21.6 C
Uberlândia
quinta-feira, abril 17, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosAmostragem em sistema plantio direto

Amostragem em sistema plantio direto

José Celson Braga Fernandes Engenheiro agrônomo, mestre em Ciências Agrárias e Doutorando em Biocombustíveis – UFU/UFVJM celsonbraga@yahoo.com.br
Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma, mestre em Ciências Agrárias e doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)idalinepessoa@hotmail.com
Vanessa Santos Soares Graduanda em Agronomia – UNIPAC vanessa02soares@gmail.com

© WWF / Edward PARKER

Em áreas de Sistema Plantio Direto (SPD) já consolidadas, onde não há revolvimento do solo, a amostragem deve considerar a linha de semeadura e as entrelinhas. Nesse caso, a partir da linha de semeadura, amostra-se uma faixa transversal, no sentido dos sulcos até o meio das entrelinhas vizinhas, independentemente do espaçamento.

Por exemplo, se o espaçamento for de 50 cm, amostra-se uma faixa de 25 cm de cada lado da linha. Nos três primeiros anos de implantação do sistema, recomenda-se amostrar de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm, separadamente. O procedimento restante é semelhante à amostragem normal.

Assim como  no sistema convencional, se faz necessário realizar análise de solo. No SPD, essas amostras são coletadas realizando a limpeza do local com a retirada da palhada e coleta-se o solo para análise em diferentes profundidades, 0-5, 0-10 e 0-20, sendo realizada periodicamente, visto que inicialmente o SPD necessita, em média, de três a cinco anos para consolidar-se.

Como implantar a técnica

No SPD, basicamente são três etapas consecutivas e de grande importância, não sendo prudente abrir mão de nenhuma. O primeiro passo é realizar um planejamento agrícola separando uma área que se pretende implementar a técnica. Logo, deve-se abrir um sulco onde a semente será depositada e utilizar o resto de palhada (cultura agrícola anterior) para fazer a cobertura, e após a colheita sempre realizar rotação de cultura, favorecendo o depósito de palhada para cobertura do solo.

Atualmente, o SPD está presente em quase todas as áreas de plantio do Brasil, portanto, a produção de grãos no Brasil tem contribuído efetivamente para a economia brasileira, por ser um setor que tem alavancado o agronegócio.

Além desse fator, há inúmeros benefícios que estão ligados ao desenvolvimento sustentável, como a redução de insumos agrícolas, pois a palhada contribui com a proteção do solo.

Falhas

Os erros mais frequentes do SPD estão diretamente ligados ao planejamento agrícola, que prevê erros e os evita. Logo, há necessidade de profissionais especializados, pois não é uma técnica simples de ser implementada. Seus erros podem favorecer o aumento da umidade, o que pode prejudicar as culturas em locais de clima úmido ou em solos de pouca permeabilidade.

Observa-se, ainda, aumento na concentração de nitrogênio, que pode resultar na eliminação de alguns microrganismos que são benéficos ao solo, pode aumentar o uso de herbicidas, o volume de material depositado pode favorecer um enraizamento superficial, e quando realizado de forma errada pode contribuir para o desenvolvimento de plantas daninhas, nesse caso, necessitando de uso de grande quantidade de herbicidas.

Caso contrário, ao não realizar esse controle, pode-se reduzir a produção agrícola. Há, ainda, necessidade de investimento em conhecimento e em pessoal técnico especializado em utilização de herbicidas, tratos de ervas daninhas, equipamentos, etc.

Artigo anterior
Próximo artigo
ARTIGOS RELACIONADOS

Ataque fatal aos pomares citrícolas de Gomose de phytophthora

Autores Gustavo Ruffeil Doutor, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus Paragominas (PA) e líder do Grupo de Pesquisa Estudos em Manejo...

Fitonematoides – Momento de planejar manejos eficientes

  Ricardo Bemfica Steffen Doutor em Ciência do Solo e pós-doutor em Organismos do Solo e Insumos Biológicos para Agricultura agronomors@gmail.com Gerusa Pauli Kist Steffen Doutora em...

Nutrição foliar corrige deficiências quase que imediatamente

Autores José Geraldo Mageste jgmageste@ufu.br Wedisson Oliveira Santos wedisson.santos@ufu.br Doutores e professores – Universidade Federal de Uberlândia (UFU/ICIAG) Renan Cesar Dias Silva Engenheiro...

Manejo e controle das doenças no tomateiro

Autores Carlos Antônio dos Santos Engenheiro agrônomo e doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) carlosantoniods@ufrrj.br Margarida Goréte Ferreira...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!