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Softwares auxiliam na tomada de decisões florestais

Rodrigo Lima

Doutor, professor de Engenharia Florestal e consultor do Senai

rodrigo.lima@fiepr.org.br

Créditos Shutterstock
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Devido ao rápido avanço tecnológico, dispomos hoje de uma infinidade de softwares que nos auxiliam na tomada de decisões e na gestão florestal. Com relação à produção florestal propriamente dita, os mais utilizados são softwares para manejo de precisão, ou seja, os simuladores para manejo, análise econômica, modelagem de crescimento e produção de florestas plantadas.

Além destes, temos ainda: aplicativos para dispositivos móveis (mobile), sistemas de informações geográficas (GIS), softwares para otimização, processadores de inventários florestais, sistemas de gestão florestal, gerenciadores de banco de dados, utilitários, entre outros.

Vantagem do uso de softwares

Os usuários podem utilizar os softwares para testar todas as opções de manejo da floresta, para cada condição de clima e solo, fazer prognoses de produção presente e futura, efetuar análises econômicas e depois levar para o campo apenas a melhor alternativa.

Decisões

Os softwares para manejo florestal de precisão e análise econômica, geralmente, possuem um ágil processo de entrada e integração de dados. Permitem a simulação de desbastes com previsão do crescimento e produção anual do povoamento, bem como o sortimento de madeira por classe de diâmetro para usos múltiplos das árvores, provenientes dos desbastes e do corte final.

Com a informação da quantidade de madeira produzida conforme o tipo de uso industrial, o produtor pode manejar suas florestas para a produção de madeira direcionada à opção que for mais lucrativa.

Simulador de manejo

Para facilitar a explicação, vamos analisar o funcionamento dos softwares de manejo desenvolvidos pela Embrapa. Desde a década de 1980 a Embrapa Florestas, no Paraná, desenvolve softwares de simulação da produção, em uso por mais de 300 empresas.

Os softwares são denominados de SIS, seguidos pelo nome popular do gênero ou espécie contemplada: SisEucalipto (Eucalyptusgrandis, E. urograndise E. dunnii); SisPinus (Pinus caribaea, P. elliottii e P. taeda); SisTeca (Tectonagrandis); SisAcacia (Acaciamearnsii); SisAraucaria (Araucariaangustifolia); SisBracatinga (Mimosascabrella) e SisCedro (Toonacilliatta ” cedro australiano).

Como funciona

De acordo com a Embrapa (2017), para operacionalizar os simuladores mencionados anteriormente, o usuário fornece os dados de inventário da floresta e os softwares preveem o crescimento e a produção, indicando o quanto de madeira a floresta produz, em qualquer idade.

Possibilitam simular desbastes e testar qualquer regime de manejo que se deseja aplicar nos povoamentos. A Embrapa informou que o sistema auxilia as tomadas de decisões sobre: quando, quanto, como desbastar e quando deve ser realizado o corte final.

O sistema indica o crescimento e produção da floresta, a produção por classes de diâmetro e o volume de madeira por tipo de uso industrial. Além disso, os softwares possibilitam calcular a biomassa e o carbono das estruturas das árvores, em função de equações que o próprio usuário pode inserir.

Acesso

Os softwares desenvolvidos pela Embrapa Florestas estão disponíveis para download gratuito.Basta acessar: www.cnpf.embrapa.br/software. Todos os softwares de simulação do manejo florestal da Embrapa podem trabalhar associados ao Planin, um software que gera parâmetros para análise econômica da produção dos povoamentos florestais.

Isso permite uma configuração de cenários para o planejamento da produção florestal com otimização da produção madeireira e dos retornos financeiros.

Créditos Shutterstock
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Custo-benefício

A tecnologia tem somente benefícios, visto que os softwares mencionados anteriormente são disponibilizados pela Embrapa Florestas sem nenhum custo. Mas todo investimento em tecnologias de gestão e otimização da produção florestal, conforme necessidade e disponibilidade de recursos é válido, visto que sem planejamento e controle não existe gestão.

Os softwares possibilitam o processamento mais ágil das informações e alcançam um resultado mais assertivo, o que melhora o planejamento da produção florestal e, consequentemente, os resultados do empreendimento.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de Julho/Agosto 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

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