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Aminoácidos reduzem doenças do tomateiro

 

Diego Henriques Santos

Engenheiro agrônomo da Codasp – Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo

dhenriques@codasp.sp.gov.br

Leonardo Vesco Galdi

Discente do Curso de Agronomia da Unoeste – Universidade do Oeste Paulista

leo.galdi@gmail.com

 Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Há algumas décadas os aminoácidos vêm ganhando maior importância agrícola e seu uso vem se intensificando, principalmente quando se trata do setor de hortifrúti, que contempla o tomate, cultura que depende de fatores externos para expressar todo seu potencial produtivo.

O tomateiro é muito sensível e sofre estresse devido a fatores bióticos e abióticos. Logo, depende de grandes quantidades de nutrientes e cuidados. Todos os detalhes necessários em relação à cultura são responsáveis por elevar as chances de o agricultor atingir a produção desejada ao final do ciclo.

A utilização de aminoácidos é uma alternativa e apresenta respostas positivas devido a sua ação fisiológica na planta, que permite desde um maior desenvolvimento da parte aérea, como aumento do sistema radicular e, por fim, resistência a estresses, como déficit hídrico, ataque por pragas e, em alguns casos, resistência ao frio ou calor excessivo.

Mais proteção para o tomateiro

Por aumentar o vigor, resistência a estresse e produção de compostos de defesa, os aminoácidos, em parceria com fungicidas, auxiliam na redução da incidência e severidade de doenças como Rhizoctonia, Fusarium e fungos da parte aérea, como a pinta-preta, sendo essas as principais doenças do tomateiro que causam grandes e severos prejuízos aos produtores, podendo levar a produção a níveis insuficientes para comercialização.

O composto de aminoácidos se faz eficaz justamente por ser capaz de aumentar a tolerância contra a infecção de patógenos pela ativação da defesa vegetal. Além disso, o uso do composto de aminoácidos garante melhor desenvolvimento radicular, diminuição do estresse térmico e hídrico, melhor absorção de nutrientes, benefícios em relação ao solo e sua atividade microbiológica e maior tolerância ao ataque de pragas e doenças.

O resultado da utilização de aminoácidos na cultura, por fim, se resume em economia e eficiência, fazendo com que, de fato, o tomate atinja seu potencial produtivo.

Ação fitossanitária

Plantas com desequilíbrios nutricionais são mais suscetíveis que aquelas com nutrição equilibrada. As plantas, assim como os animais, necessitam de diversos nutrientes paraque seu crescimento seja forte e sadio. Por isso, cada lavoura deve ser enriquecida comaqueles elementos que se encontram em restrição, de acordo com seu estado nutricional.

Os aminoácidos atuam na eficiência da absorção e aproveitamento de nutrientes porparte da planta, garantindo mais mobilidade desses em seu interior. Os aminoácidostambém são importantes no desenvolvimento radicular. Nesse caso, as plantassintetizam auxina, um hormônio relacionado à regulação do crescimento, tendo comouma das principais funções o alongamento radicular.

Com um melhor desenvolvimentoradicular, tem-se uma melhor absorção de nutrientes pela cultura e as plantas emequilíbrio nutricional são menos predispostas às doenças.

Os mecanismos da interaçãohospedeiro-planta-nutriente não são completamente conhecidos, mas admite-se hoje quea severidade pode ser reduzida pelo aumento da tolerância às doenças, por aumentar aresistência fisiológica das plantas e reduzir a virulência do patógeno.

Sintomas de fusarium em tomateiro - Crédito Hélcio Costa
Sintomas de fusarium em tomateiro – Crédito Hélcio Costa

Prejuízos

O fungo Rhizoctonia pode causar sintomas distintos, como o tombamento, tanto em pré-emergência, pós-emergência quanto após o transplantio, bem como podridão dos frutos. Já o Fusarium dissemina-se rapidamente e ocorre praticamente em todas as regiões onde secultiva o tomateiro. Na produção de mudas pode desenvolver sintomas comoclareamento das nervuras das folhas, encurvamento de pecíolos e tombamento das mudas.

Em campo, o sintoma típico é o amarelecimento das folhas, iniciando-se pelas maisvelhas em plantas de início de frutificação. Com a evolução da doença, pode ocorrernecrose marginal nas folhas, murcha total da planta, queda de folhas, flores e frutos,surgimento de raízes adventícias e, finalmente, a morte, chegando a destruir até 100%das plantas.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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