O agronegócio é um grande motor que move a economia brasileira a passos largos, sendo responsável por cerca de 25% do PIB (Produto Interno Bruto). Devido a uma peculiaridade do modelo de atividade, que se ampara na produção no campo, existe ainda um mito de que esse segmento não anda em consonância com os avanços tecnológicos, como a chegada do 5G, a automatização da produção, a conectividade nas fazendas e o uso de inteligência artificial para otimizar processos.
De acordo com a pesquisa “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio”, coordenada pela SAE Brasil e liderada pela KPMG entre 2023 e 2024, muitos dos entrevistados (produtores rurais, cooperativas, indústria de máquinas, equipamentos de tecnologia e prestadores de serviços) salientam que a adoção de novas tecnologias proporciona maior produtividade, ganhos de performance e redução nos custos. Além disso, o estudo indicou que a conectividade no campo que antes era uma novidade, agora se tornou uma tendência emergente.
A Skyone, plataforma que simplifica a rotina e potencializa a produtividade empresarial, trabalha com diversas soluções em computação em nuvem, dados, cibersegurança, marketplace e gestão de dados, dedicando-se também a grandes produtores do agronegócio que desejam aprimorar a performance em plantio, colheita, criação de gado de corte e cultivo de commodities. De acordo com Ricardo Fernandes, diretor de operações da companhia, “um dos gargalos do setor era a conectividade e essa barreira está sendo quebrada, ainda mais com a chegada do 5G”.
No final de abril, a empresa estará em Ribeirão Preto, durante o Agrishow (29/04 a 03/05), acompanhando clientes e parceiros com foco em entender necessidades específicas desse segmento, que fala uma “língua” própria, e direcionar algumas de suas soluções ao empresário do campo. “A Skyone oferece diversas oportunidades para o fazendeiro e para o produtor rural que se profissionaliza. O agronegócio nacional está cada vez mais conectado e integrado”, adianta o gestor, desmistificando o pensamento de que as fazendas continuam operando de maneira offline.
Para Fernandes, que também é um produtor agro autônomo, os avanços tecnológicos podem ser uma experiência real em fazendas em todo o País. “Atualmente, é possível programar um drone para ter uma dosagem específica. Pode-se ter internet em um trator. Além disso, tarefas então consideradas mais intuitivas, como análise da terra, colheita e armazenamento, podem ser feitas de maneira conectada e com automação”, acrescenta.
De fato, a tecnologia traz uma eficácia muito alta para o agricultor, isto é, um fazendeiro pode estar em São Paulo e, ao mesmo tempo, ficar a par do que acontece em uma propriedade no Mato Grosso. Alguns avanços, amparados por recursos tech, já são uma realidade há algum tempo, como as estações meteorológicas que operam na previsão e na precisão climática para otimizar plantações e colheitas.
Integração do agro com a tecnologia
De acordo com Fernandes, a principal integração entre agro e TI é por meio de dados. “A conectividade do campo, somada à IOT e à assertividade dos dados são uma receita para o sucesso. Quando digo isso, refiro-me a uma boa gestão das informações existentes em uma fazenda, que vai do controle do plantio, passando pela colheita e pelo manejo, e indo ao ensacamento ou à venda direta. Todas essas etapas devem ser bem registradas e esses dados precisam ser armazenados para, posteriormente, serem usados a favor do fazendeiro”, ressalta.
O diretor de operações comenta que a internet das coisas (IOT) deve se tornar uma realidade em fazendas brasileiras muito em breve, ainda mais com os avanços na agenda da inteligência artificial. “O agronegócio depende diretamente de inúmeros fatores, como clima, contexto sociopolítico internacional, economia global, mercado de commodities, variação cambial, contexto sanitário mundial, entre outros. É aqui que entraria o tripé de conectividade, IOT e gestão de dados, altamente capaz de amparar no manejo dos negócios de maneira ágil e eficiente”, complementa.