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Tubete biodegradável – Novidade na produção de mudas

 

José Augusto Mendes Taveira

Gerente técnico do Grupo JIFFY no Brasil

plantula@uol.com.br

 

Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira

Na verdade, a denominação “tubete biodegradável“ surgiu da comparação de novos sistemas para propagação de plantas com os já antigos tubetes plásticos, ainda utilizados por muitas empresas florestais e outros viveiros no Brasil.

Por “tubete biodegradável“ pode-se definir um conjunto de propagação de plantas, que abrange tanto o invólucro (ou “recipiente“) quanto o substrato em seu interior, sendo que os dois constituem um ambiente conjugado de alta porosidade e boa capacidade de retenção de água e de aeração, como mostra a Figura 1, onde se pode ver lado a lado o antigo tubete plástico e um Jiffy-Pellet após processo de expansão.

Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira

Como a película ou invólucro que envolve o substrato pode ser biodegradável e totalmente porosa e permeável às raízes das mudas, estes sistemas permitem o transplantio direto para o campo (ou área de crescimento subsequente), sem que se retire a embalagem, como ocorre com o tubete plástico. Isso representa um enorme diferencial de logística para os viveiros que adotam estes sistemas.

Alguns destes sistemas permitem ainda que o substrato, especialmente desenvolvido e selecionado para propagação de plantas, venha junto com o invólucro, parcialmente desidratado e comprimido, conforme mostra a Figura 2, onde pode se observar um Jiffy-Pellet antes e após a expansão com água.

Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira

Estes sistemas permitem ainda a utilização de distintos tipos de bandejas de suporte, conforme mostra a Figura 3, onde se pode observar mudas de Coníferas em desenvolvimento em Jiffy-Pellets em bandejas modelo Can-Am, e este mesmo tipo de Pellet alocado em bandejas do tipo Air-Tray.

Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira

Biodegradáveis x convencionais

Os tubetes plásticos tradicionais se enquadram na categoria que se denomina de “recipientes de paredes fechadas“. Estas paredes plásticas não têm porosidade nem permeabilidade para as raízes das mudas que se desenvolvem em seu interior.

Outra característica de todos os tubetes plásticos convencionais é que em todos eles cabe o ônus ao viveirista na escolha, compra, armazenamento, mistura e enchimento dos tubetes com o substrato.

Qualquer técnico bem treinado em viveiro e manejo de substratos, não importando a espécie que cultive, sabe o quanto todos estes fatores podem influenciar na capacidade de retenção de água e de aeração dos substratos em seu viveiro, e o quanto isto poderá impactar na operação e produtividade de seu viveiro.

Nos tubetes plásticos tradicionais só há um ponto de drenagem e de “poda aérea“ para as raízes das mudas que se desenvolvem em seu interior. Muitas vezes este único ponto de drenagem pode ser totalmente obstruído por raízes que ali se acumulam com mudas de pinus.

Isto tende a dificultar o manejo de irrigação no viveiro, e piora a qualidade das mudas. Outras vezes, a concepção de “paredes fechadas“ dos tubetes convencionais associada a condições inadequadas de aeração no substrato no interior dele costuma levar a deformações no sistema radicular das mudas, especialmente de eucalipto clonal.

 

Alerta

Em algumas situações, por exemplo, quando as condições de campo e/ou climáticas não permitem o transplantio das mudas, estas acabam tendo que permanecer um tempo maior que o ideal no viveiro, e nesta hipótese a má formação de raízes dentro dos tubetes tende a se agravar, levando à possibilidade de um futuro tombamento das árvores no campo, sob condições de solos desfavoráveis e vendavais.

Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira

Neste caso, o prejuízo não se restringe aos poucos centavos do custo de produção da muda no viveiro, mas a um valor bem mais alto da madeira da árvore no campo.

Vantagens dos tubetes biodegradáveis

Opostamente aos tubetes convencionais, os tubetes biodegradáveis (Jiffy-Pellets) permitem total aeração e poda aérea de raízes em 100% de sua superfície, com muda de Conífera em fase inicial de desenvolvimento num Jiffy-Pellet.

Assim que cada nova raiz ou radicela se desenvolve no interior do Pellet e tenta sair do mesmo, atingindo o invólucro (tela biodegradável), ela é “podada“ pelo ar seco e pela luz, desde que este pellet esteja alocado numa bandeja de concepção “Air-Tray“.

Neste tipo de bandeja, o pellet (ou “tubete biodegradável“) fica suspenso no ar, permitindo total aeração e drenagem em 100% de sua superfície. Esta excelente aeração permite a formação de um microclima diferenciado ao redor de miniestacas em processo de enraizamento, pois, além de uma boa retenção de água, há sempre uma grande disponibilidade de ar para as novas radicelas que estão em fase inicial de desenvolvimento.

Isto é altamente favorável não apenas no aspecto fisiológico para o processo de enraizamento, como também no quesito fitossanitário das mudas em formação, conforme pode ser observado na Figura 05, com miniestacas de eucalipto em Jiffy-Pellets do tipo “CareFree“, alocados em bandejas tipo “Air-Tray“.

Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira

Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira
Créditos José Augusto Taveira

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