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Ameixas – A hora da colheita

Timo van de Laar

Diretor da Holantec ” Consultoria em Fruticultura

holantex@uol.com.br

 

Fotos Shutterstock
Fotos Shutterstock

Após o produtor realizar todos os tratamentos e manejos para uma boa safra, a hora da colheita chega para efetivar todo investimento realizado. É o momento de maior importância ainda no campo, pois qualquer erro pode comprometer o resultado esperado.

A colheita requer um planejamento antecipado em diversos aspectos para o sucesso do empreendimento. Hoje há diversas tecnologias aplicadas tanto no campo quanto no período pós-colheita para garantir frutos de qualidade, alcançar oportunidades de mercado e obter boa vida de prateleira.

Deve haver planejamento, que vem desde o plantio, com as variedades estrategicamente escolhidas – precoces que antecipam a colheita e medianas e tardias para oferecer ao mercado por um prolongado -, otimizando estruturas existentes como colhedores, equipamentos de colheita, packing house e, principalmente, fortalecer laços comerciais, pois o mercado valoriza muito quem pode oferecer frutas por um período mais longo.

Planejamento

A necessidade de quantidade de mão deobra, caixas de colheita, movimentação interna, manutenção de packing house e máquinas classificadoras, quantidade de embalagens finais, deve ser planejada antecipadamente, porque uma falha pode comprometerparcialmente os resultados, afinal de contas, estamos falando de produtos perecíveis.

O ponto ideal de colheita é definido pelo teor de açúcar (grau Brix), pela coloração e pela firmeza dos frutos. Estes critérios variam conforme a variedade de ameixa. Algumas delas atingem no máximo 10 graus, enquanto outras podem atingir valores de até 20 graus brix, sendo, portanto, mais doces ao paladar.

A firmeza tem de ser boa, acima de 06 libras por cm2 para chegar com qualidade considerada adequada para o consumo. A coloração, para algumas variedades, já está definida no campo, e para outras requer choque térmico ou o uso de etileno para alcançar a cor atrativa para a venda.

Qualidade

Temperaturas altas durante a colheita aceleram a maturação, enquanto temperaturas amenas retardam. Como o clima é um fator pouco previsível, é importante o produtor já se preparar com ferramentas para garantir a qualidade.

A manutenção da qualidade dos frutos começa já no campo, onde um dos fatores é o elemento cálcio, que deve estar com bons níveis desde a divisão celular dos frutos na época da pós-florada até a pré-colheita. O fornecimento do cálcio deve ser via solo e foliar, sendo administrado por meio de estudos de análises de solo e folha/fruto.

 Outro fator que determina a qualidade no campo é a formação de etileno, que pode comprometer a qualidade na pós-colheita. Atualmente, há no mercado produtos que bloqueiam por um período a ação do etileno no campo.

Esta tecnologia pode ser utilizada para várias estratégias, como atrasar o período de colheita, tirando os frutos do pico de oferta no mercado e alcançando melhores preços, simplesmente garantir uma vida de pós-colheita melhor pelo controle de etileno ou como ferramenta de manejo de colheita, aplicando em quadras em que se colhe mais tarde, dentro de um escalonamento de colheita.

Foto 02

Dicas importantes

Devemos lembrar que etileno não tem influência sobre o sabor e sim sobre a maturação dos frutos. O ponto de colheita deve ser definido pelo grau Brix, ou seja, o teor de açúcares na fruta.

Pode-se antecipar a maturação dos frutos pela aplicação de etileno em estufas para acelerar a coloração e perda de firmeza, podendo atingir um momento bom de mercado. É importante que as frutas tenham um ºBrix adequado, pois fruta sem sabor tem somente uma única venda e não continuidade. O produtor pode se “queimar“no mercado com frutas sem qualidade.

Conservação pós-colheita

No período de pós-colheita, as ameixas podem ser conservadas em câmara fria para esperar por preços mais vantajosos. É importante manter a temperatura baixa e o controle de umidade, porque a perda por desidratação pode ser significativa.

Para garantir longos períodos de conservação, o uso de inibidores de etileno (01 mcp) em ambiente fechado (câmara fria, contêiner, etc.) traz resultados muito importantes, até mesmo pensando em aumento de vida de prateleira.

Podemos concluir que, para se ter qualidade de frutas, há diversas tecnologias disponíveis ao produtor para garantir a qualidade e reduzir perdas, ferramentas essas que podem ser utilizadas ainda no campo e/ou na pós- colheita.

Essa matéria você encontra na edição de junho da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar.

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