurações de formato irregular. No cálice ocorrem lesões circulares que causam a rejeição da fruta para exportação. A fase jovem alimenta-se das raízes e, ocasionalmente, podem provocar perfurações no caule. O gênero do coleóptero Epitrix spp. provoca injúrias em P. peruviana semelhantes às promovidas por D. speciosa.
Para monitoramento de adultos de D. speciosa pode-se instalar armadilhas adesivas de coloração amarela no interior do cultivo. Como medidas de controle têm-se a utilização de iscas, pois D. speciosa é atraída pelas cucurbitacinas. Sendo assim, pode-se usar a cabaça ou porongo (Lagenaria sp.) ainda verde cortada ao meio e distribuir aleatoriamente na área de plantio. O controle biológico pode ser feito com B. bassiana e, mediante a utilização de caldas naturais, pode-se optar pela de fumo (Nicotiana tabacum) ou de pimenta (Capsicum spp.).
Outras Pragas
Lagarta-rosca Agrotis ipsilon, Traça-do-tomateiro Tuta absoluta eLagarta-da-maçã Chloridea virescens
As injúrias provocadas pelas lagartas de A. ipsilon e T. absoluta em P. peruviana baseiam-se no ataque aos brotos tenros, o que limita o crescimento normal da planta. Estas lagartas também provocam o corte das mudas de physalis.
Com relação ao ataque da espécie C. virescens, tanto nos frutos verdes quanto nos maduros, as lagartas em todos os ínstares causam injúrias. Por outro lado, a polpa é exclusivamente atacada pelos ínstares intermediários de desenvolvimento da lagarta que penetra no fruto. É possível observar no cultivo a presença de cálices verdes ou maduros vazios. As frutas danificadas são abandonadas pela lagarta, independentemente do ínstar, que migra para atacar outros frutos (Rufato et al., 2013).
Para monitoramento de T. absoluta pode-se utilizar armadilha do tipo delta com feromônio sexual sintético para acompanhamento da entrada dos adultos na área de plantio. Visando o controle da fase de ovo de T. absoluta, recomenda-se a liberação do parasitoide Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae).
Quanto ao controle, para lagartas pequenas (1º ao 3º ínstares) de T. absoluta e C. virescens, recomenda-se a pulverização com produtos à base da bactéria Bacillus thuringiensis.
Mosca-minadora Liriomyza huidobrensis
Em P. peruviana as injúrias provocadas pela mosca-minadora L. huidobrensis ocorrem pela ação das larvas que abrem galerias no mesófilo foliar, em função da alimentação e desenvolvimento da fase jovem da praga, reduzindo a capacidade fotossintética. Mediante ataques severos, as folhas podem secar e cair.
Para monitoramento dos adultos pode-se instalar armadilhas adesivas de coloração amarela no interior do cultivo. Como medidas de controle cultural têm-se a destruição de restos de cultura; rotação de culturas; nutrição adequada da planta, tomando-se o cuidado com o excesso de nitrogênio, que pode ser usado pelo inseto como fonte de aminoácidos livres para crescimento e reprodução.
Quanto ao controle biológico natural, as aranhas, os bichos lixeiros (Neuroptera) e as tesourinhas (Dermaptera) têm sido citados como predadores do gênero Liriomyza. Já com relação aos parasitoides, o gênero Opius sp. (Hymenoptera: Braconidae) tem apresentado eficiência (Guimarães et al., 2009; Costa-Lima et al., 2017), dentre outros gêneros.
Percevejo Edessa rufomarginata
Em P. peruviana, a espécie E. rufomarginata se alimenta em todo o ciclo da cultura, causando danos pela sucção da seiva dos ramos, acarretando no amarelecimento das plantas e possível engrossamento do caule. Quando nas folhas, ocorre a necrose do tecido foliar de forma transversal. Não é observada alimentação do percevejo nos frutos.
Quanto ao controle, existem registros de ocorrência natural de inimigos naturais de E. rufomarginata, tanto associados à predação como ao parasitismo, podendo-se destacar dípteros e himenópteros. No Brasil, existem relatos de parasitismo de dípteros tachinídeos e também de parasitoides como Telenomus edessae, T. schrottkyi e Dissolcus paraguayensis (Hymenoptera: Scelionidae).
Percevejo-do-tomateiro Phthia picta
A espécie P. picta em P. peruviana se alimenta preferencialmente dos frutos. As ninfas ficam agregadas no cálice e os frutos ficam perfurados e deformados em função da alimentação dos percevejos. Como consequência, o fruto fica com amadurecimento irregular, e posteriormente apodrece. Além disso, os pontos de alimentação do percevejo também facilitam a penetração de microrganismos que aceleram a deterioração do fruto. Elevadas temperaturas e baixa umidade do ar favorecem o desenvolvimento desta praga.
As medidas alternativas de controle baseiam-se no uso de caldas inseticidas, como à base de pimenta-do-reino, álcool, alho e sabão neutro e da calda preparada com urtiga verde. Em função da polifagia de P. picta, deve-se selecionar com critério as culturas para rotação ou consorciação com physalis, devendo-se evitar solanáceas e cucurbitáceas. Amostragens frequentes nas áreas de cultivo devem ser empregadas a fim de auxiliar na redução da população da praga.
Pulgão-do-algodoeiro Aphis gossypii, pulgão-das-solanáceas Macrosiphum euphorbiae e pulgão-verde Myzus persicae
Os pulgões causam injúrias diretas em plantas de physalis em função da sucção da seiva, deixando-as debilitadas, com deformações e amarelecimento das folhas, quando em elevadas populações. Também podem causar injúrias indiretas pela formação da fumagina, causada pelo fungo Capnodium sp., que cresce em função da presença do produto de excreção dos pulgões, denominado honeydew, o que reduz a área fotossintética da planta. Esse problema é maior quando ocorre no cálice, depreciando o valor comercial dos frutos. A ocorrência dos afídeos nas áreas de cultivo ocorre em focos ou reboleiras.
Na cultura do physalis é observada a ocorrência de A. gossypii no interior do cálice da planta. Estudos têm relatado A. gossypii apenas nos frutos de physalis, porém de acordo Afsah (2015) esses insetos podem ser encontrados também nas folhas. A ocorrência de M. euphorbiae no campo se dá principalmente em épocas de temperaturas amenas. Em P. peruviana, sua presença foi registrada nas folhas (Afsah, 2015).
Já M. persicae apresenta hábito gregário e permanece preferencialmente na face abaxial da folha. Em função de sugarem a seiva continuamente removem os fotoassimilados das plantas, prejudicando o seu desenvolvimento. Também injetam toxinas nas plantas durante a alimentação, o que causa a deformação das folhas e até mesmo a morte da planta, dependendo do nível populacional do inseto. É comum verificar folhas retorcidas e plantas murchas e amareladas em função da alimentação de M. persicae.
Para amostragem podem ser utilizadas bandejas com água e armadilhas adesivas, ressaltando que a cor amarela deve ser empregada por ser atrativa para o inseto. No controle de A. gossypii pode ser utilizado o fungo B. bassiana e práticas que favoreçam a ocorrência natural de inimigos naturais, como predadores e parasitoides. Outra possibilidade é o uso da palha de arroz como cobertura de solo, que auxilia na repelência de pulgões.
Plantas com excesso de nitrogênio são atrativas para insetos sugadores como os pulgões, destacando a importância de uma adubação equilibrada sem excesso de nitrogênio. O manejo da irrigação, o uso de barreiras com plantas e a destruição de restos culturais são outras práticas que podem ser adotadas para reduzir a população de pulgões no campo.
Podem ser utilizadas caldas alternativas que causam mortalidade de pulgões, tais como a preparada com fumo, álcool e sabão e a calda de urtiga, de acordo com recomendação descrita na Ficha Agroecológica (Moreira, 2016). Também é recomendado o plantio de plantas da família Apiaceae, como coentro e salsa, pois são atrativas para joaninhas, importantes predadoras de pulgões.
Mosca-branca Bemisia tabaci
Em physalis a mosca-branca B. tabaci causa danos diretos e indiretos, pela sucção da seiva e também pela presença de fumagina reduzindo a área fotossintética. Os frutos tomados pela fumagina são descartados por não apresentarem valor comercial.
Para amostragem de adultos podem ser utilizadas armadilhas adesivas de cor amarela, dispostas verticalmente na altura do dossel da planta. A contagem direta de insetos nas folhas também pode ser utilizada, adotando um número de pontos pré-definidos que representem a área de cultivo de forma homogênea. No entanto, esse método apesar de confiável é considerado trabalhoso. Para observação dos insetos na face abaxial das folhas deve-se ter cuidado ao virá-las para os insetos não voarem ou pode ser utilizado um espelho. Para ninfas de segundo, terceiro e quarto ínstar, sésseis, pode-se utilizar lupa de aumento de 10 x.
Para controle pode-se destacar a utilização de fungos entomopatogênicos B. bassiana e Isaria fumosorosea, o ácaro predador Amblyseius tamatavensis (Acari: Phytoseiidae) e os produtos formulados com extrato da planta Azadiracta indica (Meliaceae), o ingrediente ativo é a azadiractina, conhecido como nim.
Medidas preventivas também podem se empregadas, como a eliminação de plantas daninhas na área de cultivo; destruição de restos culturais. Estudos relatam o efeito da adubação silicatada, utilizando-se terra diatomácea, na redução populacional de adultos de B. tabaci (Santos et al., 2020), o que pode estar associado a não preferência do inseto por essas plantas. Caldas preparadas com extratos de plantas podem ser utilizadas, tais como extratos aquosos de sementes de leucena, Leucaena leucocephala (Mimosidae), e folhas de chicha Sterculia foetida (Sterculiaceae) e a calda preparada com óleos de mamona e gergelim.
Cochonilha-branca ou cochonilha-farinhenta Planococcus citri
A cochonilha P. citri é um inseto encontrado com frequência na cultura do physalis, podendo causar prejuízos pela sucção da seiva e por propiciar o desenvolvimento da fumagina que reduz a área fotossintética e deprecia os frutos.
O manejo adequado na cultura, favorecendo a ocorrência de inimigos naturais, tais como predadores, parasitoides e fungos entomopatogênicos, pode auxiliar no controle do inseto-praga. Algumas caldas também podem ser utilizadas a fim de auxiliar no controle do inseto, como calda preparada com sabão de coco ou sabão neutro, calda de fumo e pimenta malagueta e calda de semente de mostarda. Os óleos mineral e vegetal também são relatados com ação sobre cochonilhas, podendo ser utilizados associados às outras caldas ou sozinhos, devendo levar em consideração as concentrações das suspensões e o horário de aplicação para evitar problemas com fitotoxidez.
Cigarrinha-verde Empoasca sp.
As ninfas de Empoasca sp. apresentam hábito de caminhar lateralmente. São insetos ágeis que têm preferência por períodos quentes e secos. As cigarrinhas permanecem na face abaxial das folhas que ficam amareladas, encarquilhadas, com os bordos levemente curvados para baixo em função da alimentação do inseto. Também ocorre o abortamento de flores e em altas infestações as folhas tornam-se necrosadas, iniciando da borda da folha para a parte central. Devido à injeção de toxinas durante a alimentação ocorre redução na qualidade nutricional da planta, observando-se ocorrência de sintomas de fitotoxidez. Para se alimentar Empoasca spp. introduz o estilete para succionar a seiva no floema da planta acarretando hipertrofia e desorganização celular, e consequente obstrução de vasos condutores.
O monitoramento da cigarrinha-verde deve ser feito rotineiramente, mediante o uso de armadilha adesiva amarela. A utilização do extrato aquoso de nim, obtido da planta A. indica, tem sido citado como auxiliar no controle da cigarrinha.
Thrips spp. e Frankliniella spp.
Os adultos e as fases jovens dos gêneros de tripes Thrips spp. e Frankliniella spp. ficam na face inferior das folhas, onde formam colônias e se alimentam da seiva da planta. Trabalhos relatam principalmente a ocorrência de T. palmi e T. tabaci (Afsah, 2015) em physalis. Os adultos de Frankliniella spp. em geral são maiores que Thrips spp.
Tanto os adultos quanto as fases jovens se alimentam da planta causando injúrias. Para se alimentar os tripes raspam e perfuram o tecido da planta e assim sugam a seiva. Nos pontos de alimentação do inseto ocorrem áreas transparentes que posteriormente necrosam. Pode-se também observar o bronzeamento das folhas e a queda precoce. Além de ocorrer nas folhas os tripes também se alimentam nas flores, causando abortamento, e nos frutos, reduzindo o desenvolvimento e a qualidade.
Como são insetos polífagos podem permanecer no campo em elevada população, já que conseguem se deslocar entre lavouras, permanecer em restos culturais, plantas daninhas e silvestres. São insetos que se reproduzem rapidamente, tendo preferência por períodos quentes e secos, podendo também ocorrer em épocas de baixa temperatura associada à estiagem.
Em physalis os tripes atacam o tecido epidérmico e parenquimático das folhas terminais, reduzindo o desenvolvimento da planta. Nas flores destroem as estruturas reprodutivas, causando queda prematura e consequente redução na produção. Nos frutos são notadas as marcas de raspagem do inseto e descoloração dos tecidos, depreciando os frutos para comercialização.
O monitoramento dos adultos pode ser feito utilizando placas adesivas azuis. Deve-se preconizar práticas incrementem a ocorrência de populações de inimigos naturais, como sirfídeos, crisopídeos, joaninhas e tripes predadores, como dos gêneros Scolothrips e Franklinothrips.
É recomendado o uso de barreiras com plantas vivas para reduzir a dispersão pelo vento de tripes entre as áreas de cultivo, podendo ser utilizadas, por exemplo, plantas de sorgo Sorghum bicolor, capim-elefante Pennisetum purpureum ou milheto Pennisetum glaucum.
Para controle de tripes pode-se optar pela liberação do percevejo predador Orius insidiosus (Hemiptera: Anthocoridae) ou a pulverização com os fungos entomopatogênicos B. bassiana e Metarhizium anisopliae que são registrados para T. tabaci e F. schultzei, respectivamente, em qualquer cultura de ocorrência dos insetos. Trabalhos têm relatado o potencial de ácaros predadores em controlar tripes, como é o caso de Amblyseius spp. A atividade inseticida do óleo de citronela, Cymbopogon winterianus, também tem sido estudado no controle de F. schultzei. Pode ser utilizada uma calda preparada com as folhas da planta ornamental primavera, Bougainvillea spectabilis, para controle de T. tabaci.
Ácaro Tetranychus spp., ácaro-vermelho Tetranychus ludeni, ácaro-branco Polyphagotarsonemus latus e ácaro-do-bronzeamento Aculops lycopersici
Os ácaros perfuram as células da epiderme vegetal e sugam o conteúdo extravasado, sendo a presença de Tetranychus spp. já relatada nas folhas de P. peruviana (Afsah, 2015). A incidência de Tetranychus spp. em physalis pode causar manchas mais claras nas folhas, em função da alimentação da praga, com a posterior queda na produção dos frutos (Monteiro et al., 2013). São ácaros que produzem teia.
Como opções de controle têm-se a liberação de ácaros predadores, tais como as espécies Phytoseiulus macropilis e Neoseiulus californicus (Acari: Phytoseiidae), disponíveis comercialmente, e a pulverização com fungo entomopatogênico B. bassiana.
O ácaro-vermelho T. ludeni produz teia, embora em menor intensidade quando comparado à T. urticae. O ataque de T. ludeni relatado em cultivo de P. peruviana em Diamantina, Minas Gerais, demonstrou que este ácaro pode ser encontrado na parte inferior da planta e na face abaxial da folha. A espécie T. ludeni causa lesões provocando clorose nas folhas mais velhas da planta e intensa queda de folhas. Essas lesões podem levar a redução da área fotossintética, do crescimento vegetativo e da produção (Soares et al., 2014).
A presença de P. latus já foi relatada nas folhas de P. peruviana (Afsah, 2015), sendo responsável por provocar deformações das brotações (Aguilar-Piedra & Solano-Guevara, 2020). Sua presença pode ser detectada em função do bronzeamento do pedúnculo e do cálice do fruto (Aguilar-Piedra & Solano-Guevara, 2020). São ácaros que não produzem teia.
Em P. peruviana a espécie A. lycopersici causa injúrias principalmente na fase produtiva, quando atacam o cálice que passa a apresentar coloração avermelhada e enrugamento, fato que afeta a qualidade da fruta. As altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar favorecem o desenvolvimento desta praga. Assim, no inverno as populações deste ácaro são naturalmente reduzidas. São ácaros que não produzem teia. Para redução da densidade populacional tem-se o ácaro predador Euseius concordis (Acari: Phytoseiidae).
Para controle das espécies de ácaros citadas acima pode-se realizar também a rotação de culturas e optar pelas caldas naturais como a de pimenta-do-reino, alho e sabão ou o extrato de folhas de cravo-de-defunto (Tagetes erecta L.), dentre outras.