A
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, completa 21 anos nesta
segunda-feira, 18 de abril. Responsável por coordenar os seis institutos e 18
polos regionais de pesquisa agropecuária do estado de São Paulo, a APTA nasceu
com a missão de descentralizar a pesquisa e levá-la para mais perto dos
produtores rurais, ao mesmo tempo aproximar os centenários institutos da
Secretaria, integrando seus trabalhos e potencializando os seus resultados.
A
instituição chega a mais de duas décadas de atuação com injeção de R$
102 milhões em investimentos pelo Governo do Estado de São Paulo entre 2021 e
2022. “Com os R$ 52 milhões investidos
no ano passado, realizamos 118 obras de modernização, e entregamos 63 soluções
tecnológicas ao setor produtivo, número 26% superior à nossa meta do ano, de 50
tecnologias. Com os outros R$ 50 milhões
liberados nesse ano pelo Governo, será possível a criação de ambientes
promotores de inovação em diversas localidades do estado de São Paulo”, afirma
Sergio Tutui, coordenador da Agência.
Retorno social
Em
março deste ano, a APTA lançou a quarta edição de seu Balanço Social,
publicação que mostra os impactos econômicos, sociais e ambientais de suas
pesquisas. A partir da análise de 59 tecnologias desenvolvidas por seu
Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia
Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos
(ITAL), Instituto de Zootecnia (IZ) e APTA Regional, e adotadas pelo setor
produtivo, foi constatado que a cada um real investido na APTA e suas unidades,
R$ 16,23 retornam para a sociedade na forma de
novos negócios.
“De
forma simples e direta, esse resultado mostra para a população, financiadora de
nossos estudos, que investir em ciência significa melhorar a produtividade,
reduzir o impacto ambiental, disponibilizar alimentos saudáveis e mudar — para
melhor — a realidade dos produtores rurais, pescadores e agroindústrias
paulistas e brasileiras, beneficiando todos os consumidores”, explica Tutui.
No período de 2018
a 2021 foram investidos R$ 1,23 bilhão nas atividades da APTA, contabilizados a partir de
diferentes origens e aplicações, como recursos do Governo do Estado de São
Paulo, captação privada e investimentos de agências de fomento estadual e
federais.
No período
analisado no Balanço Social, a APTA captou R$ 251,84 milhões da iniciativa privada que
somados aos R$ 37,72 milhões do Fundo Especial de Despesas permitiram atender às
demandas dos diferentes segmentos de produção do agronegócio paulista e
brasileiro.
O acesso ao concorrido ambiente de fomento à pesquisa também constitui uma importante fonte de investimento para as atividades da APTA. No período foram captados R$ 105,30 milhões junto às fundações públicas de apoio à pesquisa. A principal fonte dessa origem de recursos foi a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) com pouco mais de R$ 69 milhões destinados aos projetos de pesquisa sediados nos institutos e polos de pesquisa da APTA.
APTA em Números
A
APTA e suas unidades de pesquisa contam atualmente com 1.273 servidores, sendo
482 pesquisadores científicos. São desenvolvidos na Agência 446 projetos de
pesquisa, alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030, e a questões
sociais, ambientais e de governança reunidas na sigla ESG.
Entre
2018 e 2019, foram realizados 919 mil atendimentos, 34 mil visitas técnicas e
335 visitas a museus e exposições das unidades da APTA. Os pesquisadores
receberam no período 24 prêmios de reconhecimento por seus trabalhos.
Na
parte de prestação de serviços, foram disponibilizados ao setor produtivo 22
milhões de doses de imunobiológicos, usados para diagnóstico e tuberculose e
brucelose em animais, entre 2018 e 2021. Foram realizadas ainda 1,7 milhões de
análises laboratoriais e produzidas uma tonelada de sementes básicas de plantas
e 457 mil borbulhas de citros.