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Fertilizantes organominerais estimulam proliferação de microrganismos

Diego Henriques Santos

Engenheiro agrônomo da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo – Codasp (Centro de Negócios de Presidente Prudente)

dihens@bol.com.br

 

Fotos Shutterstock
Fotos Shutterstock

A aplicação do fertilizante organomineral melhora a estruturação do solo, contribuindo para a melhor absorção dos fertilizantes pelas plantas, o que leva a uma nutrição mais equilibrada e, consequentemente, ao melhor desenvolvimento em relação àquelas adubadas unicamente com fertilizantes minerais.

A matéria orgânica, quando aplicada em doses adequadas, enriquecida com adubos minerais, exerce efeitos positivos no rendimento das culturas em função da melhoria química, física e biológica do solo.

Os macro e micronutrientes presentes na matéria orgânica são liberados de forma gradual, de acordo com as exigências das culturas, e não ocorrem perdas, como por exemplo por lixiviação, proporcionando economia no consumo de fertilizantes minerais.

As hortaliças respondem à adubação com matéria orgânica apresentando resultados excelentes, tanto em produção como em qualidade, especialmente em solos considerados pobres, já que a matéria orgânica é um agente condicionador do solo capaz de melhorar substancialmente suas condições, pelo aumento da capacidade de retenção de água e aumento da disponibilidade de nutrientes em forma assimilável pelas raízes, tais como nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre.

Benefícios para o solo

A matéria orgânica presente nos fertilizantes organominerais é importante para melhorar a fertilidade do solo e suas propriedades físicas, pois eleva a capacidade de retenção de água, promove a redução da densidade aparente do solo e o aumento da porosidade total deste, forma agregados capazes de reduzir a erosão e aumentar a capacidade de absorção do solo e aumenta a capacidade de troca catiônica.

A matéria orgânica também aumenta os teores de nitrogênio, fósforo e enxofre a partir de sua decomposição e mineralização. Além disso, reduz a fixação do fósforo pelos óxidos de ferro e alumínio, bloqueando os sítios de fixação com os radicais orgânicos.

Essa matéria possui, ainda, efeito quelante sobre o ferro, o manganês, o zinco e o cobre, além de aumentar a população de microrganismos benéficos ao solo e às plantas. De maneira geral, em função da matéria orgânica presente em sua composição, o fertilizante organomineral é facilmente absorvido pelas plantas por meio de raízes, caule e folhas, ativando o metabolismo e melhorando a fotossíntese e outros processos fisiológicos.

Com isso, as plantas resistem melhor às pragas e doenças, além de apresentarem maior vigor na brotação e produtividade elevada.

O organomineral melhora a estruturação do solo - Fotos Shutterstock
O organomineral melhora a estruturação do solo – Fotos Shutterstock

Custo

A adubação é um dos fatores que afeta diretamente o custo de produção e é limitante da produtividade agrícola. Fertilizantes convencionais, como a ureia, o nitrato de amônio, os superfosfatos simples e triplo, o cloreto de potássio, dentre outros mais comuns, bem como as fontes de micronutrientes, possuem em sua composição os nutrientes apenas em sua forma mineral, apresentando a vantagem de serem de alta concentração, o que permite a sua utilização em doses menores, favorecendo um maior controle na armazenagem e também na operacionalidade das aplicações.

No entanto, o fertilizante organomineral, por sua solubilização ser gradativa no decorrer do período de desenvolvimento da cultura, possui eficiência agronômica superior, comparado às fontes minerais solúveis.

Como os organominerais possuem características orgânicas, as perdas que normalmente ocorrem por fixação do fósforo, nitrogênio, potássio e volatilização de nitrogênio amoniacal, são reduzidas quase a zero. Isso possibilita uma redução de 20 a 40% dessas fontes.

Ação dos organominerais no solo

A matéria orgânica possui importante papel na melhoria da fertilidade do solo e nas suas propriedades físicas. Eleva a capacidade de retenção de água, promove a redução da densidade aparente do solo e o aumento da porosidade total do solo, forma agregados capazes de reduzir a erosão e aumentar a capacidade de absorção do perfil.

Aumenta, ainda, a capacidade de troca catiônica e promove a redução da fixação do fósforo pelos óxidos de ferro e alumínio, bloqueando os sítios de fixação com os radicais orgânicos.

Manejo

Como o fertilizante organomineral é um resíduo orgânico de diferentes fontes, que partem de uma ou mais matérias-primas orgânicas, enriquecidos com nutrientes minerais, são diversas as fórmulas para anteder variadas culturas. Portanto, cada fertilizante organomineral, para cada cultura, possui uma forma e uma dosagem recomendada, com diferentes tipos de manejo.

De maneira geral, o fertilizante organomineral pode ser aplicado na ocasião do plantio, junto com a semente ou com a muda que está sendo transplantada, e também quando se inicia o crescimento mais intenso da planta, distribuindo-se o fertilizante na superfície da terra ao longo da linha da cultura ou em volta da muda e incorporando-se ao solo com uma leve escarificação, sempre que possível (adubação de cobertura).

Pode, ainda, ser aplicado nas plantas adultas, geralmente em culturas perenes, adubando-se na época das chuvas ou quando se fazem as capinas ou outros tratos culturais, distribuindo-se o fertilizante organomineral em sulcos abertos ao lado da linha de cultura ou espalhando-o por toda a superfície plantada e incorporando-o ao solo.

No caso da pastagem, que não permite incorporação, aplicar o fertilizante preferivelmente em época chuvosa para que a água o arraste para o interior do solo.

Essa matéria você encontra na edição de dezembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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