Texto: Embrapa
A partir de janeiro de 2023, a Associação Brasileira de Horticultura contará com novos dirigentes. No dia 10 de novembro de 2022, a chapa Revitalizar, que concorreu com a chapa Integração, foi anunciada ganhadora da eleição ocorrida em outubro último. Com esse resultado, a chapa capitaneada pelo pesquisador e chefe-geral da Embrapa Hortaliças Warley Marcos Nascimento foi a escolhida para dirigir a entidade nos próximos quatro anos (2023 a 2026).
Também passaram a integrar a nova diretoria os pesquisadores Carlos Ragassi (1º secretário), Giovani Olegário (2º secretário) e Jadir Pinheiro (1º tesoureiro), além de Abadia dos Reis Nascimento (vice-presidente), da Universidade Federal de Goiás e de Wilson Tivelli (2º secretário)), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
A escolha do nome da chapa não foi aleatória, de acordo com Nascimento. O ponto central, segundo ele, é resgatar o papel já exercido pela associação, que já viveu tempos mais pujantes desde a sua criação em 1961, conduzida pelo pesquisador Flávio Couto, tempos que a nova diretoria quer resgatar e ampliar com a implementação de ações inovadoras, tendo em vista os avanços verificados ao longo dos anos no segmento olerícola do Brasil.
“A nossa visão para o horizonte de 2023/2026 é continuar contribuindo para o crescimento da cadeia de hortaliças e, com isso, tornar a nossa ABH referência nacional no debate de ideias, geração e oferta de informações, conhecimentos e tecnologias, contribuindo para a inovação e a sustentabilidade da olericultura e da segurança alimentar, por meio do efetivo aperfeiçoamento no ambiente produtivo, resultando em novos produtos, processos e serviços”, pontua o pesquisador.
Sobre o convite para concorrer ao cargo, ele atribui à sua participação ativa nos congressos da ABH, estreada em 1984 em Jaboticabal (SP), ainda como bolsista da Embrapa Hortaliças. À exceção do período de quatro anos no exterior para cursar doutorado (1995-1998), Nascimento marcou presença em todos os eventos, que incluem os CBO realizados em Brasília (1988, 1993 e 2001), quando esteve à frente da promoção e organização desses congressos – o reconhecimento pode ser traduzido pela outorga do prêmio “Marcílio de Souza Dias” entregue pela ABH em 2018 “pelos relevantes trabalhos em prol do desenvolvimento e progresso da olericultura nacional”.
Programa
Abrangente, o programa de gestão à frente da ABH conta com 20 propostas, e prevê, numa primeira etapa, uma fase de organização e reestruturação, que envolve repensar o papel da entidade no cenário nacional e internacional, atualizar o estatuto social visando a modernização da ABH nos moldes da tecnologia atual 5.0, e recuperar a base de associados – de um total de 750, num passado recente, conta atualmente com 80 membros.
Ainda com relação às propostas, destaques para o fomento de informações entre a ABH e todos os segmentos da cadeia produtiva de hortaliças, utilizando os recursos de tecnologia da informação, visando promover a dinamização do setor olerícola; participação ativa junto à Câmara Setorial da Cadeia de Hortaliças do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); apoiar ativamente as ações de delegados regionais na promoção de eventos regionais e estaduais, especialmente em regiões de produção e consumo incipientes de hortaliças, entre outras ações propositivas.
ABH
Desde a sua fundação, a associação realiza anualmente o Congresso Brasileiro de Olericultura com o objetivo de reunir os profissionais de ensino, pesquisa, assistência técnica e extensão rural, agroindústria, além de estudantes, produtores rurais, instituições e empresas que têm a olericultura como interesse comum.
Nesses encontros, a tônica tem sido pautada pelo esforço em prol da integração e da parceria entre os participantes, reforçando a importância desses eventos para o desenvolvimento e o progresso da ciência e da tecnologia, proporcionado por intercâmbios proveitosos e de alta significância para a olericultura.