19.6 C
Uberlândia
sábado, julho 27, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosFlorestasA viabilidade da adubação foliar para as florestas

A viabilidade da adubação foliar para as florestas

José Geraldo Mageste

Doutor e professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

jgmageste@ufu.br

Fernando Simoni Bacilieri

Engenheiro agrônomo e doutorando em Produção Vegetal, ICIAG-UFU

ferbacilieri@zipmail.com.br

Roberta Camargos de Oliveira

Engenheira agrônoma e doutora em Produção Vegetal, ICIAG-UFU

robertacamargoss@gmail.com

Crédito Shutterstock

A adubação foliar consiste no fornecimento de nutrientes para as plantas na forma de pulverização aérea, aproveitando a capacidade de absorção de alguns nutrientes pelas folhas. Para obtenção de resultados satisfatórios deve-se aplicar o nutriente necessário àquela cultura, no local adequado, na época certa, na quantidade correta e contar com tempo suficiente para absorção, antes de ocorrer uma “lavagem“ por chuvas ou outra mudança climática.

A eficiência da adubação foliar varia conforme os objetivos de cada aplicação, que podem ser: adubação foliar corretiva, preventiva, complementar ou estimulante.

 

Uma a uma

Crédito Shutterstock

Para a adubação foliar corretiva deve-se monitorar o estado nutricional dos povoamentos homogêneos, por meio de análises de solo e folhas, coletados conforme recomendação para cada cultura e realizadas por laboratórios certificados.

Além disso, pode-se somar a observação visual de sintomas de deficiência ou toxidez em conjunto com o histórico da área onde se deseja fazer a reposição de nutrientes, promovendo uma correção de eventuais deficiências para evitar perdas ainda maiores em qualidade e/ou produtividade.

No caso da adubação foliar preventiva, aplica-se o nutriente em estádios de desenvolvimento, onde ocorre maior exigência do nutriente ou em condições climáticas adversas. Por exemplo, a deficiência de cálcio é mais frequente em minijardim clonal, tanto de seringueira quanto de eucalipto, principalmente em situações em que as doses de N e a água de irrigação são usadas com maior frequência.

Nesta condição, o principal sintoma visual é a podridão da base da miniestaca, na fase de enraizamento, sob condições de casa de vegetação. A recomendação é a pulverização foliar de fontes de cálcio juntamente com a redução das doses de N e da quantidade de água.

Já a adubação foliar complementar emprega nutrientes, especialmente os micronutrientes, que são exigidos em menores quantidades pelas plantas, em conjunto com os demais fertilizantes aplicados no solo. Para o boro (B), por exemplo, que pode ser facilmente perdido por lixiviação, e o ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e cobre (Cu), que em solos com pH acima de 6,5 começam a ter a disponibilidade reduzida, a complementação via folha ajuda no suprimento das necessidades nutricionais das espécies florestais.

A proposta de adubação foliar como um estimulante se diferencia das demais formas de adubação foliar, uma vez que contempla não apenas o aspecto nutricional, mas também a questão fisiológica das plantas, englobando o fornecimento de substâncias que favorecem o metabolismo e o funcionamento destas. Como exemplo de compostos tem-se os bioestimulantes, que em muitos casos são os extratos vegetais, extratos de algas, aminoácidos, substâncias húmicas e microrganismos.

ARTIGOS RELACIONADOS

Silício no controle de nematoides do cafeeiro

Arthur Henrique Cruvinel Carneiro Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), membro do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF) e do Grupo de...

Maior evento do setor sucroenergético, 23ª Fenasucro & Agrocana destaca energia e aponta caminhos à cogeração para cadeia produtiva da cana-de-açúcar

90 horas de palestras, conferências e seminários também foram destaques da edição 2015, que aconteceu entre os dias 25 e 28 de agosto; Feira...

Plantas daninhas: O alerta continua

Autores Roque de Carvalho Dias roquediasagro@gmail.com Leandro Bianchi leandro_bianchii@hotmail.com Vitor Muller Anunciato vitor.muller@gmail.com Engenheiros agrônomos, mestres e doutorandos em Agronomia/Proteção de Plantas - UNESP...

Como agregar valor aos pimentões

Elisamara Caldeira do Nascimento Talita de Santana Matos Glaucio da Cruz Genuncio glauciogenuncio@gmail.com Engenheiros agrônomos e doutores em Agronomia   O pimentão (Capsicumannuum) é a segunda solanácea de maior importância...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!