O controle fitossanitário desempenha um papel preponderante no desenvolvimento adequado de produtos hortifrúti, de forma que o manejo e o tratamento de doenças que atacam uma determinada cultura e a escolha de cultivares resistentes a uma determinada praga ou doença se tornam fundamentais para a produção com qualidade.
Assim, a junção desses fatores proporciona resultados positivos para o negócio de um agricultor. Esse é o caso dos repolhos, por exemplo, que são suscetíveis à hérnia das crucíferas e ao Xanthomonas campestris (Xcc).
A primeira das doenças citadas é causada por um fungo, o Plasmodiophora brassicae, que se propaga pela água e se desenvolve na raiz da planta, de acordo com estudo realizado pelo pesquisador em fitopatologia da Embrapa Hortaliças Ailton Reis.
A hérnia das crucíferas, por poder permanecer um extenso período (até 10 anos) fixada na terra, impede a realização de uma rotação de culturas adequada, comprometendo o trabalho dos produtores rurais, uma vez que o processo de erradicação não é facilmente executado.
Uma lavoura comprometida com a incidência desse fungo apresenta produtos deficientes de nutrientes e suscetíveis a ataques de outros tipos de fungos e bactérias.
Já em relação à bactéria Xanthomonas campestris, seus efeitos na planta afetam o aspecto visual dos repolhos, o que reduz o valor comercial deles nos pontos de venda. O Xcc se prolifera nos tecidos vasculares das plantas, como aponta estudo das pesquisadoras Edilaine Alves de Melo (UFRPE) e Kátia Cilene da Silva Felix (PNPD/CAPES/FACEPE), agindo, principalmente, na cabeça do repolho.
Solução da linha TSV Sementes
O trabalho de desenvolvimento de variedades resistentes aos organismos mencionados anteriormente é necessário para que os produtores tenham sucesso no plantio, mesmo em áreas que tenham presença desses organismos.
Nesse sentido, a linha TSV Sementes da Agristar do Brasil apresenta aos agricultores o repolho Henia F1 como o material mais indicado para esse cenário, pois é adaptado para resistir, principalmente, à hérnia das crucíferas.
“Esse é um híbrido que pode ser plantado o ano todo e se mostra muito eficiente no verão, especialmente considerando a umidade elevada desse período. O problema da hérnia das crucíferas se acentua nessa estação, pois o fungo causador se propaga mais intensamente pela água, ou seja, com chuvas e alta umidade ele acaba se alastrando com mais facilidade”, explica o especialista em Brássicas e Folhosas da Agristar, Silvio Nakagawa.
A coloração e a cerosidade desse produto também protegem o repolho da incidência de bactérias na planta. “A cera presente nas folhas acaba protegendo o Henia F1 da água que se acumula e escorre pela estrutura foliar do material, evitando a proliferação de microrganismos e, consequentemente, das doenças trazidas por eles”, detalha o especialista.
Outras vantagens do Henia
A cabeça desse repolho é mais um destaque da variedade, segundo o especialista, pois suas características facilitam o transporte pelo Brasil. “A parte mais importante do repolho Henia é a sua cabeça, que apresenta bom tamanho e elevada compacidade, permitindo que ela seja transportada para regiões mais distantes e sem perder suas qualidades”, ressalta Silvio Nakagawa.
O produtor Diego Fernandes, de Nova Friburgo (RJ), reitera a importância do pacote de resistências oferecido pelo repolho Henia para o cultivo. “Por apresentar proteção principalmente contra a hérnia das crucíferas, o material se desenvolve da forma esperada, sendo muito bem aceito no mercado. O padrão de cabeça dessa cultivar é excelente em comparação com outros repolhos”, conclui Fernandes.