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segunda-feira, maio 6, 2024
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Amostragem localizada de solo garante maior precisão

 

Lucas Miguel Altarugio

Graduando em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e estagiário do GAPE

Bianca de Almeida Machado

Graduanda em engenharia agronômica pela ESALQ/USP

Rafael Otto

Professor doutor I, Departamento de Ciências do Solo – ESALQ/USP

gape@usp.br

Amostragem localizada de solo garante precisão- Crédito Shutterstock
Amostragem localizada de solo garante precisão- Crédito Shutterstock

A amostragem de solo pode ser divida em duas categorias: convencional e em grade. A amostragem convencional refere-se ao método de amostragem ao acaso que é recomendada para a agricultura convencional. Já a amostragem em grade é o sistema recomendado para aplicação de fertilizantes por agricultura de precisão, sendo o método mais adequado para conhecer variabilidade espacial das propriedades do solo em uma área, pois é levada em consideração a variação em todas as direções.

A aplicação uniforme de fertilizantes e corretivos, utilizada na amostragem convencional, pode resultar em áreas com aplicações abaixo ou acima da dose necessária. A amostragem em grade possibilita a aplicação de fertilizantes em taxas variáveis, com maior eficiência no uso de nutrientes e redução do potencial de poluição ambiental.

Em vez do campo como um todo, a amostragem em grade está interessada em áreas dentro do campo. Esta modalidade procura relacionar as tendências nos níveis de fertilidade do solo com outras propriedades de campo que são previsíveis ou facilmente mensuráveis.

Fatores que influenciam os níveis de nutrientes do solo, incluindo o tipo de solo, topografia, histórico de produtividade, aplicação de adubo orgânico, irrigação e manejo da adubação ajudam a decidir sobre o método de amostragem mais efetiva.

O método mais comum para a amostragem de solos em grade é a sobreposição de uma malha quadrada sobre a área, identificando cada unidade de malha (célula) e realizando coletas de amostras em cada unidade. Dentro de cada célula, a amostragem pode ser ao acaso, coletando-se várias subamostras, ou pontual, na qual as subamostras são coletadas em um raio relacionado a um ponto central.

Polêmica

Existe muita discussão em relação ao tamanho adequado da grade amostral. Apesar dos trabalhos de pesquisa evidenciarem necessidades de grades muito pequenas (menores do que 1 ha), na prática os agricultores têm adotado grades que variam de 3, 4 ou 05 ha, como demonstrado na Figura 1.

Em cada grade devem ser coletadas entre 10 a 12 subamostras para compor uma amostra, que será enviada ao laboratório. As profundidades de amostragem normalmente são de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm.

Outro cuidado na amostragem refere-se ao tipo de equipamento utilizado para amostragem, para evitar contaminação da camada subsuperficial com a camada superficial.

Figura 1. Exemplo de grade de amostragem.

 Figura 01

Fonte: APAGRI  <www.apagri.com.br/agricultura.html>

Os resultados da análise do solo de cada célula são inseridos com seu posicionamento geográfico em um software apropriado, gerando um mapa de fertilidade da área com as condições oferecidas naquele momento, como o teor de potássio, cálcio, magnésio, micronutrientes, pH, matéria orgânica e outros.

Com o mapa de fertilidade em mãos começa o trabalho agronômico, que deve ser preciso, resultando na qualidade das recomendações feitas ao agricultor, seja para as correções do solo ou para a fertilização em taxa variada, considerando a necessidade de cada área homogênea do mapa.

Nessa etapa deve-se adotar uma estratégia criteriosa para o sucesso e conclusão dessa abordagem.

Figura 2. Exemplo de mapa de fertilidade.

 Figura 02

Fonte: APAGRI www.apagri.com.br/agricultura.html

Essa matéria completa você encontra na edição de junho da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua para leitura integral.

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