Autores
Letícia Galhardo Jorge
Bióloga e mestranda em Botânica – IBB/UNESP
leticia_1307@hotmail.com
Bruno Novaes Menezes Martins
Engenheiro agrônomo e doutor em Agronomia/Horticultura – FCA/UNESP
brunonovaes17@hotmail.com
Os aminoácidos estão presentes em todas as plantas, existindo cerca de 20 aminoácidos essenciais com concentrações e funções distintas. Entretanto, devido a condições de estresses como, por exemplo, ataque de pragas e doenças, desordem nutricional, deficiência hídrica, entre outros, os aminoácidos produzidos naturalmente podem não ser o suficiente.
Neste sentido, fertilizantes foliares à base de aminoácidos podem auxiliar no suprimento da quantidade necessária para que as plantas possam ter melhores condições para se desenvolver. A suplementação dos aminoácidos às plantas proporciona uma série de benefícios, dentre eles:
ð Metabolismo mais equilibrado, estimulando a síntese de diversos compostos que influenciam a produção e qualidade dos frutos;
ð Precursores de hormônios vegetais endógenos;
ð Atuam na germinação, estágio vegetativo, florada e maturação dos frutos;
ð Ativação da fotossíntese, atuando na síntese e ativação da clorofila, além de aumentar a reserva de carboidratos disponíveis;
ð Redução da fitotoxicidade de determinados defensivos agrícolas;
ð Maior tolerância das plantas às pragas e doenças, podendo desempenhar um papel imunológico;
ð Aumento da absorção e translocação dos nutrientes aplicados na parte aérea das plantas;
ð Maior tolerância das plantas ao estresse hídrico e geadas, devido à maior taxa fotossintética;
ð Maior desenvolvimento do sistema radicular, favorecendo a absorção de água e de nutrientes do solo;
ð Aumento do florescimento.
Todos esses benefícios culminam em maior qualidade dos produtos agrícolas, uma vez que a presença dos aminoácidos favorece a uniformidade da colheita, aumentando o peso específico dos frutos e grãos, assim como o teor de sólidos solúveis nos frutos.
Como escolher
Alguns aminoácidos podem ser mais bem absorvidos pelas folhas, outros pelas raízes, e possuem ações específicas, como bioestimulantes, para que sejam produzidos fitohormônios que atuam nos pontos de crescimento das plantas.
É importante que a aplicação seja realizada nos estágios iniciais de desenvolvimento da planta, pois terá maior disponibilidade de nutrientes para serem convertidos em produção. Quanto à dose, é necessário que o produtor siga as recomendações do fabricante do produto, que pode variar entre 1,0 a 20 litros por hectare, de acordo com a cultura a ser implementada.
Considerando que o produtor obtenha um aumento de 20% em sua produção total e que o custo para aplicação não exceda 5% do total, avalia-se que a prática apresenta um bom custo-benefício. Vale salientar que o custo da aplicação em mudas é bem baixo, uma vez que se utiliza um volume relativamente pequeno do produto.