A Bayer inaugurou, no dia primeiro de agosto, a Estação de Pesquisa da Unidade de Sementes de hortaliças da companhia, em Uberlândia (MG). Na ocasião, foi apresentada toda a tecnologia e o ambiente onde são testadas e produzidas variedades de hortaliças e vegetais para o Brasil. “Nesta unidade foram desenvolvidos os tomates Totalle e Arendell, ambos com genética 100% brasileira e adaptada às adversidades do nosso clima, além de outros produtos do nosso catálogo“, relata Guilherme Hungueria, especialista de Marketing da Unidade de Sementes de hortaliças da Bayer.
Na inauguração, estiveram presentes Daniel Labarda, diretor da Unidade de Sementes de Hortaliças da Bayer para América do Sul, Ailton Ribeiro, diretor de Pesquisa da Unidade de Sementes de Hortaliças da Bayer para América Latina, Paulo Claudio Tomaseto Jr, gerente Nacional de Vendas Brasil da Bayer, Guilherme Hungueria, especialista de Marketing da Unidade de Sementes de Hortaliças da Bayer, Joaquim Schneider, diretor global da Unidade de Sementes de Hortaliças da Bayer, e Theo van der Loo, presidente do grupo Bayer no Brasil, além de produtores de hortaliças e vegetais de várias regiões do País.
Marco da empresa
A inauguração da estação experimental no Brasil foi um marco para a Bayer. “Nos sentimos cada vez mais preparados para suprir as necessidades não só do produtor, mas também do consumidor, oferecendo hortaliças de qualidade, com sabor, cor e uniformidade. Para marcar esse evento recebemos todos os nossos colaboradores da divisão de sementes de hortaliças no Brasil“, pontua Guilherme Hungueria, especialista em Marketing Brasil.
Com essa inauguração e todos os programas já implementados, o produtor pode esperar agora muitos lançamentos da Bayer para os próximos anos. “Nosso foco é a inovação em tudo o que fazemos, não só no produto, mas também na forma de fazer“, relata Hungueria.
Para Joachim Schneider, a nova estação de pesquisa da Bayer está em uma localização estratégica para o mercado, com várias vias de acesso, o que faz com que os produtos cheguemfacilmente a diversos locais. “Isso representa força para nossa atuação no Brasil. Teremos mais produtos ofertados para melhor atender nossos clientes, e essa nova estação impulsionará nossos negócios globais. No Brasil nosso objetivo é continuar crescendo, com ótima posição nessas culturas“, pontua.
Daniel Labarda, diretor da Unidade de Sementes de Hortaliças da Bayer para América do Sul, concorda com o colega, e acrescenta que o Brasil representa uma parte importante desse mercado de hortaliças. “Para nós o Brasil é um país representativo na América Latina, onde pretendemos desenvolver produtos híbridos, especialmente tomate, cebola, melancia e melão, que serão ofertados principalmente para o Brasil, e experimentados em outros países.“, diz.
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Crescimento constante
Ailton Ribeiro, diretor de Pesquisa da Unidade de Sementes de Hortaliças da Bayer e responsável pela estação experimental,conta que a evolução dos cultivos demandou uma área maior para o desenvolvimento genético. “Atualmente temos 41 hectares dessa nova estação experimental, ou seja, aumentamos em dez vezes a nossa área de campo e também a nossa equipe. Estamos com três programas completos de melhoramento, dois de tomate e um de cebola, e mais dois cultivos de cenoura e melancia que são associados a outro programa de melhoramento, mas que desenvolvem híbridos para o nosso mercado“, orgulha-se.
Uberlândia foi escolhida para alocar a estação experimental porque em um raio de 500 km há regiões importantes para o cultivo de cebola, de tomate industrial, tomate fresco e cenoura. Além disso, as condições climáticas locais são favoráveis, com estações bem definidas, secas e úmidas.
No tomate, por exemplo, foi possível, em épocas mais chuvosas, selecionar os materiais mais fortes às doenças que são muito comuns em época de muita umidade e chuva. Em seguida foi feito outro ciclo na época mais seca, quando o problema são as pragas. “Estamos em um ponto ótimo de crescimento e pretendemos expandir cada vez mais.Queremos que isso resulte em mais frutos e com isso alavancar a necessidade e buscar outros programas de melhoramento para a nossa região“, argumenta Ribeiro.
Para Paulo Claudio Tomaseto Jr, gerente nacional de vendas Brasil da Bayer, a nova estação vem complementar o portfólio da empresa, contribuindo para a evolução dos materiais genéticos já finalizados para a comercialização e para trazer outros mais adaptados, no que diz respeito às necessidades de consumo e de campo, que são as resistências a doenças, produtividade e eficiência na lavoura.
A curto prazo, a meta da Bayer é continuar tendo sucesso nos lançamentos dos híbridos como os tomates Totalle e Arendell, dedicar-se à melancia sem semente e consolidar esse produto no mercado. “Essas são as nossas grandes batalhas, acrescentando também o esforço que estamos fazendo na conversão do mercado de cebola OP para híbrida no Vale do São Francisco. Estamos levando mais eficiência para o campo, mais produtividade para o produtor e uma cebola de mais qualidade para o mercado“, afirma Tomaseto.
Estações
O evento foi dividido em três campos experimentais: melancia, tomate e melhoramento genético de cebola. A Unidade de Sementes de Hortaliças da Bayer no Brasil ainda foca a cebola, cenoura e melão, que se adaptam muito bem à região de Uberlândia. “No tomate buscamos, com a melhoria genética, mais produtividade, resistência a doenças, eficiência no campo e agregar qualidade, sabor e valores nutricionais.Quando trabalhamos a cebola, queremos adaptar e oferecer híbridos com melhor qualidade pós-colheita, produção uniforme e produtividade por hectare acima da média, para que o produtor colha não apenas quantidade, mas também qualidade no campo“, pontua Tomaseto.
Com o programa de melhoramento para cebola, a Bayer procura diferenciar sua cebola no mercado não só pela qualidade externa, mas também pela menor pungência no corte, como é o caso da Dulciana.
No caso das melancias, o objetivo é entregar materiais com alta performance de campo, priorizando sabor, comodidade de uma fruta sem sementes e também de maior tempo de pós-colheita, mantendo sua qualidade de fruto e atratividade para o consumo.
“No caso da cebola, se iniciarmos um projeto, levaremos 23 anos para lançar um material. Do tomate e melancia, são necessários dez anos, ou seja, é um trabalho de longo prazo, levando em consideração a necessidade real do produtor. Esse é o nosso grande desafio“, afirma o gerente nacional de vendas.
Para os próximos lançamentos, ele entrega que serão disponibilizados materiais com resistência às principais e mais recentes viroses e tecnologias como porta-enxerto, incrementando ainda mais o portfólio com sustentabilidade para as áreas de alta incidência de doenças de solo.
Celeiro agrícola
Como o Brasil está entre os maiores produtores agrícolas do mundo, a Bayer tem todo o interesse de continuar investindo aqui. “. Queremos buscar a liderança no setor de hortaliças, a inauguração da estação de pesquisa já foi um grande passo, e a partir de agora vamos aumentar inclusive a nossa participação internacional, com maior interação entre Brasil, Alemanha e Estados Unidos. Teremos produtos de maior qualidade e mais resistentes para o clima tropical“, conclui Theo van der Loo, presidente do grupo Bayer no Brasil.